Fiquei pensando muito como iria estrear o texto da minha primeira coluna aqui no RH Pra Você, onde me propus a escrever quinzenalmente sobre Gente & Gestão, por óticas diferentes, onde trarei reflexões da vida que impactam no trabalho e vice-versa.
Desde o final de setembro, estou em transição em uma das minhas carreiras, a executiva, pois além dela sou conselheiro de administração, empreendedor e mentor. Mas esta carreira é a qual investia mais tempo, e com este movimento, ganhei mais tempo para dedicar, prestar atenção e curtir, coisas que eu não conseguia da forma que gostaria, dentre elas: minha esposa, meus filhos e a minha casa. Hoje consigo brincar as manhãs com eles, levar e buscá-los na escola ... isso não tem preço!!
Este momento também me possibilitou conseguir analisar melhor o que as empresas e seus funcionários, comunicam em suas redes sociais, sobre as ações fazem ou vivenciam dentro dos seus ambientes organizacionais. Neste mês de outubro, onde tivemos a comemoração do Dia das Crianças, pude acompanhar as diferentes ações, onde se abrem espaços temáticos nos escritórios / fábricas, para receber os filhos dos colaboradores ... ação esta conhecida popularmente como “Kids Day”, e que deu o nome a esta coluna.
O que eu queria trazer para vocês neste momento são reflexões sobre o como poderíamos aprender mais e elevarmos o desempenho dos nossos negócios, pelo simples fato de trazer / praticar o espírito das crianças, de fato, para dentro das empresas. Como escrevi acima, o meu momento atual junto aos meus filhos, tem me deixado inquieto em relação a este tema, pelos inúmeros aprendizados que eu tenho ampliado por ganhar mais tempo junto aos meus amores.
Abaixo listo alguns importantes pontos, que acredito, que poderiam ajudar nós e os desafios presentes nas organizações, se voltássemos a ser crianças. Grande parte deles retirem do maravilho texto contido no link: https://amenteemaravilhosa.com.br/12-coisas-aprender-com-criancas/:
- Sonhe (Mindset de crescimento na veia) - As crianças sonham o tempo todo, e nós adultos deixamos de sonhar, de nos motivar, muitas vezes de fazer o que gostamos / acreditamos, e com isso perdemos o motor que nos leva a alcançar nossas metas (profissionais e pessoais).
- Não tenha medo do novo - As crianças provam novos “sabores”, como um limão apenas descobrir o que é azedo, que o pai / mãe tanto falam. Como diz aquela frase famosa, “sempre é melhor se arrepender do que fizemos do que daquilo que deixamos de fazer”. Vejo muitas pessoas e por consequências empresas “paradas” por ter medo de vivenciar coisas novas ... triste né?
- Enjoy - Eles curtem e dão gargalhadas, pois não ficam preocupadas com o que os outros vão pensar delas ... vivem, experimentam!!! Aproveitem as pequenas coisas, e deem humor as suas rotinas ao seu dia a dia.
- Seja curioso - A curiosidade nos fazer aprender coisas novas, desaprender antigas, nos conectas, nos ajuda a construir networking eclético e a conhecer novos lugares. A curiosidade contribui para fazermos mais.
- Expresse-se com sinceridade e transparência - Nós adultos, em muitas situações, não nos damos à liberdade para falar. Sentimos medo ou vergonha da rejeição das palavras, do que podem dizer, de incomodar. Dizemos o que os demais querem ouvir não nos sentimos bem por dentro.
- Adapta-se às mudanças - As crianças são autênticas professoras neste tema. Elas podem mudar de escola, de rua e até de amigos, e não acontece nada. As mudanças sempre renovam e nos enriquecem.
- Não se importe tanto com a opinião dos outros - Damos atenção demais às opiniões daqueles que estão ao nosso redor. Mas, o que você quer? Ouça o seu coração e aja como quiser.
- Pergunte sem medo, sem vergonha e muito - Em média, dizem que uma criança faz 350 perguntas por dia, tenho duas. E qual é o problema de perguntar? Você pensa que vai parecer bobo se fizer uma pergunta, e aí não faz. Perguntar mostra humildade e vontade de aprender.
- Descanse, não force a máquina - As crianças vão dormir quando estão cansadas. Não descansar o suficiente nos faz cair em muitas ocasiões em um estresse crônico que não nos deixa viver. Deixar os funcionários viverem mais com as suas famílias e perto dos seus interesses, com responsabilidade na entrega de resultados, faz toda a diferença!!
Concluo minha coluna fazendo um convite para que a gente possa curtir e viver mais as crianças que temos dentro de nós e aproveitar mais os momentos, pois a frase que li em frente a uma casa gigantesca em Maceió pode se tornar verdadeira para nós: “Conheci um cara, que era tão pobre, mas tão pobre, que só tinha dinheiro”.
Gustavo Mançanares Leme, executivo de RH com experiências em processos de transformações culturais e turn around de negócios. É um dos colunistas do Rh Pra Você. Foto: Divulgação. O conteúdo dessa coluna representa a opinião do colunista. Foto: Divulgação.