Ter virado mãe durante a pandemia e conciliar a gestão de um time remoto de uma empresa em crescimento acelerado foi, certamente, um dos maiores desafios ao longo desses anos como CEO de uma companhia.

Eu sempre busco enxergar o lado positivo das situações e, nesse caso, poder estar em casa me permitiu seguir amamentando e acompanhar o crescimento do meu filho de perto. O Gael hoje tem 10 meses e eu sou muito grata por estar presente descobrindo junto com ele todas as novas fases de seu desenvolvimento.

Desde que voltei da licença maternidade, me senti muito mais madura e preparada para a gestão de pessoas. Me tornar mãe me trouxe um olhar mais empático e humano e hoje consigo entender de verdade que nós não temos controle sobre tudo e que a busca deve ser sempre para fazer o melhor e não o perfeito. O meu relacionamento com o time melhorou muito depois desse amadurecimento.

Outra mudança que eu percebi foi em relação a gestão de tempo. Com tantos pratinhos para equilibrar, me tornei muito mais organizada – hoje, por exemplo, consigo fazer reuniões mais produtivas e focadas, e, consequentemente, estou dando qualidade para os momentos que estou me dedicando às demandas da empresa.

Claro que esse equilíbrio não seria possível se eu não tivesse um parceiro que compreendesse toda a minha vida profissional. A gente tem uma demanda bastante compartilhada com o nosso filho, onde cada um exercita a paternidade e a maternidade de forma ativa.

Para o futuro pós pandemia, espero que a gente consiga permanecer nesse equilíbrio. O home office tem várias vantagens, como a diminuição de tempo de deslocamento, mas como ponto negativo, nós ficamos com mais dificuldade de nos desligar e acabamos trabalhando muito mais horas.

Desejo que a gente consiga retomar a economia, mas sempre tendo como principal foco a saúde e qualidade de vida das pessoas.

As empresas têm papel fundamental em oferecer benefícios e flexibilidade para manter as mulheres, sobretudo as que são mães, engajadas com a carreira. Desde que engravidei comecei a repensar quais outros benefícios a minha empresa poderia oferecer para melhorar a vida dos colaboradores.

Nós já tínhamos flexibilidade de horário e carga horária para pais e mães solo. Além disso, passamos a oferecer plano de saúde para todos os colaboradores com inclusão de familiares e a partir do ano que vem, idealizamos oferecer um escritório flexível com um espaço ao ar livre e dedicado para receber as crianças.

Sabemos que os pais também precisam de um espaço para se concentrar e sair de casa, então essa será uma alternativa para oferecer um ambiente acolhedor para todos.

Maternidade e a gestão: o que aprendi na pandemia

Por Marcella Zambardino, Co-CEO da Positiv.a e responsável pela gestão das áreas de comunicação, inovação e atendimento. Formada em design pelo SENAC, em 2016, ao repensar hábitos de consumo, desenvolveu sua primeira linha de produtos de limpeza consciente. Foi assim que nasceu a Positiv.a, empresa B que cria soluções para cuidar da casa, do corpo e da natureza.

Ouça também o PodCast RHPraVocê, episódio 92, “Como fortalecer a cultura organizacional em modelos flexíveis de trabalho?” com Bianca Carmignani, Head de Recursos Humanos da Nespresso no Brasil e Daniela Gartner, Sr Human Resources Director LATAM at NTT Ltd. Clique no app abaixo:

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