Quando anunciou o rebranding do grupo Facebook para Meta Platforms em 2021, Mark Zuckerberg cravou no mercado sua intenção em encabeçar uma revolução tecnológica com a concepção do metaverso.

Basicamente, a ideia é imergir um universo tecnológico virtual onde seria possível acessá-lo através de apetrechos especiais, como óculos de realidade virtual, fones de ouvido, além de aplicativos específicos de smartphone.

Diversas empresas já estão construindo seus territórios no metaverso e alguns terrenos estão sendo comercializados dentro do espaço virtual por valores milionários.


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A Metaverse Group, empresa do ramo imobiliário online, comprou por US$2,43 milhões um terreno dentro da Decentraland, um ambiente dentro do metaverso.

Entretanto, o cenário aparentemente promissor para a revolução tecnológica esbarra em um problema que já existe: a mão de obra. O mercado de metaverso em crescimento escancara o problema que muitas empresas já vêm sofrendo há mais de 5 anos.

De acordo com a Softex, organização desenvolvida para promover melhorias nos setores de ciência e tecnologia do Brasil, o país sofre um déficit de 408 mil profissionais de tecnologia atualmente.

Dessa forma, como esse mercado conseguirá se desenvolver, especialmente no Brasil, já que o déficit de profissionais qualificados já é uma realidade, mesmo sem o metaverso?

Por isso, a discussão perpassa por diversos pontos que já são discutidos: passou da hora de haver um maior incentivo de talentos promissores a embarcarem neste mercado, bem como dar condições para que as habilidades sejam lapidadas com profissionalização e com vontade de empresas em contratar e treinar profissionais juniores.

É chover no molhado, mas o problema que vem por aí já tem solução e é possível se preparar. Empresas precisam se dar conta do mercado em ebulição, pagar muito bem para que o profissional não migre para empresas internacionais.

Além de um bom salário, é fundamental estabelecer o alinhamento de cultura, expectativas e benefícios.

O metaverso não é algo distante, bem como não é uma novidade lançada pelo Facebook. A fabricante de chips Nvidia já construiu sua plataforma Omniverse para conectar mundos 3D em um universo virtual compartilhado, usado para projetos como a criação de simulações de edifícios e fábricas do mundo real.

Ainda no ano passado, a Snap – controladora do Snapchat -, mostrou seus primeiros óculos de realidade aumentada, enquanto a gigante de tecnologia chinesa Tencent já possui patentes relacionadas ao metaverso.

Muitos especialistas que têm discutido como será feita essa disputa por espaço, defendem a ideia de que o metaverso precisará ser um espaço comum participativo, mas nenhuma dessas discussões conceituais e éticas serão desenvolvidas se não houver time qualificado para o desenvolvimento desse universo cheio de possibilidades.

Agora, gigantes ou não, muitas empresas já colocaram em seus radares a necessidade de correr contra o tempo para o desenvolvimento de um conceito que, aparentemente, já é tangível.

Desta forma, sair do conceito significa recrutar os engenheiros da atualidade que irão, tijolo por tijolo (ou código por código), construir o futuro da tecnologia.

Você está preparado para enfrentar titãs em busca da melhor empreiteira?

Metaverso: quem vai construí-lo?

Por Pedro Luiz Pezoa, CEO da Pointer, startup focada em contratações eficientes de profissionais de alto nível das áreas de Produto, TI e Design.

 

 

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