O que esperar do mercado de tecnologia sem cultura organizacional diversa?

“A tecnologia move o mundo”. Essa é uma das frases mais emblemáticas de Steve Jobs e segue atemporal. Trata-se de uma alusão ao importante impacto que a tecnologia causa à sociedade, seja por meio de inovações, facilidades ou de recursos cotidianos na vida das pessoas.

Seguindo essa linha, as pessoas são fundamentais para a tecnologia. São elas as responsáveis pelo desenvolvimento de soluções para o mercado e novidades para o consumidor. No entanto, o que falta para que as organizações do mercado de T.I. tenham mais talentos?

A pergunta é pertinente se for considerada a estimativa de déficit de 408 mil postos de trabalho do setor, com perdas em acúmulo de cerca de R$ 167 bilhões, segundo levantamento da Softex.

Analista e cientista de dados, programadores e desenvolvedores de software, designer de produtos, entre outros. Há uma infinidade de possibilidades para profissionais da tecnologia. Ao buscar razões para essa sobra de vagas, é possível elencar a falta de experiência e/ou competências necessárias de profissionais da tecnologia.

No entanto, a alta rotatividade, precedida por falta de motivação, condições e ambientes considerados adequados por profissionais também fazem parte da realidade deste mercado. Portanto, um dos desafios é compreender o que é necessário não somente para contratar, mas também para manter talentos nas organizações.

Sob a ótica de uma profissional da Área de Pessoas de uma empresa consolidada há 12 anos no mercado de tecnologia, é possível dizer que a Diversidade é um fator a ser considerado. Mas, quando falo em Diversidade é sobre ela como um todo.


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Em um período no qual o trabalho remoto faz parte do cotidiano das empresas, a Diversidade Cultural é importante. Vivemos em um país repleto de pessoas criativas, com culturas distintas que podem ser complementares no dia a dia das organizações, então é necessário um ambiente onde as trocas culturais complementem umas às outras.

O estímulo ao diálogo também é necessário. É preciso debater e compreender as Diversidades de Gênero, Étnico-Racial, PCD e Neurodiversidade no mercado de trabalho. Além disso, gerar oportunidades a pessoas da geração 40+ também há de se tornar hábito nas discussões organizacionais.

Se os debates são importantes, o respeito é obrigatório. De nada adianta as discussões, palestras, workshops e treinamentos, se no dia a dia os ensinamentos não são colocados em prática. Muito mais do que construir uma cultura organizacional diversa, é essencial desconstruir conceitos da sociedade que já não cabem mais nos dias atuais.

Ao falar de desconstruir conceitos é que se ajuda a reduzir os preconceitos necessários no combate à LGBTfobia. É assim que a aceitação e o respeito caminharão lado a lado e ajudarão a transformar os ambientes mais seguros e inclusivos a pessoas pertencentes à comunidade LGBTQIA+.

A partir do momento em que as pessoas pertencentes a grupos minoritários tiverem mais oportunidades, inevitavelmente teremos redução do déficit de profissionais em um mercado tão necessário para as pessoas como é o de tecnologia. Mas, para isso, é fundamental perceber que as pessoas são ainda mais importantes.

Se Jobs disse no passado que a tecnologia move o mundo, então é válido dizer que são as pessoas que movem o futuro da tecnologia.

Mercado de tecnologia e cultura organizacional diversa

Por Patrícia Kost é psicóloga e Líder da Área de Pessoas da Lambda3.

 

 

 

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Capa: Depositphotos