- Este tópico está vazio.
-
AutorPosts
-
junho 13, 2021 às 3:01 pm #9428AnônimoConvidado
O conceito de felicidade, presente na humanidade há séculos, vem sendo explorado cada vez mais pelas organizações. Uma das principais motivações é o entendimento que ambos os lados ganham com ela. Colaboradores mais felizes podem ser mais saudáveis, produtivos, engajados e todos os fatores impactam diretamente em seu desempenho. Ou seja, felicidade é uma estratégica de gestão.
Tanto é que, atualmente, já há alguém responsável exclusivamente por cuidar da felicidade no ambiente de trabalho. Vamos além. Segundo um levantamento feito pela Luandre, empresa de consultoria em RH, o Chief Happiness Officer (Diretor de Felicidade) é uma das profissões que estarão em alta no pós-pandemia.
Para Gabriela Mative, superintendente de Recursos Humanos da Luandre, cargos que antes não existiam passam a ocupar lugar de destaque na cultura das organizações. Nesse sentido, é uma tendência procurar pessoas capacitadas para essas posições, uma vez que as organizações se preocupam cada vez mais com o ambiente corporativo e o bem-estar de seus colaboradores.
“Está atrelada a uma necessidade da geração atual de não se contentar mais em apenas ter um emprego, mas, sobretudo, em ser feliz nele. As empresas sentiram esse movimento com mais força nos últimos anos e promoveram adaptações em suas estruturas organizacionais para atender essa demanda”, destaca Gabriela.
De acordo com a profissional, no Brasil, ainda existe uma atuação mais forte de consultorias que prestam o serviço de felicidade e bem-estar para as organizações. O profissional presta um serviço para a companhia, implanta o programa, mas não permanece. “Essa atividade ainda fica na cadeira de RH envolvendo outras atividades além da felicidade e bem-estar”, completa.
Na prática
É com a missão de mostrar como as empresas podem absorver esse papel que a Reconnect | Happiness At Work atua. Para Renata Rivetti, especialista em Felicidade Corporativa, fundadora e diretora da empresa, o primeiro passo ao se tornar CHO é se motivar com o tema e conhecer dados, estudos e cases que comprovam como uma cultura positiva traz vantagens competitivas.
“Ele será o influenciador da felicidade na empresa. Seu papel é criar um plano de felicidade organizacional. Medir a felicidade, rever a cultura e propósito da empresa, engajar a liderança, comunicar e disseminar o tema, implantar o plano, acompanhar os resultados e manter o tema sempre vivo”, afirma.
Segundo Renata, esse não é necessariamente um cargo, mas, sim, uma função que pode ser exercida e assumida por uma ou mais pessoas na empresa, a exemplo de um CEO, Diretor, Gerente e/ou Coordenador de equipes. Essa pessoa também pode trabalhar na área de RH, Employer Branding, Marketing, entre outras.
Os atributos, independentemente de quem assumir tal papel, é o de engajar a liderança; medir, por meio de pesquisas, o cenário da felicidade dos funcionários; além de planejar e implantar novas ações que tornem os colaboradores mais felizes. “Vale lembrar que a felicidade no trabalho também depende de nossas relações interpessoais e nossos resultados individuais”, completa Renata.
Felicidade corporativa: o que é?
Mas, afinal, o que é felicidade? Na Reconnect, a felicidade no trabalho é trabalhada a partir da psicologia positiva – movimento científico, iniciado no final da década de 1990 nos Estados Unidos, tendo um dos pioneiros o psicólogo Martin Seligman.
“O conceito que usamos nos ensina que a felicidade vem de dois aspectos, as experiências das emoções positivas combinadas com um senso mais profundo de sentido e propósito”, pontua Renata. Ainda nesse universo, a especialista enfatiza a importância em desmistificar o tema no ambiente corporativo, não se tratando, assim, de ter pessoas felizes e sorrindo o tempo todo, nem usar de pequenas compensações que aumentem a sua satisfação.
“Quando falamos do âmbito do trabalho, os estudos na felicidade corporativa demonstram que colaboradores felizes têm maior produtividade, vendem mais, lidam melhor com os clientes, são melhores líderes, há índices menores de turnover e absenteísmo. O que Shawn Achor [especialista em felicidade corporativa e autor do livro “O Jeito Harvard de Ser Feliz”] nos fala é que ‘você não precisa de sucesso para ser feliz, mas precisa ser feliz para ter sucesso’. No Brasil, o tema vem sendo falado cada vez mais por professores, profissionais de RH e líderes, mas, na maioria das empresas, o tema ainda é visto de forma superficial e até errada”.
Segundo Renata, felicidade corporativa vai além das satisfações. Apesar de essencial, ações que trabalham a satisfação, por exemplo salário, programas de bem-estar e confraternizações, por si só, não garantem a felicidade.
“Sem elas há, sim, insatisfação, mas com elas o resultado é neutro. Então, é preciso trabalhar também em dois aspectos que trazem sentido e significado para aquele colaborador: que são os resultados e as relações. Ou seja, é preciso que aquele profissional tenha um trabalho que motive e desafie, mas seja dentro da sua capacidade. E é preciso que se sintam conectados, que a liderança seja positiva, que a pessoa sinta que contribui para equipe. Somos seres sociais e isso é um dos aspectos desafiadores atualmente”.
Por Gabriela Ferigato
-
AutorPosts
- Você deve fazer login para responder a este tópico.