Brasil x Estados Unidos: Como as pequenas empresas estão encarando a inteligência artificial aqui e lá fora? A inteligência artificial (IA) está moldando significativamente o cenário para pequenas empresas, com muitas aproveitando suas vantagens para otimizar operações e aumentar sua eficiência.
Atualmente, uma grande proporção delas vem investindo em IA, com proprietários esperando melhorar a produtividade e comunicação através de orçamentos alocados para novas tecnologias.
De acordo com uma recente pesquisa realizada pela Câmara do Comércio dos Estados Unidos, as pequenas corporações empregam quase metade de toda a força de trabalho americana e representam 43,5% do PIB da América. O estudo aponta ainda que 99,9% das empresas nos EUA são pequenos negócios, ou seja, mais de 33 milhões de empresas que empregam 62 milhões de americanos. Desse universo, 50% planejam investir em tecnologia com grande probabilidade de implantar a IA em sua rotina.
Segundo relatórios recentes da Administração de Pequenas Empresas dos Estados Unidos (SBA), o impacto dessa ferramenta é amplamente positivo, já que cerca de 91% das organizações afirmam que ela tornou seus negócios mais bem-sucedidos, com benefícios que vão desde melhorias nas operações até marketing mais eficaz.
Além disso, um estudo revela que 67% das pequenas empresas já usam IA para criação de conteúdo, com muitas relatando um aumento no retorno sobre investimento em marketing de conteúdo e melhores resultados de SEO.
Essa tendência de crescimento e de adoção reflete um cenário em que as corporações estão cada vez mais reconhecendo o valor de integrar tecnologias avançadas para permanecerem competitivas e ágeis em um mercado em rápida evolução.
A implementação da IA permite não só a personalização em grande escala, que é cada vez mais exigida pelos consumidores, mas também facilita a automação de tarefas repetitivas, permitindo que as empresas se concentrem em atividades de maior valor.
E no Brasil? Já no nosso país, o uso da IA por pequenas e médias empresas vem crescendo significativamente, revelando um cenário promissor para a adoção dessa ferramenta. Uma pesquisa recente da Microsoft destaca que a maioria das empresas brasileiras, especialmente as nativas digitais, está investindo ativamente em IA, percebendo melhorias consideráveis em produtividade e eficiência.
Em particular, cerca de 46% das pequenas e médias organizações já investiram nessa tecnologia e pretendem continuar expandindo esse investimento. Isso reflete um compromisso robusto com a inovação tecnológica, apesar dos desafios, como a cibersegurança e a necessidade de adaptações culturais e estruturais dentro das empresas. Além disso, essa adoção vem sendo impulsionada pelo desejo de melhorar o atendimento ao cliente, a eficiência operacional e a capacidade de competir em um mercado globalizado.
Os dados indicam ainda que as empresas estão conscientes dos desafios que acompanham essa implementação, incluindo a necessidade de treinamento adequado para os colaboradores e a adaptação da infraestrutura tecnológica existente.
Essa conscientização está levando muitas empresas a investirem não só em tecnologias de IA, mas também em medidas de segurança cibernética e programas de capacitação, garantindo assim uma transição suave e segura para ambientes de trabalho cada vez mais digitalizados.
Esse contexto sugere um futuro em que as pequenas empresas brasileiras não apenas seguirão adotando a IA, mas também evoluirão para aproveitar ao máximo suas vantagens competitivas e operacionais. Estamos falando de uma redefinição no cenário empresarial, com uma ferramenta poderosa para inovar, economizar custos e otimizar operações.
Por Eduardo Sona, especialista em Inteligência Artificial. e CEO da IAExpertise, empresa líder no cenário da Inteligência Artificial, dedicada a transformar empresas por meio da inovação tecnológica.
Ouça também o PodCast RHPraVocê, episódio 72, “O papel do RH e do gestor de pessoas na chamada “nova economia”. O conceito da “nova economia” se popularizou no final da década de 90 como forma de descrever o surgimento de empresas que apresentavam formas inovadoras de operação, com altas taxas de crescimento. Mas, afinal, o que há de novo na “nova economia”? Quais as características das empresas que fazem parte desse universo? Ao mesmo tempo, como líderes e gestores podem se adaptar a essa realidade. Quais competências devem ser priorizadas? Neste episódio, o CEO do Grupo TopRH, Daniel Consani, e a editora do RH Pra Você, Gabriela Ferigato, conversaram com Diego Barreto, vice-presidente de Finanças e de Estratégia do iFood e autor do livro “Nova Economia: Entenda por que o perfil empreendedor está engolindo o empresário tradicional brasileiro” e com Susanne Andrade, especialista em desenvolvimento humano e autora do livro “O Poder da Simplicidade no Mundo Ágil”, ambos da Editora Gente. Confira o que rolou:
Não se esqueça de seguir nosso podcast e interagir em nossas redes sociais:
Facebook
Instagram
LinkedIn
YouTube
Foto: Depositphotos