Um intercâmbio é uma experiência enriquecedora em vários sentidos. Quem tem a oportunidade de estudar fora convive com grande diversidade de culturas e nacionalidades, acessa metodologias de ensino diferenciadas e conquista alto nível de empregabilidade no futuro. A remuneração também será maior. É por isso que tudo o que se gasta no intercâmbio deve ser visto como um investimento. E como fazer um orçamento?

A primeira despesa é com a própria educação. Diferentemente do Brasil, alguns serviços essenciais nos Estados Unidos não são gratuitos, como saúde e educação. No entanto, o país possui inúmeras possibilidades para quem deseja estudar e não tem condições financeiras.

As melhores são bolsas e financiamentos. Bolsas podem ser totais ou parciais, oferecidas pelas unidades de ensino, com base em mérito ou necessidades econômicas comprovadas. Já os financiamentos são benefícios pagos por instituições parceiras das unidades de ensino. Em último caso, existe ainda a dívida estudantil.

Inteligencia artificial

Os gastos com educação vão incluir o valor do curso, os materiais e os livros, mas o planejamento adequado deve ir muito além disso. Se a instituição de ensino não oferecer alojamento, você precisará se preocupar com os custos de moradia, alimentação e transporte.

Nos Estados Unidos, o custo de vida é bastante diferente de uma região para outra, mas hoje você consegue essas informações com uma boa pesquisa prévia.

Nova York é, de longe, a cidade mais cara para se viver nos Estados Unidos e, por isso, é tão comum escolher morar na vizinha New Jersey, onde também está estabelecida a renomada Princeton University.

O custo de vida na Califórnia também pressiona as famílias do Estado, que concentra instituições como o California Institute of Technology e a Universidade de Stanford. Massachusetts também vai exigir economia robusta dos estudantes de Harvard e demais escolas de Cambridge. Mas atenção: eu não falo isso para te desanimar.

Pense bem: se existe uma categoria de pessoas que economiza na raça e com pouco conhecimento prévio, faz amigos e ainda se diverte, esse é o estudante. Integrar uma comunidade é importante para abrir caminhos, conhecer as opções, evitar alguns erros mais comuns e obter ajuda.

Hoje, então, é possível se conectar com grupos de intercambistas pelas redes sociais já na etapa do planejamento da viagem. Eles podem tirar suas dúvidas sobre as pontuações necessárias para testes, técnicas e dicas para aplicações entre outros.

Citei brevemente que saúde também não é gratuita nos Estados Unidos, certo? Antes de viajar é importante fazer aquele check-up para chegar com os exames em dia, assim como tomar as vacinas obrigatórias.

Você pode optar por contratar um seguro no Brasil ou um plano de saúde nos Estados Unidos, que geralmente combina programas de financiamento público e privado. Também, em último caso, existe a possibilidade de assumir uma dívida.

Junto a todos os fatores que apresentei, coloque também os gastos com a documentação necessária (visto, taxas de aplicação e exames de proficiência) e agora você já tem uma noção melhor do quanto vai gastar para estudar nos Estados Unidos. Imprevistos podem acontecer? Eu diria que 99% de chance de acontecer. Mesmo assim, não tenha medo.

Eu já trabalhava quando decidi estudar na Wharton School, da Universidade da Pensilvânia e, desde então, não parei mais de fazer cursos. Na época que vim pela primeira vez, não existia nem metade das informações que estão disponíveis hoje na internet. Muito menos os serviços.

Existe uma gama de brasileiros especializados hoje em assessorar os brasileiros que estão vindo para os Estados Unidos. É uma turma que passou muito perrengue e cuja missão de vida é realizar o sonho americano para compatriotas.

O que você está esperando?

O que falta para você estudar nos Estados Unidos?

Por Bruno Corano, economista e investidor da Corano Capital.

 

 

Ouça o episódio 154, “Quais os sentimentos de quem voltou ao trabalho presencial?“. Quais os sentimentos de quem voltou ao trabalho presencial? Para buscar algumas respostas, o RH Pra Você e o Infojobs ouviram mais de mil profissionais que nos ajudaram a traçar um panorama dessa retomada. Para se ter uma ideia, a maior parte deles (58,3%) diz que se sente menos produtiva ao final de um dia de trabalho presencial. Além disso, 64,4% dos entrevistados dizem sentir que a qualidade de vida piorou ao voltar para o modelo presencial. Neste episódio, conversamos com Ana Paula Prado, CEO do Infojobs, sobre as principais descobertas da pesquisa, a preparação da liderança, papel do RH e muito mais. Acompanhe!

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