Monitoramento de funcionários: Até que ponto o chefe pode ir?

Monitorar os funcionários é sempre uma controvérsia. Por um lado, está a demanda por controles internos e, por outro, a privacidade dos colaboradores. Por essa razão, o gestor deve refletir sobre e identificar quais são os limites do monitoramento.

De uma forma ou de outra, o monitoramento vai existir. Há casos definidos por lei e que precisam ser obedecidos. Cabe aos líderes, e a administração contar com o bom senso e entender o que faz sentido para a empresa.

Hoje, mais do que nunca, há uma série de mecanismos que permitem acompanhar os talentos, desde câmeras de filmagem até softwares de localização em tempo real e reconhecimento facial, passando pelos sistemas de ponto eletrônico. No entanto, a pergunta permanece: “até que ponto o chefe pode ir?”.

O que é monitorar o funcionário?

Em resumo, o monitoramento refere-se a uma série de mecanismos que permitem ter uma visão sistêmica dos funcionários e de suas atitudes no trabalho, gerando dados confiáveis. Isso agrega maior segurança à empresa e aos próprios talentos, mas existem alguns limites.

O ponto eletrônico é um bom exemplo de mecanismo de monitoramento, afinal, permite registrar os horários de entrada e saída dos colaboradores. Há outros exemplos, como históricos de sites acessados, registros de ligações no celular corporativo e logins em sistemas ERP.

Esses mecanismos geram uma enorme quantidade de dados acerca do empregado. Onde esteve, com quem falou, como se comportou, quando entrou e saiu— quase tudo pode ser fiscalizado. A tendência é de que, nos próximos anos, o número de controles seja ainda maior.


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Até que ponto o chefe pode monitorar?

É muito difícil estabelecer um ponto, afinal, os próprios funcionários têm níveis diferentes de acesso e responsabilidade dentro da empresa. Para um gerente financeiro, por exemplo, é natural que o número de controles seja maior — isso, inclusive, garante sua segurança.

Há casos em que a própria legislação estabelece a necessidade de monitoramento. À luz da lei trabalhista, o registro de entradas e saídas no expediente é crucial. Porém, sem dúvidas, há limites — escutar as ligações dos vendedores, por exemplo, é muito desconfortável.

A questão central é: por que monitorar? Se é por desconfiança dos colaboradores, é um péssimo sinal. Agora, se é para manter controles saudáveis e que até beneficiam os empregados, é um bom sinal. De uma forma ou de outra, o monitoramento vai existir. Todavia, a própria forma como esse monitoramento é feito pode dizer muito sobre a empresa e evitar fofocas e conflitos no local de trabalho.

Todo monitoramento deve ser cauteloso. Os dados devem ser acessados por um número muito restrito de pessoas e arquivados em segurança.

Por outro lado, é preciso que se tenha uma boa comunicação com os empregados, explicando o que é feito, como e o porquê e, antes de tudo, certificar-se de que a sua equipe está informada e de acordo com os dados e informações coletadas.

Enfim, monitorar os funcionários pode trazer benefícios à empresa e aos talentos, mas é preciso ter limites. O monitoramento deve servir para otimizar os controles internos, elevar a qualidade do que é feito e garantir a segurança dos próprios profissionais.

Monitoramento de funcionários: até onde ir?

Por Hendrik Machado, CEO da Pontomais.

 

 

 

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