Realidade Preocupante com a saúde mental no trabalho
Um em cada quatro profissionais brasileiros se sente triste no ambiente de trabalho, segundo estudo recente da consultoria Gallup, e isso reflete uma realidade preocupante. Esse dado é um sinal claro de que a saúde mental no local de trabalho precisa ser prioridade para as empresas.
Como líderes e gestores, precisamos reconhecer que a felicidade e o bem-estar dos colaboradores são tão essenciais quanto os resultados financeiros.
Bem-estar emocional não é secundário
Muitas organizações ainda tratam o bem-estar emocional como algo secundário, quando na verdade ele está intrinsecamente ligado à produtividade e ao engajamento.
Os colaboradores que enfrentam tristeza ou exaustão mental têm maior propensão a se ausentar do trabalho, ou por adoecimento ou por falta de motivação. Além disso, a taxa de rotatividade de pessoal pode aumentar, uma vez que profissionais buscam ambientes que ofereçam suporte à saúde mental.
Programas de apoio psicológico, flexibilidade no trabalho e treinamentos para gestores identificarem sinais de esgotamento são passos fundamentais para reverter esse cenário.
Não podemos deixar de lado a importância de estratégias que priorizem a saúde emocional no mundo corporativo, o que não apenas melhora a satisfação das pessoas, mas também a retenção de talentos e a produtividade.
E o burnout?
O burnout é uma consequência comum dessa falta de cuidado, com o aumento da carga de trabalho e das expectativas irreais. As empresas precisam adotar medidas preventivas, como promover pausas, incentivar um equilíbrio saudável entre vida pessoal e profissional e desestimular jornadas excessivas de trabalho.
Investir na saúde mental não é apenas uma questão de responsabilidade social, mas também um diferencial competitivo. Precisamos oferecer suporte psicológico e, claro, um lugar acolhedor são vistas como mais atrativas por talentos, especialmente aqueles que buscam um ambiente de trabalho humanizado.
É urgente transformar as políticas de saúde mental em algo concreto e acessível dentro das corporações. A pesquisa é um alerta de que o custo de não cuidar do bem-estar dos colaboradores é alto, tanto para os indivíduos quanto para as organizações. O futuro do trabalho depende de empresas que valorizem o ser humano em todas as suas dimensões.
Por Marcello Amaro, CHRO da P3, uma plataforma de gestão de pagamentos para mais de 2000 empresas da América Latina.
🎧Ouça o episódio 191 do podcast RH Pra Você Cast, “Novo certificado de saúde mental: o que, afinal, é esperado das empresas?”
Em março, entrou em vigor a Lei 14.831, que estabelece um certificado reconhecendo empresas como promotoras do bem-estar e qualidade de vida de seus colaboradores.
Mas o que exatamente essa lei exige?
Será que as práticas comuns são suficientes para obter a certificação?
A advogada Maria Lucia Benhame, especialista em direito empresarial, nos orienta sobre essa nova legislação. Portanto, confira!
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