A inteligência artificial generativa, que ganhou fama após o sucesso do ChatGPT, é uma vertente da inteligência artificial que está transformando significativamente a sociedade, desde as indústrias e mercados, até o universo corporativo. Diferente da IA tradicional, que é programada para executar tarefas específicas com base em algoritmos pré-definidos, a generativa conta com o aprendizado de máquina e tem a capacidade de gerar novas soluções e conteúdos de forma autônoma e criativa. Na prática, ela pode criar ideias originais, resolver problemas complexos e até colaborar com humanos em projetos.

Devido a sua capacidade de alavancar os negócios nos mais diversos segmentos, as empresas estão investindo pesado nela, como apontam dados de um estudo recente da Microsoft: cerca de 74% das micro, pequenas e médias companhias brasileiras já usam inteligência artificial em alguma atividade profissional. Os investimentos na tecnologia aumentaram 20% no ano passado quando comparado com 2022.

Uma outra pesquisa realizada pelo Boston Consulting Group (BCG) mostra ainda que ela representa uma oportunidade para 86% dos executivos em cargos de alta liderança na América do Sul, sendo que 75% deles planejam aumentar investimentos em IA e GenIA em 2024.

Esse cenário não deixa dúvidas do seu sucesso e do quanto as organizações estão apostando nela para impulsionarem seus negócios. E, por estar sendo cada vez mais utilizada pelas empresas, não surpreende que ela também esteja mudando as relações de trabalho.

Nesse sentido, um dos seus principais impactos é na automação de tarefas repetitivas e monótonas. Por ser capaz de criar e executar processos de forma autônoma, as máquinas podem liberar os humanos para se concentrarem em atividades mais estratégicas. Como resultado disso, além do aumento comprovado de eficiência e produtividade, também é possível que os colaboradores explorem seu potencial criativo e inovador de formas diferentes e se envolvam em mais projetos em equipes – o que é especialmente positivo quando pensamos em aumento da integração, engajamento e motivação dos times.

Outro ponto interessante é que a inteligência generativa incentiva e aprimora a colaboração entre humanos e máquinas. Ao invés de substituir completamente o trabalho humano, ela complementa as habilidades dos colaboradores, permitindo uma cooperação mais fácil, eficaz e produtiva. Enquanto os profissionais podem aproveitar a criatividade das máquinas para pensar em novas ideias e soluções, elas também se beneficiam da experiência e intuição humanas.

Desde que comecei a implementar a IA, pude observar seu impacto positivo em diversos aspectos: custos operacionais reduzidos em 70%, aumento da retenção de talentos através de análises preditivas, melhoria dos indicadores de eficiência dos colaboradores em até 40%, entre outras transformações.

Estamos no início da jornada da utilização de inteligência artificial, e ainda há muito a ser compreendido e descoberto. Porém, se com pouco mais de um ano desde a sua popularização já conseguimos ver tantas mudanças no mercado corporativo, acredito que ainda há muitas transformações positivas por vir que vão mudar ainda mais a maneira como trabalhamos e vivemos. Pense nisso!

*Gustavo Caetano é fundador da Samba, especialista em soluções digitais simples, inteligentes e eficazes que impactam significativamente os resultados, proporcionam vantagens competitivas e perpetuam com maturidade os clientes no mercado. É um dos colunistas do RH Pra Você. O conteúdo dessa coluna representa a opinião do colunista. Foto: Divulgação.