Organizações que apostam em RH estratégico têm se familiarizado, cada vez mais, com o termo lifelong learning, o aprendizado contínuo.

Trata-se de mentalidade de que o aprendizado não acaba após a conclusão de um curso ou o recebimento de um diploma. Pelo contrário: os estudos formais são apenas uma parte da qualificação.

É a mentalidade de que o aprendizado é durante toda a vida, sendo mais flexível, diversificado e que está disponível em diferentes tempos, momentos e lugares. O formato de estudo é variado, podendo ser desde um livro até um curso online.

O foco é buscar novos aprendizados e novas experiências com postura proativa, contínua, voluntária e automotivada sobre assuntos que interessam ao profissional.

Quando se considera a alta competição no mercado de trabalho e o aumento do uso de novas tecnologias, adotar a postura de lifelong learner torna-se essencial. Ela acaba sendo mais importante do que ter a competência X ou Y.

Além disso, condiz com as transformações que as empresas têm enfrentado. Afinal, sempre existem competências novas para aprender e aperfeiçoar-se nas existentes também.

De acordo com a Lifelong Learning Council Queensland, instituição que dissemina o conceito de lifelong learning pelo mundo, existem quatro pilares que ajudam a entender melhor essa nova forma de pensar e agir sobre os processos de aprendizado.

1.) Aprender a conhecer: a intenção é que se aprenda a aprender, adquirindo conhecimento de maneira questionadora. Assim, a pessoa se beneficia das oportunidades oferecidas ao longo da vida.

Reconstruir o conhecimento estimula a curiosidade, desenvolve o senso crítico, a reflexão sobre ideias, considera o posicionamento em diferentes situações e ajuda a ter uma visão mais ampla das coisas.

2.) Instruir-se a fazer: é preciso aprender a fazer as coisas de uma forma geral e mais abrangente. A intenção é tornar a pessoa mais preparada para enfrentar todo tipo de situação.

Exemplo disso são as competências comportamentais, como aprender a trabalhar em equipe, adaptar-se ao novo, ser mais proativo, saber ter uma boa oratória, ter inteligência emocional e resiliência.

3.) Saber conviver: o terceiro pilar foca no que a pessoa precisa aprender sobre a convivência. É necessário entender sobre as interdependências existentes para que no futuro ela compreenda os outros ao seu redor, saiba gerenciar conflitos e a considerar os valores da diversidade.

Aprender com o outro é algo contínuo. A convivência ajuda na troca experiências, na resolução de problemas, a ter mais empatia, paciência e a criar um vínculo social.

4.) Compreender o ser: quando se busca mais autoconhecimento, é possível compreender melhor o ser, para evoluir na sua forma de agir, desenvolver sua personalidade e poder agir com uma capacidade maior de autonomia, perspicácia, com senso crítico e com responsabilidade.

Você pode estar se perguntando: onde o lifelong learning se encaixa dentro das organizações?

Essa mentalidade está diretamente relacionada à construção e ao crescimento de carreira, na entrega de resultados cada vez mais positiva e a manter a qualidade do trabalho por muito mais tempo.

Além disso, quando se tem uma postura de lifelong learner, a pessoa tende a se reinventar, a desenvolver mais suas competências (as soft e hard skills) e, consequentemente, também a elevar suas chances de promoção na empresa.

Quanto o profissional busca por conhecimentos atuais e inovadores, está tendo a mentalidade de um lifelong learner. E sua importância também inclui antecipar e acompanhar as transformações digitais que acontecem no mundo.

Há uma série de vantagens de se ter pessoas com este perfil dentro das organizações, pois são indivíduos que se mantêm qualificados durante toda a sua carreira, principalmente por ficarem por dentro das novas tendências e skills exigidas no mercado.

Mais: quando a pessoa tem a mentalidade de aprendizado contínuo, ela se mantém competitiva no mercado e, gradativamente, terá um retorno financeiro muito maior. Sem contar que esse tipo de perfil costuma ter maior autonomia, domínio e propósito, alguns dos principais pilares para um colaborador se sentir mais satisfeito e motivado.

Uma pessoa que entende o valor da educação para o seu desenvolvimento profissional e investe em sua qualificação, estará mais preparado para lidar com a complexidade atual e futura das organizações.

E como é importante ter este tipo de colaborador ao nosso lado, não é mesmo?

Como vai o modelo híbrido de trabalho na sua empresa?

Por Ivan Cruz, cofundador da Mereo, HR Tech que tem como propósito impulsionar a performance das pessoas e das organizações.

 

 

 

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