Muitas pessoas estavam acostumadas a serem lideradas, os gestores tinham o papel fundamental, assim como o RH, na gestão presencial dos colaboradores. A equação funcionava perfeitamente. Há mais de um ano, nossa realidade mudou drasticamente. Fomos forçados a sermos nossos próprios gestores, algumas empresas estabelecem marcadores de ponto, outras não. Mas em todas, os funcionários viraram seus próprios chefes em termos de foco e produtividade; daí a indicação de uma direção de futuro: ser o próprio chefe é o maior desafio e o melhor caminho.

Para quem é empreendedor, como é o meu caso, sempre busquei seguir rigorosamente a autogestão, e nesta pandemia coloquei em prática com os meus parceiros, colaboradores, e amigos meus conhecimentos acerca do tema. Apesar de sempre praticar a minha gestão de tempo, eliminando distrações no dia a dia que possam atrapalhar o meu foco no horário delimitado para exercer o meu trabalho, e praticar a escuta ativa do meu corpo e da minha mente, nunca tinha liderado funcionários em uma pandemia.

A ideia de startups já vinha ganhando força, de ambientes mais harmônicos e estruturas mais despojadas, o ESG (Environmental, Social and Governance – em português, Ambiental, Social e de Governança) tornou-se a palavra do ano e a corrida pelo equilíbrio começou. As startups já traziam esse ideal de: autogestão é a liberdade com foco e responsabilidade de administrar o tempo. E é esse ideal que as empresas de médio e grande porte tiveram o desafio de aprender e implantar em tempo recorde.

Quando menciono as empresas de médio e grande porte é devido ao desafio de serem mais pessoas envolvidas, mais fornecedores, e concomitantemente mais colaboradores. Em uma empresa pequena é mais fácil “tomar as rédeas” e criar sistemas de controle. Além, claro, da possibilidade da escuta ativa ser praticada com mais frequência.

A autogestão pode ser algo complexo, desafiador, mas nos traz ganhos mensuráveis. Quando o indivíduo consegue fazer a sua autogestão, consegue perceber o valor da sua função, o seu papel na organização e também na sociedade. Aprende mais, dribla os dias nublados mantendo a sua mente focada no presente, e usa o tempo com sabedoria. Essa sabedoria pode ser usada em ter o próprio negócio por exemplo, ou crescer na empresa que trabalha.

Uma gestão mais horizontal com canais de diálogos e a escuta ativa é fundamental, e claro, fornecer uma cultura empresarial que forneça as ferramentas necessárias para que um colaborador possa se autogerir. Há várias plataformas que permitem o controle da produtividade e que trazem a melhoria no foco, como o Trello. Para a prática da escuta ativa indico o Whereby que disponibiliza salas, para até 4 pessoas, de forma gratuita. É possível conversar com um colaborador ou reunir pequenos grupos da empresa e promover integração.

Com certeza a autogestão é um movimento que veio para ficar, funções cada vez mais independentes unidas ao propósito da empresa, e futuros empreendedores surgindo nessa autogestão!

O futuro é agora!

Ser o próprio chefe é o maior desafio e o melhor caminhoPor Rogério Silva, CEO do CEBRAC (Centro Brasileiro de Cursos).

 

 

Ouça também o RHPraVocê Cast, episódio 126, “Até o ‘bom dia’ vira reunião: é mesmo tão difícil se adaptar à comunicação assíncrona?”. Será que todos os líderes estão, de fato, preparados para se adaptar a um diferente estilo de comunicação? Há solução para as reuniões em excesso deixarem de ser parte do dia a dia?

Para responder a isso e auxiliar no melhor entendimento sobre a importância da comunicação assíncrona, o RH Pra Você Cast traz a neurocientista Ana Carolina Souza, sócia da Nêmesis, empresa de educação corporativa. Clique no app abaixo:

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