O que temos observado atualmente é a busca cada vez maior das empresas por trazer a inovação para dentro dos negócios, seja para atualizar e modernizar os processos internos ou para oferecer soluções mais satisfatórias para os consumidores, que passaram por diversas mudanças em seus comportamentos no último um ano e meio.
Ainda que o pontapé inicial para essa transformação dentro das companhias tenha sido causado pela Covid-19, que alterou as dinâmicas de trabalho, produção e a demanda do público como um todo, agora que estamos deixando os tempos pandêmicos para trás, muitas das empresas já notaram que para continuarem a existir precisarão seguir com os investimentos em digitalização e com os esforços para montar equipes cada vez mais qualificadas e empenhadas em fazer parte dos projetos de inovação.
E vale lembrar que, para adotar o conceito de transformação digital com sucesso, é essencial que tanto os líderes quanto os colaboradores abracem a causa, ajudem a criar e evoluir uma nova cultura dentro das organizações, que tenha como objetivo fomentar o ambiente sustentável e propício para o desenvolvimento de novas ideias e soluções.
Quando falo em inovação, não me refiro apenas a adoção de ferramentas e soluções tecnológicas, como Analytics avançados, computação em nuvem, arquitetura de sistemas, inteligência artificial e internet das coisas (IOT), por exemplo, mas principalmente à criatividade e geração de boas e surpreendentes ideias, que simplifiquem processos e sanem dores.
E acredito que só é possível alcançar um cenário no qual os colaboradores estão em sintonia e totalmente preparados para inventar e testar produtos novos, com potencial para atender as necessidades dos clientes e ainda acabar com atritos desnecessários, quando a diversidade é uma das características principais das equipes.
Apenas por meio de times diversos e inclusos, com pessoas de origens, crenças, formações, lugares e experiências diferentes, poderemos analisar de forma mais ampla e com mais informações os projetos e ideias, utilizando essa pluralidade a favor da criação de soluções que levem a inovação no DNA, que sejam verdadeiramente criativas, e que causem transformações reais na vida dos consumidores, acabando com problemas que muitas vezes nem mesmo eles tinham enxergado ainda.
E se apenas o argumento sob a ótica da criação de um ambiente mais leve e sustentável para os colaboradores e propício para o desenvolvimento de melhores produtos para os clientes não for o suficiente para convencer dos benefícios trazidos pela saúde organizacional, dados da pesquisa Diversity Matters: América Latina, da consultoria americana McKinsey, mostram que as empresas que adotam essa iniciativa são não apenas mais saudáveis e felizes, mas também mais rentáveis, com probabilidade 59% maior de superar a performance financeira de seus concorrentes.
Portanto, ao levar todos esses pontos em consideração, fica claro o quão importante é que as lideranças tenham uma mentalidade voltada à diversidade e inclusão, e não apenas pensando no sucesso dos negócios, mas também como uma forma de ajudar a sociedade a evoluir e enxergar todos os pontos positivos de abraçar e celebrar a pluralidade de gêneros, etnias e orientações sexuais. Pense nisso!
Gustavo Caetano é CEO da Samba Tech e Samba Digital, embaixador da Reserva e autor do best seller “Pense Simples”. É um dos colunistas do RH Pra Você. O conteúdo dessa coluna representa a opinião do colunista. Foto: Divulgação.