Investimento em senioridade: o caminho para a retenção de talentos e inovação sustentável.
No atual cenário empresarial, caracterizado por mudanças rápidas e competitividade intensa, as organizações enfrentam desafios constantes para se manterem inovadoras e relevantes.
Contudo, a verdadeira chave para o sucesso sustentável vai além da simples adoção de tecnologias de ponta ou modelos de negócio disruptivos. A essência desse sucesso reside no reconhecimento e na valorização do capital humano, particularmente daqueles profissionais que acumulam experiência e conhecimento ao longo dos anos.
Senioridade, um alicerce para o futuro
A senioridade dentro de uma equipe não é apenas um ativo valioso, mas o alicerce sobre o qual as organizações constroem o seu futuro.
Investir em um plano de carreira sólido e em qualificação contínua para os colaboradores não só aumenta a retenção de talentos, mas também contribui para a criação de um ambiente de trabalho motivador e produtivo.
Segundo a Society for Human Resource Management (SHRM), o custo de substituir um colaborador pode atingir até 150% do seu salário anual. Além dos custos financeiros diretos, a rotatividade acarreta perdas intangíveis, como a diminuição da moral da equipe e a perda de produtividade. Consequentemente são fatores que podem impactar negativamente o desempenho global da organização.
Experiência = bagagem única de conhecimentos
Profissionais com experiência trazem uma bagagem única de conhecimentos e habilidades que não se adquirem da noite para o dia. A presença deles no ambiente de trabalho oferece uma vantagem competitiva que é difícil de replicar.
Eles não só desempenham um papel crucial na execução de tarefas complexas, como também atuam como mentores para os colaboradores mais jovens. Isso ajuda a cultivar uma cultura organizacional forte e colaborativa.
De acordo com uma pesquisa da Harvard Business Review, empresas que incentivam o desenvolvimento de carreira e a mentoria interna têm 32% mais probabilidade de superar os seus concorrentes.
Isso evidencia a relação direta entre o desenvolvimento interno de talentos e o desempenho superior no mercado, sublinhando a importância de estratégias centradas na retenção e no crescimento dos colaboradores.
Juniorização, uma armadilha
No entanto, muitas empresas têm caído na armadilha da “juniorização”, uma tendência marcada pela preferência em contratar profissionais menos experientes com o objetivo de reduzir custos.
Embora esses profissionais juniores tragam energia e novas ideias para a organização, a falta de experiência pode levar a decisões menos informadas e a uma possível queda na eficiência de processos críticos.
A ausência de senioridade na equipe não só compromete a continuidade do conhecimento organizacional, como também pode dificultar a transmissão de práticas consolidadas e a adaptação a desafios complexos.
Por outro lado, a senioridade oferece uma profundidade de conhecimento e uma visão estratégica que são essenciais para a sustentabilidade e a inovação a longo prazo. O equilíbrio entre a energia dos jovens talentos e a experiência dos profissionais seniores é, portanto, crucial para criar uma equipe robusta, capaz de impulsionar o crescimento contínuo da empresa.
Políticas claras de progressão de carreira
Para reter e valorizar esses profissionais seniores, é imprescindível que as empresas estabeleçam políticas claras de progressão de carreira. Quando os colaboradores conseguem visualizar o seu futuro dentro da organização, a satisfação e o engajamento aumentam significativamente, reforçando também a lealdade à empresa. Um colaborador que percebe oportunidades reais de crescimento e desenvolvimento profissional está mais inclinado a investir suas energias e talentos na organização a longo prazo.
Em suma, a senioridade deve ser encarada não como um custo, mas como um investimento estratégico.
Valorizar os talentos internos, através de planos de carreira bem estruturados e investimentos contínuos em qualificação, permite às empresas não apenas proteger seu capital intelectual, mas também fomentar um ambiente de inovação e crescimento sustentável.
Ao evitar a rotatividade e fortalecer a sua equipe com profissionais seniores qualificados, as organizações asseguram uma posição de liderança no mercado e garantem a construção de um futuro próspero e resiliente.
Por Fernanda Cunha Lima, sócia e CEO da Kipiai.
🎧 Ouça o episódio 143 do RH Pra Você Cast: “Inclusão 50+: Oportunidades e Desafios para o Futuro do Trabalho”
O episódio 143 do RH Pra Você Cast mergulha no tema da inclusão etária no ambiente profissional. Com o título provocativo “Inclusão 50+, bom para o presente e para o futuro (de todos nós)”, exploramos como a coexistência de diferentes gerações pode ser uma força motriz para empresas e profissionais.
O Dilema das Gerações
- O Questionamento Pessoal: Imagine-se daqui a cinco ou dez anos. Essa reflexão, frequentemente feita em processos seletivos, não é simples. Especialmente para o público 50+, que enfrenta estereótipos e incertezas quanto ao futuro profissional.
- O Choque Geracional: Pesquisas indicam que a interação entre gerações é benéfica para todos. Contudo, como garantir que os profissionais mais experientes não sejam deixados para trás?
Mudando o Panorama
- Inclusão como Prioridade: Precisamos mudar a narrativa. A inclusão de profissionais 50+ não é apenas uma questão de justiça social; é também estratégica para as empresas.
- Vantagens da Mescla Geracional: A diversidade etária traz criatividade, resiliência e diferentes perspectivas. Como podemos aproveitar esses benefícios?
Conversa com um Especialista
Neste episódio, tivemos a honra de entrevistar Mórris Litvak, Fundador e CEO da Maturi. Ele compartilhou insights sobre como desenvolver mecanismos de inclusão e promover um ambiente de trabalho que valorize todas as idades.
🎧 Clique no app abaixo e ouça o episódio completo! Descubra como a inclusão 50+ é uma oportunidade para todos nós construirmos um futuro profissional mais rico e diversificado.
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