Ao pesquisar a palavra “líder” em um site de buscas, o primeiro significado que aparece é “indivíduo que tem autoridade para comandar ou coordenar outros”. No entanto, muito mais do que autoridade, a liderança exige outras características específicas para realizar uma boa gestão e manter a equipe motivada. Afinal de contas, o que faz uma pessoa ser considerada uma boa líder?

Pensando nisso, realizamos uma pesquisa na Mindsight com cerca de 1260 candidatos para entender de fato o que leva as pessoas a considerarem seus gestores como bons ou ruins. Então, quando questionamos os participantes a respeito dos valores associados a um bom líder, as principais características sinalizadas foram responsabilidade e comprometimento, com 84% das respostas, seguida por comunicação e empatia com o time, com 83% e 81%, respectivamente.

Outras características bem avaliadas pelos participantes da pesquisa foram carisma e capacidade de inspirar (71,6%), bom em reconhecer méritos (70,5%), organização (69,5%) e bom em dar feedbacks (67,5%).

Esses pontos são ainda mais importantes durante a pandemia, uma vez que a gestão e a comunicação com as equipe está sendo feita de forma online. É preciso de tato e compreensão para lidar com as dificuldades vivenciadas por cada um nesse período e continuar motivando os funcionários a desempenharem seu trabalho da melhor maneira possível.

A liderança de equipes já pode ser considerada por muitos como uma tarefa desafiadora, mas, quando a função é levada para o campo digital, ela se torna ainda mais complexa, principalmente devido ao menor controle dos funcionários, já que o convívio se resume a reuniões online, mensagens e emails.

Algumas empresas já encaram o trabalho remoto como algo permanente, logo, aqueles que têm cargos de liderança precisam inovar para que tenham um bom fluxo de trabalho com a sua equipe. É necessário ter empatia e um toque de assincronia com os funcionários, no trabalho remoto, precisamos saber e lembrar que as pessoas não estão disponíveis o tempo todo, nem necessariamente ao mesmo tempo. Afinal, uma das principais vantagens utilizadas para vender esse modelo é a flexibilidade, sendo essencial garantir que ela realmente exista.

Um ponto interessante levantado pela pesquisa é que 6 a cada 10 pessoas já tiveram problemas sérios com seus líderes, o principal entrave relatado foi a falta de feedback dos gestores. Coincidentemente, um estudo realizado no ano passado com 55 profissionais da área de Recursos Humanos apontou que para 70% dos participantes, a principal dificuldade na hora de dar o feedback aos colaboradores é a falta de preparo dos gestores para conversas difíceis. Para 61%, também há dificuldade de garantir que o funcionário não tenha percepções de injustiça.

Recorte dos candidatos que já foram líderes

Entre os entrevistados que já desempenharam a função de líder, as principais dificuldades do dia a dia relatadas foram estabelecer limites com a equipe (29,6%), encontrar equilíbrio entre as exigências (22,7%), e recrutar a pessoa certa para a equipe (15%). Essas dificuldades são realmente comuns em cargos de liderança – buscar essa linha tênue entre ser chefe e ser próximo de seus colaboradores não é uma tarefa fácil.

Ao mesmo tempo que o gestor precisa proporcionar um ambiente no qual o funcionário se sinta seguro, é preciso definir limites para que seja possível lidar com possíveis problemas ao longo do percurso sem muitas dificuldades.

Além disso, grande parte dos problemas abordados podem ser encarados como uma questão da cultura organizacional das empresas, que, muitas vezes, podem incentivar certos comportamentos em relação aos colaboradores, pensando que apenas dessa forma a ordem pode ser estabelecida, o que acaba sendo um equívoco para uma boa gestão.

Ainda de acordo com o levantamento, as principais dificuldades dos líderes durante a pandemia são manter o time alinhado e com boa comunicação e garantir o equilíbrio entre a produtividade e pressionar demais. No quesito de comunicação, é necessário compartilhar apenas o que for importante e útil para a sua equipe e evitar detalhes que não vão agregar ao trabalho executado.

Às vezes, comunicar demais também pode ser um problema, pois acaba sendo tanta informação que as pessoas não conseguem absorver tudo. Portanto, é preciso saber diferenciar o que é útil e importante de ser compartilhado.

O que faz de alguém um bom líder?

Por Thaylan Toth, Fundador e CEO da Mindsight.

 

 

Ouça o PodCast RHPraVocê Cast, episódio 52, “Quando a resiliência vira algo tóxico?” com Carla Tieppo, neurocientista da Santa Casa e sócia-fundadora da Ilumni. Clique no app abaixo:

Não se esqueça de seguir nosso podcast e interagir em nossas redes sociais:

Facebook
Instagram
LinkedIn
YouTube