A pausa para o café como ponte de relacionamentos e construção de decisões. O sociólogo Ray Oldenberg menciona que, para ter uma vida saudável, os cidadãos devem viver em equilíbrio em três reinos: vida em casa, local de trabalho e lugares inclusivamente sociais.
Ele fala muito sobre os “terceiros lugares”, que não são nem a casa, nem o trabalho, mas espaços públicos onde as pessoas se reúnem para socializar e se conectar com a comunidade.
Exemplos típicos de terceiros lugares incluem cafés, bares, livrarias e parques. Eu já falei que o celular deveria ser considerado como um instrumento que está presente e conecta os três lugares, e hoje queria trazer também o café como esse instrumento de conexão social e produtiva.
Como voltamos a reconhecer e valorizar de uma forma cada vez mais ativa os ambientes de escritórios e reuniões presenciais, quero trazer uma discussão sobre as pausas como ferramentas de administração de tempo. Já falei sobre a técnica do pomodoro como uma estratégia para gestão de tempo e saúde mental.
Eu não pratico pomodoro ao pé da letra, mas faço diversas pausas durante o dia: caminho pelo escritório para pensar, para conversar, brincar com pessoas, perguntar genuinamente como elas estão e paro, também, para tomar café, um chá ou mesmo uma água.
Morei na Colômbia, terceiro maior produtor mundial de café, e já tive a oportunidade de visitar produções na Costa Rica, Vietnã e Indonésia (grandes produtores), mas foi naturalmente aqui no Brasil que aprendi a desfrutar ainda mais, não somente da bebida, mas principalmente das pausas.
Não sei se você sabia, mas o Brasil é o maior produtor de café do mundo, produzindo quase 40% do café mundial. Isso mesmo, mais um orgulho para o nosso agro. Fonte de energia, exemplo de produção sustentável e parceiro das interações sociais.
Eu aprendi há muito tempo que o café é mais um pilar fundamental da economia, um elemento-chave da estrutura social e um símbolo cultural profundo, que possui uma história rica e um futuro promissor.
Por meio da sua cultura e sabor, que se inserem em estratégias para diferenciar-se pela qualidade e nicho, nos traz a oportunidade de lembrarmos, como líderes, que um simples cafezinho pode abrir portas para uma conversa, uma pausa, uma reflexão que pode transformar o nosso dia e tomar decisões ainda mais assertivas.
Para mim, o café se tornou o que chamo de "o combustível oficial dos heróis do cotidiano". Afinal, muitas vezes a gente acaba construindo os melhores planos e tomando rápidas decisões com uma boa dose de cafeína.
Como tenho hiperatividade, o que às vezes me leva à dificuldade de sono, meu último café do dia acontece antes das 14h, mas até lá tomo, no mínimo, três vezes por dia.
Consumir café é uma prática que pode trazer vários benefícios, desde melhorias na saúde e na concentração até a promoção de interações sociais e o aumento da produtividade. Portanto, reservar um momento para uma pausa para o café (ou chá, ou água) pode ser uma parte valiosa do dia.
E você, quantas vezes por dia consegue parar para tomar um café?
Por Delair Bolis, presidente da MSD Saúde Animal no Brasil, Paraguai e Uruguai.
Ouça também o RHPraVocê Cast, episódio 126, “Até o ‘bom dia’ vira reunião: é mesmo tão difícil se adaptar à comunicação assíncrona?”. Será que todos os líderes estão, de fato, preparados para se adaptar a um diferente estilo de comunicação? Há solução para as reuniões em excesso deixarem de ser parte do dia a dia?
Para responder a isso e auxiliar no melhor entendimento sobre a importância da comunicação assíncrona, o RH Pra Você Cast traz a neurocientista Ana Carolina Souza, sócia da Nêmesis, empresa de educação corporativa. Clique no app abaixo:
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