Se antes a área de Recursos Humanos era apenas com o departamento pessoal, atualmente, já não é mais assim. Nos últimos anos, a área de RH vem ganhando protagonismo nas organizações, assumindo um papel estratégico para o sucesso da empresa em diversos segmentos e, dentre eles, está o de Tecnologia da Informação (TI).
Não há como falar do hoje, sem nos recordarmos de um passado não muito distante. Durante muito tempo, o RH era considerado apenas como uma área burocrática responsável por tarefas como admissão, demissão e pagamento de salário.
Com o passar do tempo, houve um novo direcionamento, passando a se concentrar no desenvolvimento e acompanhamento na jornada do colaborador.
Contudo, mesmo tendo esse papel mais estratégico e participativo, ainda assim, o setor lida diariamente com um alto volume de funções e responsabilidades, sendo praticamente impossível executá-las de forma manual.
Não é à toa que o RH vem agregando cada vez mais o uso da tecnologia em suas atividades, com o intuito de garantir sua eficiência, bem como acompanhar a atual era da transformação digital.
Por sua vez, levando em conta a gama de recursos disponíveis atualmente, é importante aderir ferramentas que, de fato, viabilizem o sucesso da área. Deste modo, destacamos aqui algumas tendências promissoras para o RH:
#1 Cultura organizacional: a cultura organizacional é um tema recorrente entre CEOs, CHROs, diretores e líderes, e sua importância é inegável. De fato, ela é um ponto crucial para o sucesso a longo prazo de uma empresa, especialmente em um cenário marcado por novas tendências e a presença de diferentes gerações no mercado de trabalho.
À medida que o ambiente de trabalho continua a evoluir, com novas tecnologias, mudanças sociais e expectativas em constante mudança dos funcionários, a adaptação da cultura organizacional torna-se ainda mais fundamental. Ela precisa ser ágil e receptiva o suficiente para incorporar as novas tendências, enquanto mantém os valores e princípios fundamentais da empresa intactos.
#2 Desenvolvimento da liderança e apoio ao crescimento do colaborador: o papel do líder vai além de apenas liderar. É fundamental orientar e auxiliar no crescimento dos colaboradores, criando um ambiente seguro tanto do ponto de vista físico quanto emocional.
Com a crescente importância da saúde mental nas organizações, torna-se peça chave que a liderança promova um ambiente de suporte que integre aspectos pessoais e profissionais. Essa abordagem fortalece a liderança na área de RH e promove um ambiente de trabalho mais saudável, inclusivo e produtivo para todos.
#3 Inteligência Artificial (IA): quando falamos em tendências, não dá para deixar a IA de fora, afinal, essa tecnologia é extremamente vantajosa para o Recursos Humanos.
A IA desempenha um papel fundamental na otimização de processos, desde a triagem de currículos até o processamento de documentos. Ela permite a utilização de sistemas inteligentes que analisam dados de engajamento dos funcionários, como feedbacks, pesquisas de clima organizacional e interações em redes sociais internas.
Com isso, é possível identificar tendências, prever padrões de rotatividade e sugerir estratégias para melhorar o engajamento e a retenção de talentos. Além disso, a inclusão de chatbots e assistentes virtuais é uma prática cada vez mais comum.
Essas ferramentas fornecem suporte aos funcionários, respondendo perguntas comuns, oferecendo informações sobre benefícios e políticas da empresa, e facilitando processos internos. Isso não apenas aumenta a eficiência, mas também libera tempo para que os profissionais de RH possam se concentrar em atividades mais estratégicas e de maior valor agregado.
#4 ESG: essa sigla tem ganhado protagonismo e força no mundo corporativo, porém, ainda são poucas as organizações que engajam estratégias em prol dessa temática.
Quando se trata da área de Recursos Humanos (RH), o ESG desempenha um papel significativo em várias dimensões:
Ambiental (E) – as organizações podem incluir política de sustentabilidade no local de trabalho, realizando campanhas para reduzir o consumo de recursos internos.
Social (S) – diversidade e Inclusão, o RH desempenha um papel fundamental na promoção da cultura inclusiva, saúde e bem-estar dos funcionários e responsabilidade social e por fim no pilar de
Governança (G), – ética e conformidade. Por isso, é importante estar atento à esta tendência e alinhar ações juntamente ao RH, de forma que consigam pôr em prática o conceito nas ações tomadas.
#5 People Analytics: vivemos a era dos dados. Diante disso o People Analytics é uma estratégia que vem cada vez mais sendo adotada. Segundo uma pesquisa feita pelo LinkedIn em 2021, 73% dos profissionais de RH afirmaram que a solução de análise de dados será prioridade para suas empresas nos próximos cinco anos.
Isso porque, com o apoio dessa ferramenta, a área pode obter e cruzar informações a fim de eliminar riscos, identificar tendências e tomar decisões assertivas garantindo o avanço da organização como um todo.
#6 Ferramentas digitais: as plataformas de treinamento é uma tendência crescente no RH, pois ela alia praticidade e eficiência em um único lugar além de garantir que os profissionais de diversas localidades tenham acesso ao conteúdo.
Essas ferramentas oferecem uma variedade de funcionalidade que ajudam a criar, distribuir, monitorar e avaliar programas de treinamento, permitindo que o setor atue de forma proativa, oferecendo soluções personalizadas e alinhadas com as necessidades de cada indivíduo e da organização como um todo.
A inclusão de recursos da tecnologia nas atividades de RH é um movimento que já vem acontecendo. Entretanto, à medida que a transformação digital avança, cada vez mais, será exigido da área agilidade e eficiência.
Além desse desafio, não podemos deixar de lado as próximas gerações que tem como prioridade ingressar em uma organização que dê oportunidades para o seu crescimento.
Se pararmos para pensar, o primeiro e último contato do colaborador com a empresa é com o setor de RH.
Desta forma, é essencial que a área de Recursos Humanos esteja atenta às tendências visando implementá-las com eficiência, para que consigam se adaptar frente a um cenário de constantes mudanças e, com isso, garantir seu posicionamento estratégico na organização.
Por Anaclete Coelho, Coordenadora de RH na Seidor Brasil e Vitória Pratte, Coordenadora de RH na Viceri-Seidor. A SEIDOR é empresa dedicada ao fornecimento de soluções tecnológicas na área de consultoria de software e serviços de TI, inovação, estratégia, entre outras.
Ouça o episódio 168 do RHPraVocê Cast, “Há espaço para emoções no ambiente de trabalho?”. Por que é tão difícil – até mesmo um tabu – falar sobre emoções no ambiente de trabalho? Elas fazem parte de cada nuance da jornada corporativa, afinal, a felicidade e a tristeza, por exemplo, podem ser variáveis que impactam consideravelmente o engajamento, a produtividade e, consequentemente, as finanças do negócio.
Mas como administrá-las? Qual é o papel do líder e do RH em relação às emoções? Para deixar claro que o assunto deve, sim, entrar em pauta nas organizações, o RH Pra Você Cast de hoje conta com uma dupla da Coppead/UFRJ: Paula Chimenti, Professora e Coordenadora do Centro de Estudos em Estratégia e Inovação; e Fernanda Souza, doutoranda e pesquisadora. Confira clicando abaixo:
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