Saiba como utilizar vídeos de forma eficiente nas apresentações em público. Os vídeos são ótimos recursos para dinamizar palestras, cursos e reuniões, mas é preciso critério para a comunicação ser efetiva.
Os vídeos são excelentes ferramentas para dar dinamismo e ilustrar exemplos em palestras, cursos e apresentações corporativas. Com as tecnologias de audiovisual mais acessíveis e a grande diversidade de publicações disponíveis na Internet, as opções são inúmeras, nos mais variados temas.
É possível enriquecer as reuniões com imagens virais, sketchs de humor, trechos de filmes e musicais, animações e até mesmo encenações autorais, produzidas pelo próprio palestrante ou por sua empresa. No entanto, embora a funcionalidade desses recursos seja inegável, nem sempre eles são utilizados de forma efetiva.
Tanto para o uso de vídeos quanto para qualquer tipo de comunicação, é importante sempre se colocar no lugar do espectador para checar a eficiência da mensagem. Imagine-se como alguém numa plateia e assista ao arquivo que pretende utilizar. Se o vídeo não transmitir clareza sobre a relação com o conteúdo da palestra, ficar entediante ou longo, está na hora de repensar seu uso.
Um dos critérios mais importantes é a finalidade do vídeo na sua apresentação. Ele deve se relacionar com o conteúdo do que é dito, mas não deve ser redundante, e sim acrescentar novas informações ou exemplificá-las.
Evite também utilizar o recurso somente para descontrair a plateia. Vídeos divertidos e virais são recomendados somente se combinarem com a temática da palestra, e ainda há o risco de serem muito batidos. Para surpreender o público com algo útil e original, explore a internet, navegue por links indicados, acesse os links dos links.
Outro ponto fundamental para não desperdiçar esses recursos é explorar as mensagens-chave dos vídeos, com uma introdução ou comentários para iniciar um debate. Ensaie o que vai dizer antes e depois, e as perguntas que pode utilizar para provocar uma interação maior entre os espectadores.
Entre o que pode ser feito antes do evento, também estão os testes dos arquivos, que devem ser salvos em diversos formatos. Se possível, teste os equipamentos que estarão disponíveis no local da palestra, para evitar imprevistos.
Com todos os recursos alinhados, ainda existe o maior medo de qualquer palestrante, que é não despertar a atenção do público. Ou, pior, ainda, gerar tédio. Para evitar que os espectadores fiquem dispersos, estime o tempo utilizado para suas falas e para a utilização de recursos de mídia.
Não há uma métrica perfeita para isso, mas devemos ter bom senso. Se uma palestra dura 20 minutos, por exemplo, não faz sentido incluir 2 vídeos de 5 minutos cada, por mais interessantes que sejam. Procure falar por pelo menos 70% do tempo da apresentação.
Ao aplicar essas recomendações, você utilizará esses recursos de maneira realmente eficaz. No entanto, lembre-se de estar sempre preparado, com ensaios e as leituras sobre o tema tratado em dia.
Afinal, o emissor da mensagem é o protagonista, e a plateia espera que ele demonstre conhecimento, envolva os presentes e informe seu propósito. Não delegue somente ao vídeo a tarefa de comunicar.
Por Vivian Rio Stella, doutora em linguística pela Unicamp, com pós-doutorado pela PUC-SP, especialista em comunicação. Professora da Casa do Saber, da Aberje e da Cásper Líbero, começou a realizar textos, produzir materiais didáticos e a dar curso sobre redação de e-mails. Do mundo da academia tinha o projeto de migrar para o mundo corporativo, assim idealizou a VRS Academy para ministrar seus próprios cursos e empreender com liberdade.
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