Tema constante em todas as publicações especializadas, e exaustivamente abordado nos últimos congressos internacionais e nacionais, as inovações introduzidas à força pela pandemia exigem das empresas um volumoso treinamento adaptativo dos quadros funcionais, uma vez que o mercado digitalizado e sem fronteiras não deixa opções, e os recursos tecnológicos ocupam, cada vez mais, os espaços da mão de obra tradicional.
Os Departamentos de Recursos Humanos e de Treinamento e Desenvolvimento (T&D) são peças fundamentais no processo de inovação, levantando quais conhecimentos necessários a empresa não possui internamente, e promovendo o treinamento sem perda de tempo. A área mais carente é a de TI.
Dotar a empresa desses conhecimentos exige planejamento em conjunto com os demais setores, visando a adequação do cenário atual, cobrindo desde o treinamento até a avaliação posterior do desempenho. Esse projeto compõe-se de cinco etapas:
1 – Definir quais os conhecimentos necessários para implementar e manter as inovações (Skills Needed).
2 – Levantar os conhecimentos existentes através de consulta aos quadros funcionais (Skills Inventory).
3 – Definir quais os conhecimentos necessários, mas não existentes internamente (Skills Gap).
4 – Programar e executar o treinamento para cobrir o gap (Training Program).
5 – Definir as metas de desempenho pós treinamento, e controlar os resultados. (Return on Investments)
Para promover efetivamente a inovação, o Diretor de RH precisa estar atuante em todas as etapas da Gestão, ou seja, Planejamento, Organização, Execução e Controle, compreendendo e assumindo o importante papel que lhe cabe, onde todos são solicitados a “agregar valores” e cada real gasto deve ter uma boa “justificativa econômica”, integrando com os demais Diretores e Gerentes, a gestão estratégica da empresa.
Participar das fases do Planejamento exige algum domínio de conceitos econômicos para orçar e justificar os Custos, e Metas de Desempenho.
Na etapa de Organização, é muito importante incluir as Lideranças e Gestores, “Coaching”, e outros, que afetam diretamente o desempenho individual.
Na etapa de Controle, quando são analisados os “Resultados Efetivos” e comparados aos “Resultados Previstos”, é indispensável saber como obter os dados relevantes de Desempenho Individual, e como correlacioná-los de forma clara com o resultado global. Como parte essencial do Controle, as “Avaliações de Desempenho” durante a Execução, exige uma perfeita integração entre Recursos Humanos e as Diretorias Operacionais.
Para implementar as necessárias inovações é preciso um bom nível de integração e motivação do pessoal, um inteligente esquema de comunicação interna, normalmente sob a responsabilidade de Recursos Humanos, e a efetiva participação de todos os setores da empresa.
Convém considerar que “Inovação” é um processo permanente, acompanhando a dinâmica do mercado e mantendo a empresa “no estado da arte”.
Em resumo, é indispensável aos Diretores de RH estar totalmente integrado nas matérias administrativas para poder contribuir efetivamente na obtenção dos resultados!
Vicente Graceffi, consultor em desenvolvimento pessoal e organizacional. É um dos colunistas do RH Pra Você. O conteúdo dessa coluna representa a opinião do colunista. Foto: Divulgação.