Modelo PDCA dos Programas de Avaliação (avaliação / feedback / plano de ação)

A experiência de implantação ou reorganização de programas de Avaliação de Desempenho sempre gerou novos conhecimentos e alternativas.

Com efeito, os modelos de questionários, as definições de competências para avaliação, os critérios e as alternativas de procedimentos sempre cobriram uma ampla gama.

Evidentemente cada empresa reserva suas características para adequar a melhor forma, mas sempre é possível mudar e melhorar. Outrossim, tudo é dinâmico, principalmente nessa área onde os objetivos são: identificação, acompanhamento e desenvolvimento.

Avaliação começa quando termina?

Nesse sentido a nossa maior dificuldade sempre esteve no final do processo. Portanto, reforçamos a nossa frase: a avaliação de desempenho começa quando termina! Isto é, após o preenchimento dos dados, por meio do questionário de avaliação, é que tudo começa. Por exemplo:

  • Tabulação do desempenho individual
  • Em seguida aprofunda-se o tratamento estatístico dos dados identificados correlacionando:
    • Dados do funcionário em comparação ao global do setor e da empresa (posicionamento individual)
    • Correlação entre os dados de avaliação do setor em comparação à média da empresa (posicionamento do setor)
    • Identificação dos critérios de avaliação com avaliações mais altas e mais baixas, tanto no setor como na média da empresa (identificação de alvos prioritários)
    • Apresentação e orientação aos gestores desses resultados estatísticos (definição de foco e objetivos)

De onde saiu tudo isso?

Outrossim, um fato interessante que identificamos no processo de apresentação dos resultados aos gestores é a pergunta: “de onde esses dados foram retirados?”. Afinal, os próprios gestores não percebem que preencheram as avaliações com esses dados.

Precipuamente, precisamos ressaltar que a avaliação de desempenho é um programa global. Dessa forma, além do acompanhamento da performance individual, ele caminha para uma análise global dos índices para a empresa, conforme abordagem fundamentada no conceito de Sincronicidade de Karl Gustav Jung. Ou seja, procuramos a “coincidência significativa” entre os dados levantados.

Seguir uma linha natural de busca

Dessa forma o processo segue uma linha natural de busca de alternativas de solução. Inicialmente com o levantamento de dados > tratamento estatístico > elaboração das soluções (feedback e plano de ação).

Tradicionalmente, essa fase final (feedback e plano de ação) é a mais importante. Além disso, é a de operação mais controvertida, pois a dificuldade está na oferta do feedback. Ademais, há a definição de um Plano de Ação de Desenvolvimento, que é o objetivo final de todo o programa.

E, ainda, percebemos que essas dificuldades se intensificam, com alguma frequência, nos níveis superiores das organizações.

Dessa forma, para administrar algumas dessas dificuldades elaboramos o nosso MODELO PDCA DE AVALIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO que tem as seguintes características:

Programas de Avaliação_quadro sinótico de status de avaliação

Processo de Auto Avaliação

O profissional (normalmente em nível de supervisão e gerência) deverá realizar a sua autoavaliação. Ele preencherá cada um dos quatro campos dessa Matriz em uma folha que acompanha a Matriz.

No campo P “O que eu preciso parar de fazer” identifique que atitudes

      (profissionais e pessoais) que você precisa parar de fazer. São ações que

       comprometem o seu desempenho em geral.

No campo D “O que eu preciso continuar fazendo e desenvolvendo” procure

      identificar ações que são pontos positivos do seu desempenho e que pode

      ser desenvolvido para melhores resultados, isto é, podem ser aprimorados.

No campo C “O que eu preciso começar a fazer” identifique que ações e

     atitudes que você deverá iniciar para obter melhores resultados no seu 

     desempenho geral e da sua área como um todo. Tomar iniciativas!

No campo A “Comentários (como fazer)”, relacione COMO Você deverá proceder

      para colocar em prática cada uma das ações definidas nos três campos anteriores.

      Você poderá utilizar o verso da Matriz para as suas definições e uma folha de papel 

      para complementar suas informações.

OBS. Se for necessário utilize duas cópias da Matriz para sua Auto Avaliação.

Após o preenchimento uma cópia da Matriz deverá ser enviada para o seu superior.

(este material deve ser tratado de forma confidencial)

Procedimentos

  1. Defina quais profissionais passarão por esse processo de avaliação.
  2. Envie a “Matriz de Auto avaliação” para cada um dos profissionais. Assim que enviar, recomendamos que efetue um contato pessoal (pode ser por telefone) para certificar-se de que a Matriz foi recebida e para identificar se há alguma dúvida sobre o preenchimento. 
  3. Nesta oportunidade confirme a data e horário em que será realizada a reunião de “oficialização” dos dados da Matriz de Avaliação (chefia e subordinado)
  4. Essa reunião de “oficialização” é o momento em que o superior, em reunião (presencial ou virtual), confirma ou modifica os dados da Matriz de Auto avaliação e aprova os dados do campo: COMO FAZER, acordando formas de acompanhamento e prazos.

Observação: Se o superior não responder confirmando ou modificando os dados da Matriz isso é considerado como tendo aprovada todas as definições dadas pelo funcionário que preencheu a Matriz. 

Dessa forma sempre haverá uma definição. 

Programas de Avaliação_foto do autor

Por Bernardo LeiteConsultor Organizacional, longa experiência executiva em nível gerencial e diretivo. Psicólogo especializado em Comportamento Organizacional. Atua em consultoria desde 1980, e possui robusta participação no mercado com palestras, artigos, pesquisas e estudos sobre comportamento organizacional e gestão. Palestrante, escritor, coaching personalizado para executivos. Um dos maiores especialistas em Avaliação de Desempenho, em todos os segmentos, incluindo Empresas Públicas.


🎧Ouça o Episódio 181 do Podcast RH Pra Você Cast: “A Saúde dos Trabalhadores Está em Risco?”
Introdução

A abordagem das empresas em relação à saúde dos colaboradores traz otimismo. Inegavelmente, desde a pandemia, o bem-estar e a qualidade de vida passaram a ser assuntos obrigatórios nas organizações para que elas se mantenham competitivas.

A Prática é Tão Positiva Quanto o Debate?

Contudo, será que a prática é tão positiva quanto o debate? Segundo uma pesquisa recém-realizada pela Alice, ainda identificamos muitos gaps que precisam ser corrigidos.

Pesquisa da Alice Revela Gaps na Saúde dos Trabalhadores

Para falar mais sobre o estudo e também a respeito do cenário da saúde do trabalhador para 2024, batemos um papo com Sarita Vollnhofer, CHRO da Alice. Assim sendo, confira abaixo:

Assim sendo, não se esqueça de seguir nosso podcast bem como interagir em nossas redes sociais:

Facebook
Instagram
LinkedIn
YouTube