Liderança na IA: O fator humano é diferencial estratégico
Em janeiro de 2025, durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, destacou sobre a “Colaboração na era da Inteligência". A discussão, centrada na rápida ascensão da Inteligência Artificial generativa, revelou um paradoxo inquietante, quanto mais as empresas se tornam inteligentes tecnologicamente, mais dependem da inteligência emocional, ética e relacional de seus líderes.
A transformação digital, que começou como um movimento de eficiência, agora exige consciência. E é nesse ponto que a liderança em tempos de IA deixa de ser técnica e passa a ser filosófica.
Da automação à autopercepção
Segundo o Future of Jobs Report 2025, do Fórum Econômico Mundial, 44% das competências exigidas no trabalho mudaram em apenas cinco anos. As habilidades mais demandadas já não são “técnicas”, mas humanas, como pensamento crítico, empatia, comunicação e aprendizado ativo.
Isso significa que o líder do futuro não precisa apenas compreender o impacto da IA, e sim compreender o impacto de si mesmo sobre os outros.
Enquanto algoritmos otimizam processos e sistemas preveem cenários, o papel do líder é interpretar o invisível, os sinais emocionais, os silêncios nas reuniões, o desalinhamento sutil entre propósito e entrega. É nesse campo, o da percepção humana, que nasce o verdadeiro diferencial competitivo.
A liderança contemporânea é, portanto, híbrida. Um equilíbrio entre dados e discernimento, métricas e intuição. Entre a mente analítica das máquinas e o coração analógico das pessoas.
O novo imperativo: liderar com consciência
Liderar em tempos de Inteligência Artificial é compreender que cada decisão tecnológica é também uma decisão ética. Que cada processo automatizado carrega um impacto cultural. E que nenhuma estratégia de transformação será bem-sucedida se não houver confiança, clareza e cuidado como pilares.
O líder que prosperará nessa era não será o mais técnico, mas o mais consciente. Aquele capaz de integrar inteligência digital com inteligência emocional, performance com propósito, dados com discernimento.
A IA nos liberta de tarefas operacionais, mas nos convida a um trabalho mais exigente, o de nos tornarmos mais humanos.

Por Valéria Oliveira, especialista em desenvolvimento de líderes e gestão da cultura. Fundadora da Let’s Level, possui mais de 15 anos de atuação em consultoria de RH, com foco em liderança, cultura e performance. Desenvolveu metodologia própria que integra visão de negócios, ciência do comportamento humano e gestão de alto impacto. É mestre em Psicologia Educacional pela Must University, com formações complementares em Harvard e certificações em práticas organizacionais.
🎧 Inteligência Artificial (IA): Deve Mesmo Preocupar-nos?
No episódio 158 do RH Pra Você Cast, intitulado “IA: a preocupação deve mesmo existir?”, discutimos um tema que tem gerado debates acalorados: o desenvolvimento das inteligências artificiais. Em março de 2023, veio a público a informação de que cerca de 2.600 líderes e pesquisadores do setor de tecnologia assinaram uma carta aberta solicitando uma pausa temporária nesse desenvolvimento. O argumento central é que as IAs podem representar um “risco para a sociedade e a humanidade”. Surpreendentemente, até Elon Musk, um dos maiores entusiastas da tecnologia, também assinou o documento.
Visões Contrastantes: Otimismo vs. Preocupação
Jhonata Emerick, CEO da Datarisk, diverge desse movimento de cautela em relação às IAs. Para o doutor em Inteligência Artificial, a evolução dessas tecnologias é tão natural quanto o crescimento que elas podem impulsionar. Ele argumenta que, ao longo da história, a humanidade sempre enfrentou mudanças disruptivas, e a IA no trabalho não é exceção. A questão, portanto, é como nos adaptamos e aproveitamos essas transformações.
Legitimidade das Preocupações
Mas será que as preocupações em torno da IA no trabalho é legítima? A perda de empregos é frequentemente apontada como um risco iminente. No entanto, também devemos considerar os benefícios potenciais: automação de tarefas repetitivas, diagnósticos médicos mais precisos, otimização de processos industriais e muito mais. Ainda há muito a aprender sobre o impacto real das IAs em nossas vidas.
O Desconhecido e o Potencial Inexplorado
Por fim, o que a IA no trabalho pode fazer por nós que ainda não compreendemos totalmente? Em primeiro lugar, talvez estejamos apenas arranhando a superfície de suas capacidades. Enquanto isso, à medida que avançamos, por outro lado, é crucial manter um olhar crítico e otimista, além disso, buscando equilibrar os riscos com as oportunidades
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