Mudar, na maioria das vezes, é muito difícil e impõe decisões importantes de quem está passando por uma experiência de mudanças corporativas significativas.
Temos acompanhado uma série de fusões e aquisições de empresas mundiais, unindo forças principalmente de marcas – que, a meu ver, é o maior bem de qualquer negócio. É um movimento que as torna ainda mais fortes, com significado, propósito amplo e mais portfólio para o cliente.
O que é comum nesses cenários é a certeza de que nada mais será como antes: nem para quem compra nem para quem vende.
Entre a análise de viabilidade e aderência do negócio, desenvolvimento de proposta, aceite, due diligence e a assinatura efetiva do contrato, as peças-chave de ambas as empresas envolvidas na negociação ficam sob um NDA, um termo com valor jurídico de total confidencialidade. O nível de confiança é muito importante durante todo o movimento e, por isso, poucos são designados a participar.
Pois bem, depois de um longo processo que pode durar muitos anos – sim, anos! –, partimos para a nova fase, que literalmente confrontará uma mudança indescritível em praticamente toda a empresa.
Para a empresa compradora, seus desafios começam anunciando aos seus gestores que, da noite para o dia, passam a contar com a novidade e grande missão de seguir dando resultado em ambos negócios.
O cotidiano fica completamente alterado, as equipes mudam, áreas inteiras passam por reestruturação. Na minha opinião o maior desafio vai muito além dos processos de M&A. Para mim, as mudanças gerarão uma crise e a maior responsável são as pessoas.
A questão da cultura choca as diferentes equipes, pelo simples fato de estarem inseridas em cenários que envolvem valores e condutas distintas. Além de questões muitas vezes geográficas, impondo mudanças de sede. A linha de reporte também sofrerá alterações, por isso, reestruturação e sinergia são as palavras que mais se escutará nos meses seguintes às junções de operações.
Eu tive o privilégio de vivenciar esse processo desde o início, e posso falar com propriedade: é demasiado complexo, difícil, desgastante e moroso.
O pós-aquisição é doloroso, fatigante e em dados momentos até sufocante – por isso, é importante revisitar o planejamento estratégico, traçar novas ações, adiar outras para sobrepassar essa turbulência.
Outra medida indispensável é a integração. De tudo e para todos.
Para quem chega, os caminhos são desconhecidos e passam a ser mais longos porque há muito o que aprender.
Portanto, mudar – assim como crescer e aprender – oferece grandes oportunidades de desenvolvimento, porém, impõe uma grande decisão: querer e suportar.
Seguramente corpos ficarão pelo caminho, quase que como uma zona de guerra mesmo, mas tem fim, com erros e acertos, mortos e feridos, vivos e vitoriosos. Pelo menos até que a próxima mudança aconteça e tudo comece outra vez.
Quem aceita vivenciar os vieses da mudança aceita se aperfeiçoar continuamente.
Por Regina Sardanha, diretora comercial e marketing do Grupo Linear, integrante do Grupo Krona. O Grupo Linear é referência e pioneiro no desenvolvimento de ralos lineares no Brasil, com mais de uma década de atuação e três marcas em seu portfólio: a Elleve, com peças de alto padrão e diferenciais de tampa, tamanhos e cores; a Novii, que une qualidade e versatilidade para a pulverização de produtos em home centers do país; e a Top Max, voltada para revendas e construtoras, com necessidades específicas em seus projetos. Além do Brasil, o grupo está presente em outros nove países da América Latina.
Ouça o episódio 157 do RH Pra Você Cast, “O onboarding ainda é subestimado pelas empresas brasileiras?“. O quanto vale investir em um bom onboarding? Para Hugo Soares, CEO e co-founder da Eva People, muito mais do que os gestores podem imaginar. O executivo, que já enfrentou uma péssima experiência de boas-vindas – nem tão boas assim – em uma das empresas por onde passou, é enfático ao elencar todas as principais vantagens que uma boa primeira impressão – e mais do que isso – pode deixar. A efetividade do onboarding está muito além de uma recepção de primeiro dia de trabalho. É um conjunto de ações que pode ser o fator determinante para aumentar o engajamento de um profissional. Mas como, de fato, as empresas podem caprichar para garantir um onboarding que eleve a sua competitividade? Isso e muito mais você descobrirá neste episódio do RH Pra Você Cast. Confira.
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