No início de qualquer carreira, a paixão pela profissão se confunde com a idealização de  um universo profissional onde não há atividades trabalhosas e até chatas. Tornar-se  especialista exige mais do que apenas dois anos aprendendo algumas funções. O  caminho é longo, com diversas frustrações incluídas tanto no processo de aprendizagem quanto na evolução de um profissional com anos de carreira. A ideia de que o trabalho é  uma fonte constante de prazer é irrealista. Contudo, a longo prazo, o trabalho pode ser  uma fonte de realização pessoal, proporcionando um sentido de propósito que, quando  jovens, ainda não temos total consciência. 

Término exausta um dia repleto de compromissos. Quando me perguntam: “Como você  consegue? Você deve amar muito o que faz, né?”, respondo que gosto do que faço, mas  isso não é tudo. O sucesso no trabalho não está necessariamente ligado à paixão. Na  psicologia, estudei anos de testes psicológicos e teorias que me formaram, mas que não  são utilizadas atualmente nos atendimentos clínicos.

Fiz muitas correções de testes para  aprender como funcionavam, sem conhecer os pacientes, como parte das técnicas de  ensino. Isso não me trazia paixão. Sempre preferi a análise do comportamento e o  atendimento clínico. No entanto, precisava passar por aquela etapa para chegar com  mais expertise após 16 anos atendendo. 

O trabalho envolve esforço, disciplina e, muitas vezes, tarefas que não são  necessariamente agradáveis. Esperar que o trabalho seja sempre prazeroso pode levar a  uma insatisfação constante e à incapacidade de lidar com as inevitáveis dificuldades e  frustrações do dia a dia. A verdadeira realização no trabalho vem da capacidade de  enfrentar desafios e superar obstáculos, contribuindo para o desenvolvimento pessoal e  profissional.

Inteligencia artificial

Profissionais de recursos humanos têm o papel crucial em ajudar os colaboradores a  desenvolverem uma visão mais realista e equilibrada sobre o trabalho. Isso inclui  promover um ambiente que valorize o esforço, a resiliência e a capacidade de lidar com  frustrações. Programas de desenvolvimento pessoal e treinamentos focados em  inteligência emocional são ferramentas valiosas nesse processo. 

Em resumo, o trabalho não é sinônimo de lazer, mas pode e deve ser uma fonte de  sentido e realização. Aceitar que nem todas as atividades serão agradáveis, mas que  todas têm seu valor, é essencial para uma vida profissional equilibrada e satisfatória. A  moda de que “todos devem ser apaixonados pelo que fazem” ou pela empresa na qual  trabalham é uma romantização excessiva que não ajuda as pessoas a terem uma visão  crítica da própria carreira.

Precisamos ter em mente: podemos ser perfeitamente feliz se  atividade profissional financia a vida que queremos ter, ou até se é uma ponte  importante pra outra função que almejamos sabe? A intolerância à frustração deve ser  combatida com a compreensão de que os desafios fazem parte do crescimento e que o  verdadeiro sentido do trabalho está na jornada e nas conquistas que ela proporciona. A  vida é feita de paixão e sacrifício, de alegria e dor.

Paixão pelo trabalho: uma ilusão construída

Por Larissa Fonseca, Psicóloga, doutoranda Unifesp em Ansiedade, Depressão, Estresse, Sono e Sexualidade  Feminina. Pós-graduação na Universidade Federal de São Paulo. Psicóloga Clínica há 15 anos com abordagem cognitiva comportamental.  Especialista clínica em Ansiedade, Crise de Pânico, Burnout e Sono.  Desenvolvedora de programas de saúde mental corporativa e treinamentos em  liderança. Capacitação em psicologia do sono (instituto do sono). Psicofarmacologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da  Universidade de São Paulo (FMUS-HC), Terapia Breve em Emergências pelo  instituto Foccus. Membro da Sociedade Brasileira de Psicologia (SBP) e Membro da Associação  Brasileira de Sono (ABS).

Ouça o RH Pra Você Cast, episódio 139: “G4 Educação encontra na Inteligência Artificial o equilíbrio para melhorar a jornada das pessoas“. Novas tecnologias, por melhores que sejam, costumam trazer consigo uma certa resistência. A moda da vez, o ‘empolgante e polêmico’ ChatGPT, se encaixa perfeitamente nesse cenário. Para alguns, a Inteligência Artificial é revolucionária e extremamente eficaz para o desenvolvimento de projetos pessoais e profissionais. Para outro grupo, a nova moda chega para ‘acomodar’ as pessoas, tornando-as intelectualmente dependentes e podendo substituí-las no mercado de trabalho.

Opiniões à parte, é fato que a Inteligência Artificial e a tecnologia como um todo chegaram para facilitar o dia a dia até mesmo do mais humanizado os setores empresariais: o RH. Para quem tem a mente aberta de aproveitar todo o seu potencial, a transformação é notável. Exemplo disso ocorre na G4 Educação. Todas as vantagens e benefícios identificados pela empresa quem revela é uma das maiores entusiastas da IA no RH, Marcela Zaidem. A Diretora de Pessoas dá as melhores dicas para quem quer dominar o equilíbrio entre pessoas e digital. Confira o RH Pra Você Cast clicando diretamente no app abaixo:

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Capa: Depositphotos