“Não sobrevive a espécie o mais forte, mas o que se adapta à mudança.” (Charles Darwin)

Darwin que me perdoe, mas tenho que fazer um adendo “hoje” a essa célebre frase: “Não sobrevive a espécie o mais forte, mas o que se adapta a mudança com mais velocidade.” 

Acredito que a velocidade hoje não é opcional, mas sim fato! Já sabíamos dessa verdade, mas a Covid-19 deixou isso muito bem claro! Os países que tiveram cifras de contágio, mortes inferiores a seus vizinhos e máxima eficiência ao se livrar do vírus foram os que praticaram:

  • capacidade de decisão rápida e execução imediata;
  • comunicação clara, efetiva e transparente;
  • criatividade nas soluções e na busca constante de inovação.

Assim como as empresas que de imediato colocaram toda sua equipe em Home Office, já não era mais uma questão de opção e sim de precisão! A linguagem necessitou ser modificada e adaptada a um novo cenário. Por isso, a importância de falar sobre “Darwinismo Digital”. Em uma sociedade tão volátil como a atual, onde a revolução digital está mudando a forma como consumimos,  comunicamos e obtemos informação, as empresas, do mesmo modo que as espécies, estão obrigadas a se adaptarem para sobreviver. Já que atualmente estamos lidando com uma geração de “Figitais”, o físico e o digital se tornou uma experiência vital plena. Mas, acredito que para lidar com tanta informação e velocidade, precisamos alinhar alguns aspectos:

  • Imunidade Mental – O que não deseja ver em seu mundo, não mantenha em sua mente! Afinal, você pensa ou é pensado?
  • Imunidade Emocional – O medo trás o passado ao presente, a confiança leva o presente ao futuro. Assim como o ser humano depende do ar para viver, depende também de suas emoções para se comunicar. Saber se utilizar das emoções básicas (Sistema límbico), do nosso alfabeto emocional para através do neocórtex que escreve as emoções mais complexas e transcendentes como a gratidão, a contemplação e outras. Não precisamos controlar nossas emoções, precisamos apenas aprender a transitar entre elas e usá-las a nosso favor. Você não é o medo! Você sente o medo.
  • Imunidade Física – O ser humano assim como os animais, vieram com um manual de instrução chamado instinto e que a vida moderna acabou resetando, por isso é fundamental recuperar esse mecanismo.

Em tempos de Home Office é preciso nos desenvolver e nos aperfeiçoar cada vez mais. Analisar a mente, as emoções e corpo físico que estão ao nosso favor, e não nós a mercê deles. Sabê-los e entendê-los faz toda a diferença nesse momento! Passar por esse período de contingência e resiliência não precisa ser um bicho de sete cabeças.

Pensar apenas nos males da humanidade acaba afetando a criatividade, logo… a empresa, a equipe, a família e você! Por isso, reforço de maneira prática, bem-humorada e positiva as ferramentas cruciais para essa viagem não planejada. Você só precisa incluir na bagagem: Autocontrole, Autodisciplina, Autorespeito, Autoestima, Autoconhecimento e Autoconfiança. Essa é a base para desenvolvermos o trabalho e  integração sob a ótica da produtividade, do cooperativismo, da liderança e do espírito de equipe.

Vivemos num mundo VUCA! Vuca é um termo inglês, que significa volatilidade (volatility), incerteza (uncertainty), complexidade (complexity) e ambiguidade (ambiguity), uma combinação de qualidades que, em conjunto, caracterizam a natureza de algumas condições e situações difíceis. Esse é o mindset do planejamento estratégico  da liderança! É o panorama para atitude ideal diante à prova de crise. E não é porque nós ou o outro deseja, simplesmente é assim!. Que tal analisar os fatos e procurar soluções se apaixonando pelos problemas? É com essa configuração mental de Startup que aceitaremos o sentido do real caos com verdadeira maestria. Juntos podemos continuar a sonhar, pois viver é materializar sonhos!

Leila Navarro, palestrante motivacional, autora de 16 livros. É uma das colunistas do RH Pra Você. O conteúdo dessa coluna representa a opinião do colunista. Foto: Divulgação