O universo dos negócios vem passando por muitas transformações nos últimos anos. Esses recentes movimentos, acelerados pela pandemia de Covid-19, fizeram com que os líderes e gestores começassem a pensar em formas diferentes de administrar a equipe e conseguir aproveitar ainda mais o seu potencial.

Uma das mudanças mais significativas que movimentaram o mundo corporativo foi a transição, inicialmente forçada, do trabalho presencial para o home office. Tanto os gestores quanto os funcionários precisaram aprender rapidamente como exercer as mesmas tarefas do escritório em casa, muitas vezes em um ambiente que não era o mais propício para isso. Além disso, tiveram também que encontrar maneiras de equilibrar a vida pessoal e profissional, gerindo seu tempo com mais cuidado e precisão para continuarem a ser produtivos mesmo em meio ao caos vivido do lado de fora.

E agora que a população está sendo vacinada com mais intensidade, com o avanço diário da vacinação em todo o país, várias empresas estão aos poucos retornando ao trabalho presencial, sendo que muitas delas já estão implementando sua versão híbrida, permitindo que o time exerça suas funções tanto presencialmente quanto por teletrabalho.

Segundo pesquisa realizada pelo Google Cloud, as companhias nas quais 43% dos entrevistados trabalham já afirmaram que o esquema híbrido será o padrão no pós-pandemia. Outro estudo do Zoom mostra ainda que dos respondentes que disseram estarem animados com a volta aos escritórios, cerca de dois terços pensam no trabalho híbrido como um “modelo ideal”.

Se antes esse modo não era adotado pelas organizações, já deu para perceber que ele será a nova realidade daqui em diante. E, apesar de trazer diversas vantagens para os funcionários e os líderes, também apresenta alguns desafios de implementação.

Um ponto importante para que ele funcione é o abandono por parte das lideranças do conceito de poder centralizado, no qual assumem um papel mais autoritário de sempre estarem em uma posição de superioridade com relação ao restante do time. A nova geração que está chegando no mercado de trabalho anseia por ser ouvida, por se sentir parte da empresa e do seu propósito de existir, e é isso que faz com que se engajem ainda mais em busca não apenas dos melhores resultados pela perspectiva do lucro, mas também pela entrega de soluções que de fato agradem os consumidores.

Portanto, é imprescindível que haja continuidade nesse processo de estimular que o ambiente de ofício seja mais acolhedor e permita o empoderamento da equipe no período de home office.

E uma das formas mais certeiras de conseguir mudar a cultura organizacional e de fato implementar novos costumes que agreguem para o sucesso da organização é a busca por colaboradores com diversidade de pensamentos, origens, formações profissionais e experiências de vida.

Com um repertório mais amplo e com foco em fazer o negócio funcionar a partir de todas as frentes, há mais chances de trazer inovações para dentro da marca de forma sustentável, permitindo que, por meio da experimentação, de acertos e erros, alcance um cenário de fluidez de ideias e novas soluções.

Gustavo Caetano é CEO da Samba Tech, embaixador da Reserva e autor do best seller “Pense Simples”. É um dos colunistas do RH Pra Você. O conteúdo dessa coluna representa a opinião do colunista. Foto: Divulgação.