Open Talent e Chronoworking: tendências na gestão de pessoas. À medida que as empresas buscam se adaptar a um ambiente mais dinâmico, a flexibilidade e a valorização do potencial humano tornam-se prioridades.
Para suprir as novas necessidades, formatos onde o trabalho é feito por demanda, caso do Open Talent, vêm crescendo em todos os segmentos e novos modelos vêm ganhando espaço, assim como o chronoworking, que possibilita adaptação do trabalho ao ritmo biológico de cada pessoa.
Conhecido como “Economia Aberta de Talentos”, o Open Talent, que é justamente a possibilidade de trabalhar de qualquer lugar (e em muitos casos como freelancer, para mais de uma companhia), segue em ascensão em todo o mundo Esses talentos, geralmente com formação superior, estão concentrados em áreas como tecnologia, marketing e administração.
Em relatório feito em 2024 sobre o papel do freelancer, 86% sentem-se satisfeitos ou muito satisfeitos como trabalhadores autônomos. Ainda segundo esse relatório, 2/3 dos participantes afirmaram que o desejo de independência foi a motivação para mudar para freelancer: sendo a capacidade de trabalhar de forma flexível e determinar as condições básicas de seu próprio trabalho cruciais para os respondentes.
Vale ressaltar também que, além da flexibilidade que o trabalho remoto proporciona, as empresas podem ter profissionais talentosos de diversas partes do mundo, o que contribui, inclusive, para a formação de ambientes de trabalho mais colaborativos.
Chronoworking
Nesse cenário, o chronoworking também emerge dentro do Open Talent como um formato que permite ajustar os horários de trabalho com base nas necessidades individuais e na natureza variável de cada pessoa. Assim, elas trabalham por demanda, dentro de prazos estabelecidos, nos horários que lhes são mais convenientes. O modelo vem ganhando relevância, na medida em que os formatos de trabalho flexíveis são cada vez mais comuns nas empresas.
Sendo assim, é crucial considerar o desenvolvimento das habilidades comportamentais dentro desses novos cenários. A adaptabilidade, sendo uma das mais valorizadas pelo mercado, pode ser facilmente incorporada em uma rotina de trabalho flexível.
É de suma importância que os adeptos desenvolvam uma gestão eficaz do tempo equilibrando suas demandas pessoais e profissionais. Em contrapartida, o aumento da produtividade e a melhora da qualidade de vida são benefícios diretamente proporcionados por esse modelo de trabalho.
Benefícios do Open Talent
Para adotar o Open Talent de maneira eficaz, promovendo uma transição suave e colhendo os benefícios da colaboração flexível, as empresas devem estabelecer claramente as expectativas e objetivos dos projetos, definir regras de compliance com termos de confidencialidade e diretrizes claras para evitar conflitos de interesse, e articular bem sua cultura organizacional para facilitar a adaptação dos talentos externos.
Além disso, devem promover o intercâmbio de experiências entre especialistas externos e funcionários internos, garantindo a sistematização do conhecimento adquirido. É crucial também equilibrar a integração dos talentos externos com o investimento contínuo no desenvolvimento da equipe interna, criando um ambiente de trabalho colaborativo que favoreça a troca de conhecimentos e a segurança psicológica, contribuindo para o desenvolvimento profissional de todos e o alcance dos objetivos do negócio.
Por Karina Rehavia, fundadora e CEO da Ollo e da Social Talent, empreendedora e líder empresarial, com mais de 20 anos de carreira contribuindo para o desenvolvimento e crescimento de iniciativas empresariais de organizações nas áreas de desenvolvimento de negócios internacionais e gestão e liderança de projetos de grande escala. Além do Brasil, já atuou profissionalmente nos EUA, Inglaterra, China e Emirados Árabes Unidos.
Ouça o episódio 154, “Quais os sentimentos de quem voltou ao trabalho presencial?“. Quais os sentimentos de quem voltou ao trabalho presencial? Para buscar algumas respostas, o RH Pra Você e o Infojobs ouviram mais de mil profissionais que nos ajudaram a traçar um panorama dessa retomada. Para se ter uma ideia, a maior parte deles (58,3%) diz que se sente menos produtiva ao final de um dia de trabalho presencial. Além disso, 64,4% dos entrevistados dizem sentir que a qualidade de vida piorou ao voltar para o modelo presencial. Neste episódio, conversamos com Ana Paula Prado, CEO do Infojobs, sobre as principais descobertas da pesquisa, a preparação da liderança, papel do RH e muito mais. Acompanhe!
Não se esqueça de seguir nosso podcast e interagir em nossas redes sociais:
Facebook
Instagram
LinkedIn
YouTube
Capa: Depositphotos
