Com a revolução das novas tecnologias, especialmente a inteligência artificial, um fenômeno interessante ocorreu: a idade deixou de ser um fator determinante para o nível de conhecimento.
A inteligência artificial criou um campo de jogo nivelado, onde o conhecimento e a capacidade de aprender não estão mais ligados à idade, mas sim ao esforço e dedicação de cada indivíduo. É algo novo para todas as idades.
Lembro-me de quando quis me aperfeiçoar no uso do Excel. Via colegas que já dominavam a ferramenta há anos e me sentia intimidado pelo longo caminho que teria que percorrer. Em outra ocasião, tive que aprender noções de uma tecnologia completamente nova, para liderar um negócio. O processo foi penoso e exigiu muito tempo e esforço para adquirir as habilidades necessárias.
Foram casos nos quais tive de aprender algo novo, estando muito atrasado naquela tecnologia específica. Com a inteligência artificial, a situação é diferente. Aproveitando esta época das Olimpíadas de Paris, assemelha-se a uma corrida de 100 metros rasos. Todos os corredores estão alinhados no mesmo ponto de partida do conhecimento. A vantagem vem da velocidade e dedicação que cada um emprega em sua jornada de aprendizado.
Se eu pudesse atribuir uma idade ao conhecimento de IA, diria que já vi jovens no auge de suas carreiras, com uma idade de IA de apenas 7 anos. Por outro lado, vi profissionais mais maduros, por volta dos 60 anos, com 25 anos de idade de IA.
A lógica, até muito pouco tempo atrás, era exatamente o contrário, tratando-se de novas tecnologias. Isso ilustra como o conhecimento adquirido através da inteligência artificial pode superar a barreira da idade cronológica, dependendo apenas do empenho individual.
No final das contas, a dinâmica se assemelha à conhecida história da leoa e da gazela. Todos os dias, ambas acordam com o mesmo propósito: sobreviver. A diferença está na velocidade e na determinação individual. Da mesma forma, no campo do conhecimento e da tecnologia, o que importa é a rapidez e a intensidade com que buscamos aprender e nos adaptar.
Trata-se de um momento de profunda reflexão, para todos nós. Momento esse de quebras de paradigmas e de abraçarmos as oportunidades oferecidas pela inteligência artificial. Não importa a sua idade cronológica; o que importa é a sua disposição para aprender e crescer.
Comece…ontem!
Por Danilo Talanskas, Autor do livro Lições de Guerra – Vencendo as Batalhas de Sua Carreira, foi o CEO de três multinacionais: GE Healthcare, Rockwell Automation e Elevadores Otis. Em paralelo à sua carreira como executivo, atuou como palestrante e professor em cursos de pós-graduação nas áreas de Estratégia, Ética e Negócios Internacionais. Nos últimos anos fez parte de conselhos de administração, conselhos consultivos e assessora empresas. É formado em Administração de Empresas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, com MBA pela Universidade de Brigham Young (EUA) e é mestre em Administração pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Atualmente assessora a Fernandez Mera Negocios Imobiliários e faz parte do conselho consultivo da Franklin Covey do Brasil e da Sanford Royce, sediada na Suíça.
Ouça o episódio 143 do RH Pra Você Cast, “Inclusão 50+, bom para o presente e para o futuro (de todos nós)“. Como você se enxerga daqui a cinco ou dez anos? O questionamento, que já deve ter sido feito a muitos de vocês durante algum processo seletivo ao longo da carreira, nem sempre traz consigo uma resposta fácil. Especialmente para um público que, diante de tantos estereótipos e preconceitos, sequer sabe como será o dia de amanhã em sua vida profissional. A cada nova geração que entra no mercado, uma anterior se vê diante do dilema de ficar para trás e ver cada vez menos portas se abrirem.
O panorama, todavia, não só precisa como deve ser mudado. Pesquisas revelam que o tão falado “choque geracional” é extremamente benéfico não só a profissionais de todas as idades, mas também às empresas. E, afinal, se não olharmos para o público 50+ com atenção, como será quando chegar a nossa vez de lutar por espaço com os mais jovens? Para falar sobre as vantagens de mesclar gerações e como desenvolver mecanismos de inclusão, o RH Pra Você Cast traz Mórris Litvak, Fundador e CEO da Maturi. Confira o papo clicando no app abaixo:
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