Tecnologia e felicidade no trabalho: como a cultura organizacional aliada à transformação digital pode fazer colaboradores mais felizes.
Entre os fatores preditivos para o bom desempenho dos profissionais no ambiente de trabalho, o quesito “felicidade” tornou-se uma das maiores preocupações das organizações na atualidade, especialmente daquelas que já entenderam o grande impacto da boa saúde mental para o pleno desempenho das atividades, engajamento e produtividade de seus colaboradores.
E não poderia ser diferente! Afinal, estima-se que o ser humano trabalhe por mais de 80 mil horas ao longo de sua vida, portanto, ser feliz no ambiente corporativo é extremamente necessário.
A quem se deve este estado de espírito?
Embora cada colaborador seja único e carregue consigo inúmeras responsabilidades que ultrapassam as barreiras do mundo corporativo, as lideranças têm um papel crucial para que as equipes se sintam motivadas, animadas e felizes em desempenhar suas funções.
De acordo com o estudo Work Wellbeing Insights, realizado pelo site de busca de empregos Indeed e que entrevistou cinco mil pessoas, grande parte dos profissionais atribuíram a promoção de um ambiente de trabalho mais saudável e feliz aos líderes. Ao todo, 19% dos participantes direcionaram este compromisso aos gestores diretos, 14% à alta liderança, 11% aos CEOs e 10% ao departamento de recursos humanos. E não paramos por aí!
De acordo com um levantamento da Korn Ferry Insights database, 75% dos participantes de sua pesquisa disseram acreditar que a confiança na liderança sênior é um dos maiores preditores de retenção de talentos. Uma constatação que vai ao encontro do forte movimento de pedidos de demissões que recentemente aconteceram nos EUA: 52% delas foram em virtude da falta de reconhecimento e valorização por parte dos líderes, um posicionamento que vai na contramão do bem-estar e felicidade desses profissionais.
Como criar, então, esses ambientes mais felizes?
É fato que existe uma série de iniciativas que podem ser tomadas para que o clima seja cada vez melhor, que as relações sejam cada vez mais positivas, transparentes, honestas e promovam bons feedbacks. Mas, para isso, a cultura organizacional e a tecnologia devem caminhar juntas.
A transformação digital surge para complementar e facilitar a implementação do propósito e dos valores que traduzem a alma do negócio. Em outras palavras, a tecnologia não substitui o fator humano e ainda não compreende suas necessidades emocionais. Mas a partir de um bom alinhamento cultural, suas contribuições podem ser imensas!
Para começar, é preciso ter certeza que o colaborador gosta do que faz e está na área certa, que vivencia uma rotina de atividades que lhe desperta prazer em executar. Se existem indícios de que algo não vai bem, é preciso redesenhar esse dia a dia. Existe alguma ferramenta tecnológica que possa contribuir com isso, deixando o trabalho automatizado e mais leve? Talvez seja mais simples do que pareça.
Outro ponto interessante para promover a felicidade é investir em desenvolvimento. Cursos, treinamentos e suporte para o uso de novas tecnologias podem ser fundamentais para que o colaborador se sinta inserido em um novo ambiente digital, por exemplo, e consiga aproveitar todas as funcionalidades dessas ferramentas e plataformas.
Somente assim ele vai poder identificar suas dificuldades e apontá-las aos seus gestores, da mesma forma que essas lideranças poderão dar feedbacks verdadeiros e em tempo real sobre como esse profissional está evoluindo, os pontos que precisa melhorar e as conquistas, ainda que pequenas, que merecem ser exaltadas e valorizadas. Festejar pequenas metas, aumenta a motivação, o senso de desafio e a realização.
A aptidão para desempenhar suas atividades em um novo modelo de trabalho, com flexibilidade e autonomia, pode representar a realidade e o futuro do trabalho em muitas organizações, embora algumas tenham decidido retornar ao antigo modo presencial. Há de se pensar que o equilíbrio entra a vida pessoal e profissional é também um dos fatores que mais contribuem para que a felicidade vire rotina para estes colaboradores.
Trabalhar de qualquer lugar que estiver é libertador e um dos maiores avanços proporcionados pela tecnologia. Ao promover a colaboração entre as equipes, o acompanhamento de todas as atividades, trocas de mensagens rápidas, alinhamentos por videoconferência, agendas compartilhadas e toda uma rotina integrada, é bastante válido consultar o colaborador sobre qual modalidade o deixa mais feliz: tem os que preferem a interação presencial com os colegas e tem os que preferem o conforto do home office.
A ideia é que seja uma escolha livre, que promova o bem-estar do profissional e consequentemente a felicidade em conseguir conciliar todas as áreas de sua vida!
Por Alline Antóquio, diretora executiva e especialista em Google da Gentrop, empresa parceira e expert em transformação por meio de soluções de tecnologia.
Saiba mais sobre vida pessoal ouvindo o episódio 75 do programa “Vida Pessoal e Profissional: há limites?” do PodCast do RHPraVocê. Nesse episódio, o CEO do Grupo TopRH, Daniel Consani, e a editora do RH Pra Você, Gabriela Ferigato, conversaram com Tiago Petreca, diretor fundador e curador chefe da Kuratore – consultoria de educação corporativa, Country Manager da getAbstract Brasil e autor do Livro “Do Mindset ao Mindflow”, sobre as principais descobertas da pesquisa. Acompanhe clicando no app abaixo:
Não se esqueça de seguir nosso podcast e interagir em nossas redes sociais:
Facebook
Instagram
LinkedIn
YouTube
Capa: Depositphotos