Dias atrás, fui dar uma palestra em uma Associação Comercial e comentei sobre esse movimento da conquista de Marte que está acontecendo. Se você ainda não sabe, recentemente, os Emirados Árabes lançaram uma sonda para Marte com um objetivo muito ambicioso: construir uma colônia humana nos próximos 100 anos. Dubai até já contratou arquitetos, engenheiros, designers e cientistas para imaginarem como seria essa colônia marciana, onde o projeto já está sendo validado para construção no deserto.

Com tanta coisa acontecendo no mundo, desde catástrofes naturais ou até mesmo o advento da globalização, muitos países e organizações estão expandindo suas órbitas e investindo na conquista espacial.

Para vocês terem uma ideia, li dias atrás que a China também já está cogitando de fazer um shopping na Lua. Imagina só! Já pensou em um shopping lunar? E o que mais achei interessante de todas essas atualizações futuristas é: a NASA, agência espacial americana, já está estudando uma técnica de lançamento de espaçonaves que pode reduzir o tempo de viagem para Marte, que atualmente é de seis a oito meses, para apenas 30 minutos. Chamada de propulsão de energia direcionada, essa técnica consiste em disparar um laser de alta potência – entre 50 e 100 gigawatts – em uma espaçonave e, com isso, acelerá-la a uma fração significativa da velocidade da luz.

Isso é genial, não é mesmo?

Vai ser mais rápido chegar em Marte do que pegar um voo de São Paulo até Manaus, por exemplo. Imagine poder viajar até a lua com essa experiência, seria demais!

O que você diria diante esse cenário?

  1. Estou fora! Isso não é para mim. No mínimo querem é depositar todo lixo da Terra em Marte.
  2. Isso vai ser muito caro! E tem mais… para mim a Terra é plana e o homem nunca pisou na Lua, é tudo fake.
  3. Vou expandir meus negócios e ter uma loja neste shopping lunar.
  4. Um bom programa de domingo. Passar o dia no shopping lunar e dar uma voltinha em Marte. Adoro!

Qual você respondeu? Vamos falar desses 4 tipos de comportamentos?

  • O primeiro é o alienado. Não quer saber de nada e vive na sua própria bolha;
  • O segundo é o negacionista. Já vai buscar o lado negativo da situação: está muito caro, será uma perda de tempo investir nisso, tenho muitos assuntos para resolver na terra e não posso ir, etc. Alguma desculpa o negacionista vai arrumar;
  • O terceiro é o Empreendedor. Aquele que vê a oportunidade em tudo;
  • E o quarto é aquele aberto ao novo, que gosta de novas experiências e vive uma vida fora da caixa.

Não estou falando que existe certo ou errado. De uma certa maneira, dependendo da situação, podemos ser o comportamento 1, 2, 3 ou 4. Mas, o que quero dizer é: até que ponto você está aberto (a) para o novo? Até que ponto você está pronta (o) para sair da caixa?

Eu já cheguei a me mudar de 365 m² para 50 m². Contei para algumas amigas e elas acharam genial: Uau Leila, também quero ser minimalista como você e viver apenas com o essencial. Essas minhas amigas foram fazer o mesmo. Mudaram e estão cheias de hematomas! Elas queriam apenas ajeitar o velho. Mas, esqueceram que mudança é interna! Tem que saber desapegar, inovar, deixar o que já passou, saber validar o novo e pivotar se for necessário.

Não dá para dar um jeitinho e fazer um puxadinho, usar máscara abaixo do nariz, tomar só a primeira dose e dizer: não tenho tempo para ir tomar a segunda dose, estou trabalhando.

Quando veio o lockdown não tinha o que se discutir, pois assim é o mundo VUCA (sigla em inglês que se refere a volátil, incerto, complexo e ambíguo) e o mundo BANI (frágil, ansioso, não linear e incompreensível). Não tem o que discutir, precisamos ser rápidos e saber recalcular a Rota. Não seja reativo ao novo, seja criativo. Abrace a diversidade e as oportunidades. 

Por Leila Navarro, palestrante Internacional com foco em comportamento e motivação, empresária, startuper, mentora e conferencista. Autora de 16 livros. É uma das colunistas do RH Pra Você. O conteúdo dessa coluna representa a opinião do colunista. Site institucional. Foto: Divulgação.