Os desafios do modelo híbrido e o protagonismo dos profissionais de RH

Voltamos!

Depois de exatos 609 dias trabalhando 100% remotamente, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica retornou ao escritório, assim como aconteceu com centenas de outras organizações ao redor do país.

Mesmo que parcialmente, no recém-chegado modelo híbrido, pudemos rever os colegas e nos sentir parte de algo maior novamente. Segundo as pessoas com as quais falamos, o sentimento que melhor descreveu esse momento foi o de felicidade.

Entendendo a felicidade desse momento como o fim de um período angustiante e desafiador, em que a saúde mental das pessoas foi colocada a prova, a pergunta do momento é o que o novo modelo de trabalho, parte remoto parte presencial, nos trará de desafios.

Segundo pesquisa da Technology Review Brasil, uma das principais publicações de tecnologia e negócios do mundo, realizada com 1.400 pessoas, apenas 6,5% dos entrevistados disseram não querer mais home office nenhum dia, e 93,5% disseram querer pelo menos um dia desse formato.

O total dos entrevistados acredita que as empresas devem adotar um modelo híbrido após a pandemia.

Do ponto de vista do empregado temos, por um lado, menos tempo no trânsito e mais tempo com a família, a possibilidade de adotar uma dieta mais saudável e de dar um cochilo após o almoço, maior liberdade em relação aos seus horários.

Do outro, temos a falta de contato social e uma infraestrutura física e tecnológica mais limitada que a do escritório, dificuldade na conciliação das tarefas domésticas com as profissionais.

Em relação às empresas, temos redução de custos de infraestrutura, maior engajamento dos empregados e fortalecimento da marca empregadora. Do outro, o temido enfraquecimento da cultura organizacional.

Outro ponto relevante: sem contato físico é natural que as pessoas demorem mais tempo para formar laços de confiança, que são a base de um relacionamento produtivo.

Será que vai valer a pena?

Enquanto não temos a resposta as equipes de RH vêm fazendo o possível para que o novo modelo seja bem sucedido. Revisar contratos de trabalho e pacote de benefícios. Repensar o escritório para que funcione mais como hub e menos como espaço de trabalho individual.

Capacitar os gestores para estarem mais próximos aos times e possam apoiar as pessoas. Enfim, repensar a experiência do colaborador desde o onboarding até o desligamento.

Na CCEE, temos atuado para ensinarmos aos líderes como poderão priorizar o trabalho remoto e garantir que todos da equipe estão alinhados, que não há um desencontro diário de informações entre os que estão em casa e aqueles que vieram para o escritório.

Para os colaboradores, estamos reforçando a importância da adoção de práticas como a comunicação assíncrona, ou seja, que nem todos estarão online ao mesmo tempo e que, portanto, o contato por escrito, sem necessidade de resposta imediata, será o novo modo de operação.

Também temos apostado cada vez mais em eventos e em divulgações por meio de ferramentas virtuais, para que todos sejam impactados, onde quer que estejam.

Para nós, fica claro que as relações de trabalho nunca mais serão as mesmas e os profissionais de RH serão colocados a prova. Chegou a hora do RH fazer a diferença. O palco é nosso.

Modelo Híbrido e os profissionais de RH

Por Tiago Hayashida, Gerente Executivo de Gestão de Pessoas da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE.

 

 

 

Aprofunde as informações sobre o Trabalho Remoto ouvindo o Podcast “Vem Pra Luz”, episódio 62, “Como a pandemia está reformulando as previsões do futuro do trabalho“.

Há alguns meses, a expectativa de muitos de nós era que a Covid-19 enfraquecesse e, aos poucos, a rotina se normalizasse. Porém, o vírus estendeu sua indesejada estadia, o que motivou muitas empresas a não só mudarem o seu modelo de trabalho, como também oficializarem a novidade como algo que vai integrar seu dia a dia pós-pandemia.

Mas o que as mudanças do “novo normal”, como o trabalho híbrido, podem trazer de impacto à cultura organizacional?

E qual o real impacto transformacional que a pandemia trouxe ao presente e ao futuro do trabalho?

Luciana Pinheiro, diretora de Vendas da Citrix Brasil, é a convidada do CEO do Grupo TopRH, Daniel Consani, e do jornalista Bruno Piai para um papo sobre essas e outras questões sobre o futuro corporativo. Confira clicando AQUI ou acessando ao app diretamente abaixo:

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