Eu me conheço, logo busco conhecer minha equipe!

A busca pelo autoconhecimento, portanto, o desenvolvimento pessoal, está relacionada às competências desejadas para uma gestão humanizada. Quando o líder consegue identificar, controlar e adaptar emoções e pensamentos, habilidades essenciais para gerir uma equipe, estabelece uma conexão direta e genuína com o outro.

No ambiente corporativo, de modo geral, a falta de conhecimento dos líderes acaba gerando aspectos negativos tanto no engajamento do time quanto na produtividade. Os tempos mudaram e os desafios tornaram-se mais complexos: o modelo autoritário deu lugar ao modelo democrático de gestão, e para além das questões financeiras, as pessoas buscam felicidade no trabalho.

Segundo Pesquisa Bem-estar trabalhista, Felicidade e Pandemia, da FGV Social, publicada em junho de 2021, a felicidade geral do Brasil teve queda de 0,4% na pandemia, chegando a 6,1 em 2020, o menor índice da série histórica em 15 anos. O dado revela que a felicidade no trabalho acaba sendo impactada por vários setores, tais como: o aspecto financeiro, o engajamento do funcionário em relação à empresa (sentir-se parte da companhia), clima organizacional favorável, cargo compatível, entre outros.

Cientes sobre a importância da felicidade no ambiente laboral, algumas empresas já possuem cargos específicos, como o de especialista em felicidade e aprendizagem. No escopo da função estão responsabilidades como: catalisar as iniciativas de felicidade nas organizações, disseminar o propósito corporativo, desenvolver uma cultura organizacional saudável e ajudar a sedimentar um modelo de liderança positiva.

O fato é que o contexto pede a liderança inspiracional, pois esse tipo de líder tem a habilidade de inspirar e desenvolver as competências positivas nos outros, potencializando os resultados, além de conseguir despertar o melhor de cada integrante do time a partir de suas próprias ações. Voltamos aqui com o autoconhecimento, que é a base da inteligência emocional, uma habilidade extremamente valorizada no mercado de trabalho.

Muitos erros e problemas que ocorrem nas empresas têm relação estreita com o baixo autoconhecimento das pessoas. Olhar para dentro, enxergar medos, angústias, mecanismos de autossabotagem e qualidades melhora os relacionamentos, inclusive no trabalho. Tão importante quanto focar em inovação, novas metodologias e tecnologias é incorporar práticas de gentileza, empatia, calma e confiança.

Treinamentos ajudam na formação do líder inspirador

A boa notícia é que existem treinamentos para ajudar as lideranças na construção de uma cultura organizacional saudável, privilegiando o bem-estar da equipe. Importante ressaltar que inspirar a felicidade significa valorizar, reconhecer, desafiar com respeito o funcionário e buscar despertar nele o senso de pertencimento.

Algumas técnicas que podem ser aprendidas são: estimular o reconhecimento; fomentar a proximidade entre as pessoas (criação de vínculos); dar atenção às práticas de flexibilidade e engajamento; conhecer o que incentiva cada um da equipe e desenvolver atividades criativas com eles; criar um ambiente saudável, com espaço para debates e troca de ideias; estimular momentos de descompressão, entre outras.

O investimento no capital humano é essencial, pois pessoas motivadas podem mudar cenários e alcançar grandes conquistas!

Me conheço e busco conhecer minha equipe!

Por Maurício Pedro, gerente do atendimento corporativo do Senac São Paulo.

 

 

 

 

Ouça também o PodCast RHPraVocê, episódio 92, “Como fortalecer a cultura organizacional em modelos flexíveis de trabalho?” com Bianca Carmignani, Head de Recursos Humanos da Nespresso no Brasil e Daniela Gartner, Sr Human Resources Director LATAM at NTT Ltd. Clique no app abaixo:

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