Comunicação assertiva e não-violenta, rápida adaptabilidade, autogerenciamento, trabalho colaborativo: muitas são as palavras-chaves que compõem o que chamamos hoje de inteligência emocional.

Inclusive, nos últimos anos, o termo vem ganhando espaço na mídia e na sociedade diante da crescente necessidade das habilidades que têm raízes no tema, em especial em um contexto de estreitamento das relações humanas em mundo hiperconectado.

Popularizado na década de 1990 pelo psicólogo e jornalista de ciências comportamentais Dr. Daniel Goleman, o termo diz respeito à capacidade humana em gerenciar emoções – e as consequentes reações – de forma adequada e eficaz.

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Com cinco componentes principais – autoconsciência, autorregulação, motivação, empatia e habilidades sociais -, esse conjunto de aptidões é cada vez mais procurado e valorizado no mundo dos negócios, principalmente quando o assunto é liderança.

De forma ilustrativa dessa conjuntura, temos as alterações na dinâmica do trabalho em sociedades que vivem as consequências da pandemia de covid-19, prestes a cumprir três anos de existência.

O estreitamento entre a vida pessoal e laboral de inúmeros profissionais, migrados para a modalidade remota para seguir desempenhando atividades, exigiu deles e das respectivas lideranças mecanismos eficazes de autorregulação emocional.

Em diversas empresas, esse contexto permitiu uma intensificação de diálogos sobre a necessidade de se atentar a questões relacionadas à saúde mental e emocional dos colaboradores.

Durante a pandemia, organizações dos mais variados portes e segmentos de atuação priorizaram a oferta de treinamentos e espaços virtuais para trabalhar a inteligência emocional de líderes, executivos e funcionários.

Entre os resultados percebidos, estão uma maior empatia na comunicação entre equipes de trabalho, bem como uma melhor recepção de mudanças repentinas, que consequentemente levam a níveis mais altos de produtividade e de bem-estar.

Os últimos anos trouxeram incertezas e frustrações, e daí surgiu uma necessidade em poder conversar, em dar nome a nossas emoções e em sermos capazes de geri-las. 

Quando observamos os frutos dessas posturas no ambiente profissional, notamos que as equipes passam a trabalhar em sinergia. Mesmo com as diferenças, podem se apoiar uns nos outros. É nessa diversidade que se gera a empatia, a escuta e a abertura para alcançar os objetivos enquanto equipe.

O cenário impulsionado pela pandemia realmente exige das pessoas até hoje certa temperança, e a inteligência emocional nos ajuda a lidar com o novo espaço que os lares e os escritórios se tornaram. Assim, o que os treinamentos buscam é dar às pessoas instrumentos que lhes permitam ter eficiência e realizações no trabalho, mas também mais leveza no seu dia a dia.

Com tom educativo, é preciso compreender a inteligência emocional como um mestre interior e próprio a cada ser humano: “Como gostaria que ele fosse? Alguém que critica, que se desespera com você? Que não ajuda ou apoia em momentos difíceis? Ou alguém compassivo, que lhe permite cometer erros, que te apoia e ensina a ser valente? Desenvolver inteligência emocional é como reeducar esse mestre interno que temos dentro de nós e que vai nos acompanhar durante toda a vida.

Porém, mesmo com claros resultados positivos, fato é que ainda existe muita resistência para desenvolver o tema. A síndrome do produto terminado, uma das maiores barreiras da aprendizagem, é uma delas e se baseia no lema “Sou assim e não vou mudar”. Algumas pessoas ainda têm essa mentalidade, e como a inteligência emocional é uma habilidade que parte do indivíduo, que depende que ele assuma o comando, sem a liderança correta isso pode ser prejudicial.

Ainda que em fase de desenvolvimento, a inteligência emocional se apresenta, então, como uma poderosa ferramenta, tanto para o lado pessoal quanto para o profissional. É por meio dela que nos tornamos protagonistas de cada uma das decisões e ações que tomamos. Nas empresas, ela é fundamental para que se conquistem as metas e objetivos traçados.

E o que nos diferencia como provedores de tecnologia é a capacidade que temos de continuar desenvolvendo a inteligência emocional. Não existe tecnologia melhor do que aquela que surge de uma pessoa com temperança e empatia, capaz de enxergar o que o mundo, o cliente e sua equipe precisam. Esse será o veículo fundamental para ter sucesso em tecnologia e negócios e, sem dúvida, criar um mundo em que as pessoas possam ser mais felizes. Para líderes, será fundamental para que as equipes possam alcançar objetivos e cumprir com propósitos da forma mais saudável, ágil e assertiva possível.

No futuro, todos continuaremos a encarar grandes e pequenos desafios: a realidade pós-pandemia, mudanças climáticas, instabilidades políticas e econômicas, entre muitas outras. Por isso é, e continuará sendo, cada vez mais necessário tornar a inteligência emocional uma pauta primordial quando falamos sobre estratégia de gestão dentro das empresas, e nos demais âmbitos da sociedade.

Inteligência emocional: como desenvolvê-la em empresas de TI

Por Gabriel Pérez Ponce, Líder de Cultura & People Manager;Inteligência emocional: como desenvolvê-la em empresas de TI

Sarah Bomfim de Melo, Analista de Comunicação eInteligência emocional: como desenvolvê-la em empresas de TI

Romina Suarez Villalba, Facilitadora de Treinamentos & People Business Partner; todos da Softtek

 

Ouça também o RHPraVocê Cast, episódio 126, “Até o ‘bom dia’ vira reunião: é mesmo tão difícil se adaptar à comunicação assíncrona?”. Será que todos os líderes estão, de fato, preparados para se adaptar a um diferente estilo de comunicação? Há solução para as reuniões em excesso deixarem de ser parte do dia a dia?

Para responder a isso e auxiliar no melhor entendimento sobre a importância da comunicação assíncrona, o RH Pra Você Cast traz a neurocientista Ana Carolina Souza, sócia da Nêmesis, empresa de educação corporativa. Clique no app abaixo:

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Capa: Depositphotos