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    Pedro Signorelli
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    Num cenário instável, o planejamento anual das empresas não basta, os ajustes precisam ser feitos em prazos menores

    Dentre as novas práticas para avaliar o desempenho da empresa e aprimorar o relacionamento entre líderes, gestores e colaboradores estão os feedbacks contínuos, em detrimento dos tradicionais feedbacks anuais. O momento atual determina que os ajustes nas ações das empresas sejam feitos num período de tempo mais curto e, assim, o ciclo de feedbacks também precisa ser ajustado, não dá mais para a organização determinar suas ações para um ano e esperar este mesmo tempo para corrigir comportamentos inadequados e/ou reforçar atitudes desejadas por parte de seus colaboradores.

    Desde a década de 1990, John Kotter e outros autores vêm falando da aceleração da mudança no mercado, na economia etc. Nesse sentido, os ajustes na gestão precisam ser constantes e mais frequentes e, por isso, mais do que nunca o planejamento baseado no método OKR se apresenta como uma solução urgente e duradoura para companhias de todos os portes, possibilidade que já foi entendida pelo mercado, haja vista que a busca pela sigla OKR aumentou em mais de 100 vezes no Google.

    Por que o OKR é ainda mais eficiente neste momento? Por três razões principais: porque oferece a possibilidade de planejamento de curto prazo, ajuste de rota frequente e por envolver os colaboradores no processo. É preceito da gestão por OKRs que o planejamento de longo prazo seja desdobrado em ciclos menores, tendo como ponto de atenção o engajamento dos colaboradores em torno dessa agenda. Estipular metas para um trimestre, por exemplo, permite que a companhia avalie os resultados quase em tempo real e corrija a rota, caso não tenha alcançado a meta prevista, ou ainda, que tenha encontrado novas dificuldades, diante deste momento de instabilidades e incertezas.

    Outro ponto é que do mesmo modo que a companhia ajusta suas metas, também o colaborador pode fazê-lo em relação às suas atitudes e necessidades em torno das atribuições que podem mudar com mais frequência. Como é princípio do OKR comunicar a equipe os novos rumos da gestão, o profissional tem constantemente a chance de alinhar seus comportamentos, atitudes e necessidade de capacitação, se mantendo alinhado aos rumos e anseios da companhia.

    * Pedro Signorelli é especialista “insider” na implementação de OKR em empresas de diversos tamanhos e segmentos, e ministrando palestras e workshops de implementação de OKR.

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