Trabalho remoto: como a tecnologia pretende diminuir casos de burnout, ansiedade e depressão
Há dois anos, ninguém imaginava que todas as atividades corporativas seriam conduzidas por um escritório improvisado em sua própria casa. Reuniões em plataformas de streaming, hora extra ao lado da família e tudo feito de forma online começaram a fazer parte do dia a dia da maioria.
Embora o trabalho remoto tenha se tornado a oportunidade de proporcionar mais conforto, segurança e ainda garantir a função de muitas pessoas durante a pandemia causada pela Covid-19, a adaptação para o home office não foi simples para muitos trabalhadores.
A nova realidade deixou os brasileiros muito mais suscetíveis a terem experiências frequentes com a ansiedade. Para se ter uma ideia, pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde aponta que 86,5% dos brasileiros declararam ter sofrido de ansiedade, 45,5% com estresse pós-traumático e 16% depressão, causados pelo impacto do isolamento social e da ausência do equilíbrio nas atividades pessoais e profissionais.
Trabalhar em casa tem sido uma experiência gratificante para todos, mas ainda carrega os desafios da adaptação diante dos novos hábitos. Às condições dos formatos atuais de trabalho acarretaram também um grande número de casos de burnout, problema conhecido pela síndrome do esgotamento profissional que nada mais é que uma combinação de cansaço físico, esgotamento emocional e exaustão cognitiva.
A síndrome se tornou comum entre os brasileiros durante a pandemia. De acordo com uma pesquisa realizada pela International Stress Management Association (ISMA), organização internacional de pesquisa, 70% dos brasileiros sofrem as consequências do estresse e destes, 30% são vítimas do burnout.
No entanto, mesmo com o distanciamento social e o home office, estimular equipes e criar métodos para engajar colaboradores se tornou necessário no ambiente corporativo. Oferecer serviços e benefícios focados em saúde mental, tem sido essencial para diminuir os casos de ansiedade, burnout e depressão.
Um exemplo disso é o uso de tecnologias como inteligência artificial e visão computacional para aprendizado da máquina. Aliados a técnicas como a de Fotopletismografia (ou PPG – técnica óptica que pode ser usada na detecção das alterações no volume sanguíneo no leito microvascular de tecidos), conseguem monitorar o funcionário pela câmera do seu próprio dispositivo, oferecendo um monitoramento contínuo de sinais vitais, como, batimento cardíaco, saturação de oxigênio no sangue, ritmo respiratório, nível de estresse, etc. O intuito é de prevenir doenças ligadas à saúde mental e diminuir os casos de ansiedade de funcionários.
Em linhas gerais, o mercado se desenvolveu de tal forma que não é mais aceitável que colaboradores tenham uma má condição de trabalho. Estamos a poucos passos de uma realidade onde a tecnologia se mostra cada vez mais presente em cada situação do dia a dia das pessoas. A pandemia provocou o crescimento da dependência tecnológica em detrimento de resultados positivos. Então, porque não utilizá-la de forma benéfica?
Por André C. Barretto, fundador e CEO da UNIKE Technologies. É formado em engenharia da computação, empreendedor e investidor na área digital com mais de 20 anos de experiência no mercado. André também é fundador de startups como ZigPay, ZakPay, TRACTA.co, Vollare, entre outras, além da Venture Builder Blockpar, que possui 19 startups em seu portfólio. Pós-graduado em Gestão da Tecnologia, com larga experiência na área de tecnologia e consultoria, atuou durante 13 anos no mercado nacional e internacional, atendendo grandes empresas através de consultorias como a Deloitte e Ernst & Young Brasil e Londres.
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