Em meio a um cenário onde saúde mental, flexibilidade e atividades físicas ganham espaço no ambiente de trabalho, os programas de bem-estar corporativo se mostram cada vez mais essenciais para o engajamento dos colaboradores, conforme revela o Panorama do Bem-Estar Corporativo 2025.
A pesquisa foi realizada com 5 mil profissionais em nove países, entre maio e junho de 2024, destacando a importância da saúde e bem-estar no ambiente de trabalho e a percepção dos colaboradores em relação ao suporte que recebem de suas empresas.
No ambiente corporativo atual, mais empresas têm investido em programas de bem-estar para melhorar a saúde, engajamento, satisfação e produtividade dos colaboradores. Com efeito, essas iniciativas são fundamentais na prevenção de problemas de saúde e contribuem significativamente para a motivação e o desempenho das equipes.
Assim destacamos os cinco programas mais procurados e utilizados, segundo as respostas dos profissionais que participaram do estudo, além das taxas de utilização e barreiras de acesso.
Flexibilidade e saúde mental no topo das preferências
O benefício mais valorizado pelos colaboradores é a flexibilidade no trabalho, com 20% dos participantes da pesquisa relatando já ter acesso a essa vantagem. Afinal, a flexibilidade permite ajustar horários e locais de trabalho, facilitando uma integração mais equilibrada entre a vida pessoal e profissional. Em suma, entre os que dispõem de modelos de trabalho flexíveis, 85% fazem uso ativo desse recurso em suas rotinas, destacando o impacto positivo desse benefício.
Em segundo lugar, o apoio psicológico também ocupa uma posição de destaque, com 17% dos colaboradores tendo acesso por meio de seus empregadores a sessões de terapia e aconselhamento. Esse recurso é amplamente valorizado como uma maneira de lidar com o estresse e manter a saúde mental, embora ainda seja acessível para poucos. Entre os que têm acesso, 67% utilizam o benefício. Dessa forma, oferecer apoio psicológico é essencial para promover um ambiente de trabalho mais saudável e acolhedor. Entretanto, ainda precisamos ampliar a disponibilidade para que mais pessoas se beneficiem.
Suporte nutricional e atividades físicas são altamente valorizados
O suporte nutricional é o terceiro programa mais procurado, com 14% das empresas oferecendo esse benefício aos colaboradores. Esse programa, que promove uma alimentação saudável, apresenta uma alta taxa de uso de 84% entre os funcionários que têm acesso. Além disso, reflete o crescente interesse em saúde holística.
O incentivo a atividades físicas também é oferecido por 14% das empresas, segundo a pesquisa, sendo altamente valorizado pelos colaboradores. As modalidades mais populares incluem corrida (27%), musculação (21%) e treino de mobilidade (18%), além de práticas como yoga, dança e esportes em grupo, cada uma com 13% de adesão. A grande demanda por atividades físicas destaca o papel essencial dessas práticas no bem-estar físico e mental dos colaboradores.
Os desafios de bem-estar e as barreiras de acesso
Os desafios de bem-estar, como competições de passos e metas mensais de saúde, ocupam a quinta posição no ranking de benefícios, sendo realizados por 11% das empresas dos colaboradores ouvidos na pesquisa. Embora disponíveis para uma parcela limitada da força de trabalho, esses programas têm uma alta taxa de engajamento de 84%, evidenciando forte adesão entre os que têm acesso.
A alta adesão aos programas de bem-estar demonstra que, se ampliados, esses benefícios podem impactar positivamente a saúde e a produtividade dos colaboradores. Para as empresas, isso representa um retorno positivo, tanto na redução de custos com saúde quanto na retenção de talentos.
Esses dados mostram como os programas de bem-estar no ambiente corporativo são fundamentais. Flexibilidade, apoio psicológico, orientação nutricional, atividades físicas e desafios de bem-estar estão entre as iniciativas mais valorizadas e podem fazer uma diferença significativa para a qualidade de vida dos colaboradores, especialmente se forem ampliadas para atingir um público maior.
Por Priscila Siqueira, líder do Wellhub no Brasil.
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