Você, gestor, sabe responder, de bate pronto, qual o propósito da sua organização?

Se não tiver a resposta, calma!

Definições como essa podem ser complexas, mesmo. Fato é que compreender o propósito – não confunda com missão – é descobrir a própria identidade.

É ele quem dá sentido a toda a estratégia da companhia e a tudo aquilo que for relacionada à identidade do negócio, fornecendo parâmetros tangíveis, atuando em cada indivíduo de forma intuitiva.

Em latim, propósito significa “colocar à frente”, ou seja, definir objetivos maiores, algo que acreditamos, seja pessoal ou profissionalmente. É diferente de missão, relacionada com o valor da organização, o olhar para o ambiente externo. O propósito é focado na consolidação do ambiente interno, com valores e cultura organizacional.


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Felizmente, cada vez mais, empresas estão identificando que explorar atributos técnicos e racionais não são o suficiente. Por isso, o propósito organizacional torna-se uma peça tão importante.

Pesquisas internacionais têm apontado nesta direção. De acordo com estudo da consultoria Kom Ferry, mais de 7% dos executivos afirmam que ter uma liderança orientada por propósito traz maiores benefícios financeiros ao longo prazo. Na mesma linha, pesquisa da Gallup identificou que colaboradores engajados vendem 20% mais.

Há uma série de motivos para ter o propósito da companhia bem solidificado. Porém, de nada adianta tê-lo se não for compartilhado com os colaboradores. Para isso, é preciso mobilizar as equipes, para que se sintam motivadas e se orgulhem e confiem realmente no propósito da empresa em que atuam.

Se assim se sentirem, passarão, muito provavelmente, esse sentimento aos clientes, gerando maior conexão e confiança. Se possível, tente sempre incluir o propósito organizacional desde o processo de recrutamento e seleção, afinal, colaboradores, gestores e lideranças devem compartilhem dos mesmos valores.

Ter o alinhamento estratégico, por exemplo, é essencial desde o momento que a pessoa ingressa na empresa até no cotidiano do trabalho, para que o propósito esteja sempre em mente.

Vale ressaltar que toda empresa surge a partir de um propósito, mesmo que não o tenha bem definido. Portanto, não é tão simples montar um propósito do zero. Para estruturá-lo e desenvolvê-lo, é possível utilizar uma série de ferramentas, entre elas o golden circle, ou seja, o círculo dourado.

Ele é composto por três esferas que formam um diagrama com três perguntas:

  • Por quê? Propósito da empresa, aquilo que prova sua existência;
  • Como? É um conjunto de processos que vai realizar o propósito;
  • O quê? Resultado de um processo, produto ou serviço.

Esse modelo de ferramenta mostra que todas as empresas podem saber dizer o que fazem, algumas explicam como fazem, mas poucas vão saber dizer o porquê, segundo o inglês Simon Sinek, especialista em liderança. O propósito organizacional não deve ser muito amplo, nem muito estreito.

Precisa ser construído a partir de algo difícil de alcançar, mas não ao ponto de ser inatingível. Ou seja, algo que esteja nas raízes da empresa, que apesar de possíveis mudanças na marca, valor ou proposta, ele continua inalterável, com propósitos duráveis.

Em tempos nos quais grandes empresas perdem espaço para startups, que chegam com propósito organizacional forte, com impacto positivo e recebendo cada vez mais relevância e apoio de clientes e colaboradores, não há tempo a perder.

Ao criar o propósito organizacional, além de ser amplamente disseminado internamente, também deve ser amplamente divulgado aos stakeholders.

É preciso que ele seja enraizado, se torne consistente a todos, e não mais um documento a ser esquecido no fundo da gaveta (ou num documento nunca mais acessado no computador).

Propósito organizacional: a descoberta da própria identidade

Por Ivan Cruz, cofundador da Mereo, HR Tech que tem como propósito impulsionar a performance das pessoas e das organizações.

 

 

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