Na minha jornada dentro do ciclismo de estrada, a frase mais interessante que ouvi foi a que dá título a este terceiro artigo que divido com vocês: “o ciclismo é o esporte coletivo mais individual do mundo!”.

Uma coisa que o ciclismo me ensinou foi que o preço da minha liberdade é minha eterna disciplina. Sempre gostei de comer e comer muito, por este motivo a 12 anos atrás, exatamente, quando cheguei ao auge dos meus 96 Kg, com apenas 1m e 65cm de altura tive que tomar uma decisão que me tirasse da situação de total ostracismo físico e me desse prazer em sua prática.

Verdade que nunca fui muito adepto de exercícios em academia porém sempre gostei de bicicleta desde criança, então resolvi reativar a paixão antiga.

Descobri que a prática ciclística regular me proporcionava uma oportunidade única de manter o meu prazer a mesa, pois com grandes queimas calóricas, podia comer de tudo um pouco ou até muito de tudo, sim, afinal eu estava queimando.

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Nesta mesma época entrei num programa de reeducação alimentar da empresa em que trabalhava, então combinando prática esportiva, reeducação e acompanhamento especializado cheguei a incríveis 83 Kg, ok ainda assim são muitos quilos para meus poucos 1m e 65cm.

Neste ponto me deparei com a mágica palavra chamada “disciplina”, pois a partir deste ponto minha disciplina diária de acordar cedo para pedalar se tornou meu mantra, meu peso nunca mais aumentou e se manteve estável por anos, até que me deparei com uma nova situação clínica e a médica me disse: “você precisa emagrecer mais!”.

Mais uma vez a disciplina de fazer o que tinha que ser feito garantiu minha liberdade de continuar pedalando, pois somente mais leve poderia continuar a manter minha atividade física intensa diminuindo meus riscos na prática.

Até aqui ok, parece o relato de um gordinho feliz que gosta de pedalar, mas e a vida corporativa Samuel? Espero que você esteja se perguntando isso.

Muitas e muitas vezes somos complacentes conosco e com nossas atividades diárias. Especialmente em nossas atuações corporativas temos funções a desempenhar e tarefas a entregar, sejam a nossos clientes, pares, líderes e liderados, mas também somos cobrados por, criatividade, relações interpessoais, networking, aprendizado constante, e mais um monte de coisas que cada um de vocês sabe bem.

O que descobri com minha experiência do peso e ciclismo é que quanto mais fazia aquilo que tinha que ser feito, mais eu conseguia fazer o que eu queria e gostava de fazer.

Então este é o desafio, desafie-se a fazer o que tem que ser feito. Isto parece óbvio, mas nem sempre o que tem que ser feito é o que nos dá mais prazer, ou é o que gostamos, ou é o que vai me deixar realizado ou até mesmo em evidência.

Acreditem se de fato vocês fizerem o que tem que ser feito de forma correta, com intenção de acertar, com DISCIPLINA, vocês encontrarão a LIBERDADE para fazer o que gostam.

Como isso funciona na prática, sabe aquela apresentação que seu chefe te pediu, aquele dado que o seu par te solicitou, aquele item que o cliente quer ou aquele bate papo que seu liderado solicitou, coisas totalmente aleatórias que te pediram e nas quais você não ve sentido e acaba por procrastina-las, então tente fazê-las com disciplina e as entregue com prazer e depois me contem se vocês não encontraram a liberdade que procuravam para fazer o que de prazeroso queriam fazer.

E para você, qual o preço da sua Liberdade?

Você tem trabalhado para vitória de indivíduos na equipe que está? 

Os indivíduos de sua equipe tem trabalhado para suas vitórias?

E você “diretor” de equipe, tem montado seu time para que a cada “etapa” as características dos indivíduos certos sejam destacadas?

Boas pedaladas para vocês meus amigos, até a próxima, afinal pedalar é o ato de se manter em movimento!     

Qual o preço da sua liberdade?

Por Samuel Souza, Diretor Administrativo, de Marketing e Relacionamento da Petronect.

 

 

 

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