Depois de quase três semanas, terminou no último domingo (11) mais uma Olimpíada. Essa edição contou com 10.500 atletas considerando todas as 48 modalidades, e durante esse período o que não faltou foi história de superação, recordes sendo batidos, concentração, choro e também muita alegria. As estrelas: os atletas. Mesmo quem não é fã de esporte vibrou com o ouro da Rebeca e Bia, o bronze do Judô, as pratas do Isaquias na canoagem e Caio na marcha atlética, e as tantas outras medalhas.

Mas independente de medalhas, grande parte dos brasileiros, porque não dizer o mundo, ficaram vidrados na TV assistindo atletas dando saltos altíssimos, nadando como flechas nas piscinas, correndo como nunca. E para muitos, uma algumas perguntas:

  • como eles podem fazer determinadas manobras?
  • como podem superar tanta dor?
  • como podem suportar tanta pressão?
  • como pode ser tão forte?
  • como pode ter superado uma, duas, três, cinco cirurgias e disputar uma final?
  • como pode ser tão novo com tanta disciplina ou talvez mais velho e ter tamanha disposição?

Perguntas não faltam. E mesmo que você, ou eu, não tenhamos o desejo ou tempo de nos tomarmos atletas, acho que podemos olhar para eles como uma inspiração e aprender como aplicar no nosso dia a dia para também sermos medalhistas em diferentes modalidades: casa, família, trabalho, no cuidado com a saúde, nas relações, no convívio com os filhos e por aí vai.

Skills obrigatórias do RH

Assim como os atletas, o primeiro passo é ter o espírito olímpico e entender que nem sempre se ganha, mesmo dando seu máximo. A medalha de ouro não vem sempre e isso não é demérito. Tem sempre mais possibilidade de treinos, aperfeiçoamento e resiliência. É preciso entender que é preciso força para levantar depois de uma queda, entender a hora de desistir de uma luta e bater no tatame, chorar com derrotas, mas também vibrar com cada conquista, mesmo as menores.

O treino, a participação, a disputa, também é um prêmio. Muitas vezes a disputa é nossa contra nós mesmos. Superando desafios, obstáculos, cirurgias, acordando cedo para levar o filho no colégio, trabalhar, arrumar a casa, ajudar no dever. Isso vale ou não vale uma medalha? E a divisão da tarefa no trabalho ou uma apresentação feita a muitas mãos, não é uma medalha em equipe?

Olhar para esses atletas e aprender com eles pode ser um processo rico e valioso. Eles podem nos ensinar diversas lições que podem ser aplicadas em diferentes áreas da vida, tanto pessoal quanto profissional. Lembrando que ninguém precisa ter uma rotina tão rigorosa. Dito isso, que tal adaptarmos um pouco das características a nossa realidade para alcançar nossas metas?

O primeiro ensinamento é sem dúvida disciplina e consistência. Para alcançar o sucesso, os atletas precisam seguir uma rotina rigorosa de treinos, alimentação e descanso. A disciplina é essencial para manter o foco e a consistência ao longo do tempo, o que pode ser aplicado a qualquer objetivo na vida.

Metas e planejamento são aprendizados fundamentais também. Atletas estabelecem metas claras e trabalham estrategicamente para alcançá-las. Eles mostram a importância de definir objetivos, criar um plano de ação e seguir esse plano com determinação.

Em muitos esportes, o sucesso depende de um esforço coletivo. Atletas entendem a importância da colaboração, comunicação e apoio mútuo, habilidades que são igualmente importantes no ambiente de trabalho e na vida em geral. A medalha é certa para quem sabe trabalhar em equipe.

Vale lembrar que muitos atletas enfatizam a importância de focar no processo, e não apenas no resultado. Isso significa concentrar-se em fazer o seu melhor em cada etapa, o que pode levar a resultados positivos a longo prazo.

Essas são algumas dicas que eu ou você podemos adequar a nossa vida, dentro da nossa realidade, claro. Mas vamos lembrar o mais importante: a vida não é, ou não deveria ser, uma eterna competição para chegar em primeiro. Tem que ter o descanso, o respiro para retomar o foco, às vezes esquecer a meta, o doce no meio da semana saindo da dieta.

E o principal: entender que o lugar mais alto do pódio nem sempre é o que nos faz mais feliz. Temos que aprender com os atletas que o mais importante é mesmo a caminhada, e não apenas no resultado. Isso significa concentrar-se em fazer o seu melhor em cada etapa.

O que podemos aprender com os atletas olímpicos

Por Jorge Martins, CEO da Bullseye Executive Search e consultor de carreiras.

 

 

Ouça o episódio 145 do RH Pra Você Cast, “O que é preciso para construir times de alta performance?“. Como desenvolver lideranças e equipes de alta performance? Por mais que muitos tentem buscar uma “receita de bolo” para responder tal questão com facilidade – e, tão facilmente quanto, levar à execução -, o fato é que só há um caminho para que o sucesso guie a missão: treinar, treinar e treinar. Seja para líderes e liderados, a capacitação é fator determinante para a construção de times que alcançam os melhores resultados e, consequentemente, potencializam suas carreiras e a competitividade das organizações. Porém, mesmo a capacitação precisa ser estratégica. O olhar das empresas deve ser assertivo, humanizado e focado a treinamentos que, efetivamente, fazem a diferença. Eis, no entanto, que outra pergunta se manifesta: como tornar o desenvolvimento de pessoas estratégico para que as equipes de alta performance existam? Isso quem responde é uma dupla que entende – e muito – do assunto. O RH Pra Você Cast recebe Giovane Gávio, bicampeão olímpico de vôlei, palestrante e gestor de projetos esportivos, e também Sergio Agudo, Country Director da GoodHabitz. Confira clicando no app abaixo:

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