Playfulness: o caminho para encarar o trabalho com alegria e sem sofrimento
O conceito Playfulness pode ser descrito como um conjunto de ferramentas para responder, com leveza e originalidade, às incertezas, contradições e ambiguidades da hipermodernidade.
É uma oposição direta ao sofrimento do trabalho. O conceito surgiu a partir da vivência e da exploração do meu próprio play.
Como muitos, comecei minha atuação no mundo corporativo assumindo a estranha noção de que trabalho era sinônimo de sofrimento. O fundamental era ser "sério" para jogar esse jogo.
Tentei me adaptar, mas não foi possível. Minha saúde mental e desejo de criar falaram mais alto. Decidi empreender me conectando com minha criança interior: criar uma empresa de programas de desenvolvimento com uso de ludicidade e educação experiencial.
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Passei a estudar autores que dedicaram suas pesquisas ao campo da satisfação no trabalho e da dimensão e papel do "Play" na vida humana. Logo percebi que existe uma grande confusão de tradução na palavra "Play", muitas vezes descrita apenas como brincar ou jogar. É muito mais que isso.
É brincar, jogar, atuar, tocar, viver e muito mais. Na verdade, o "Play" é uma função da vida. Constrói identidade, cultura, transcendência e, o principal para o mundo de incertezas que vivemos. O "Play" dá ordem ao caos.
O Playfulness é um convite à plenitude desta experiência de vida e está ancorado em quatro pilares: resiliência estoica, tensão criativa, Flow e ludicidade. De forma prática, ele tem a capacidade de adentrar organismos de forma sistêmica e provocar mudanças saudáveis e positivas em diversos campos e dimensões.
Começando pela nossa formação, uma educação Playfulness é aquela pautada na experiência e em vivências que levem os seres humanos a compreenderem a sua unicidade e conseguirem expressar e utilizar seus talentos e habilidades.
Por entender que cada pessoa é única, sabe-se, também, que o aprendizado não ocorre da mesma forma para todas Um mesmo conteúdo pode ser explorado e absorvido de diferentes maneiras e com estímulos distintos.
Em ambientes corporativos, as possibilidades são diversas, também.
Mas, implementar o Playfulness nas empresas requer envolvimento e vontade, pois ele afeta diretamente a cultura organizacional e os valores, visão e missão da organização. É desafiador e não será implantado em um único dia.
Será preciso rever procedimentos, ideologias, ações e práticas que adoecem em prol de trazer mais resiliência, ludicidade, flow e transformar a tensão emocional em tensão criativa.
Um bom exemplo de ação Playfulness foi adotada por uma empresa que possibilitou que seus funcionários utilizassem 15% do seu tempo para se dedicarem a projetos de interesse próprio. Disso, surgiu um dos produtos mais vendidos da companhia. Além disso, é importante também dar espaço para a criatividade e buscar desafios para superar.
No dia a dia, encontrar e explorar o seu Play pode até ser desafiador, mas com certeza não é difícil.
Sabe aquele hobby que você deixou de lado por um tempo?
Por que não arranja um tempo para voltar a praticá-lo?
Pode ser ler um livro de aventura, pintar um quadro, colecionar algum item, organizar sua estante por cores... Tudo isso pode te conectar com o seu Play e trazer mais leveza e momentos de Playfulness para a sua vida.
A ideia, no fim das contas, é usar o Playfulness e seus quatro pilares como ferramentas para uma vida mais leve e criativa.
Espero que ele te ajude a descobrir e transformar a si mesmo e o seu entorno!
Por Lucas Franco Freire, psicólogo, treinador e palestrante especializado em desenvolvimento de lideranças e soft skills com educação experiencial. Criador do método Playfulness e autor do livro “Playfulness! Trilhas para uma vida resiliente e criativa”. É professor de Gestão com Pessoas da Especialização em Empreendedorismo da UFBA. Orientador profissional, especialista em Psicologia Positiva, facilitador certificado na metodologia LEGO® SERIOUS PLAY® pela Associação de Master Trainers (DK), sócio fundador da People2People RH, da Smartplay BR. Já impactou mais de 100 mil pessoas em mais de 2 mil eventos pelo Brasil.
Ouça também o PodCast RHPraVocê, episódio 52, "Quando a resiliência vira algo tóxico?" com Carla Tieppo, neurocientista da Santa Casa. Clique diretamente no app abaixo:
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