Pensamento crítico: Quando todos pensam da mesma forma, ninguém está pensando
Você já parou para refletir sobre como as mais importantes inovações e as maiores empresas do mundo surgiram? Pense nas gigantes de tecnologia como Apple, Microsoft e Amazon, ou em invenções como a lâmpada. Seus criadores ou fundadores desafiaram o status quo, aplicaram pensamento crítico e enxergaram possibilidades que ninguém ao redor ainda conseguia ver. E isso me leva a uma provocação: você está realmente pensando ou apenas seguindo a manada?
O pensamento comum é confortável, mas raramente revolucionário. Ele nos dá a ilusão de segurança, mas nos mantém estagnados em zonas de conforto, onde o crescimento é limitado e a inovação, quase impossível.
Há uma frase do jornalista e pensador político Walter Lippmann, um dos primeiros a introduzir o conceito de Guerra Fria, que gosto de citar: "Quando todos pensam da mesma forma, ninguém está pensando."
Essa ideia reflete a visão de Jeff Bezos, que desafiou expectativas ao começar a Amazon, em 1994, na garagem de sua casa, em Seattle, Washington, mesmo quando a maioria duvidava do potencial do e-commerce. Ou Thomas Edison, que transformou mais de 1.000 tentativas frustradas em inovação – isso tudo morando em New Jersey, meu vizinho, aliás!
A Síndrome do “Pensamento de Rebanho”
O que vejo frequentemente é o pensamento de rebanho, também chamado de mentalidade de manada. Ou seja, as pessoas têm a tendência de se conformar com opiniões, comportamentos e atitudes de um grupo maior, porque não acreditam na sua capacidade de pensamento crítico.
Pense em uma sala cheia de funcionários discutindo o futuro de um setor da empresa, todos acabam convergindo para as mesmas ideias, porque ninguém quer ser o “chato” que questiona.
Se você é líder, sua obrigação não é apenas incentivar debates – é cultivá-los. Você precisa criar um ambiente onde a discordância seja não só aceita, mas esperada. Porque, se todos concordam o tempo todo, algo está errado.
Mas a questão vai além das salas de reuniões. Ela chega até você, no dia a dia: será que as suas escolhas são realmente suas? Ou você está apenas replicando padrões?
Pense diferente, mas não seja um rebelde sem causa
Desafiar o comum não significa desafiar por desafiar. Trata-se de entender o contexto, de buscar ângulos que ninguém viu e de perguntar: “Por que isso é assim? Precisa ser assim?”
A verdadeira revolução não está em gritar mais alto que os outros, mas em fazer perguntas melhores.
Se você está em um mercado saturado, pense: o que ninguém está fazendo? O que ninguém teve coragem de dizer? O que eu estou deixando de analisar?
Um convite à reflexão
Minha provocação para você hoje é: em que áreas da sua vida você está pensando igual a todo mundo? Onde você poderia – e deveria – discordar?
E não precisa ser grandioso. Pode começar com algo simples. Talvez seja uma abordagem diferente em um projeto, uma pergunta incômoda que ninguém ousa fazer ou até mesmo uma decisão pessoal que vai na contramão do esperado.
Então, da próxima vez que você se pegar concordando com tudo, faça uma pausa e questione: “Estou realmente pensando?” Porque, se você quer resultados extraordinários, como de Steve Jobs ou Bill Gates, não pode se dar ao luxo de pensar como todo mundo.
Por Bruno Corano é empresário, investidor, economista formado pela UPENN – Universidade da Pennsylvania, sócio controlador da Corano Capital NYC, maior gestora privada brasileira nos EUA.
🎧 Ouça o episódio 150 do RH Pra Você Cast, intitulado:
“Dar feedback ainda é um desafio para as empresas?”
Neste episódio, exploramos a importância da avaliação no ambiente corporativo e como ele pode contribuir para o crescimento individual e organizacional.
A Palavra “Feedback”
A expressão já se incorporou ao nosso vocabulário, mesmo sendo originária do inglês. No entanto, para muitos, ela ainda causa uma certa apreensão. Afinal, dar ou receber feedback pode ser desafiador. Mas lembre-se: o objetivo é evoluir.
Protagonismo
Segundo Bernardo Leite Moreira, Consultor e Especialista em no assunto, é fundamental que essa ferramenta seja protagonista nas relações profissionais. Ele não deve ser apenas uma formalidade, mas sim uma ferramenta para o desenvolvimento contínuo.
Mudanças nos Processos
Mas o que mudou nos processos de avaliação ao longo do tempo? Será que existe um momento certo para oferecê-lo? Enfim, são questões que exploramos no episódio. Em suma, acompanhe e descubra como tornar a ferramenta uma prática construtiva e eficaz.
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