Liderança Humanizada na era da Inteligência Artificial: equilibrando tecnologia e empatia

A integração da Inteligência Artificial (IA) na gestão de pessoas tem se consolidado como uma ferramenta essencial para otimizar processos e melhorar a tomada de decisões. De acordo com uma pesquisa da Deloitte, mais de 50% das empresas já utilizam alguma forma de IA em suas operações de Recursos Humanos, especialmente em processos de recrutamento e seleção.

Esse dado reflete uma realidade que percebo em minhas conversas de mercado, aprendizados e nas empresas pelas quais passo. Além disso, o uso da tecnologia no RH está deixando de ser um diferencial para se tornar uma necessidade competitiva.

Na prática, ferramentas de IA têm contribuído significativamente para identificar padrões e comportamentos, permitindo que líderes tomem decisões mais estratégicas e personalizadas. Por exemplo, em processos de recrutamento, algoritmos analisam um grande volume de currículos em pouco tempo. Ademais, eles reduzem vieses inconscientes e ampliam a diversidade no pipeline de talentos.

IA: Personalização e Inclusão no RH

Tecnologias que realizam entrevistas iniciais com base em análise comportamental estão permitindo contratações mais assertivas. Elas alinham as contratações não apenas às competências técnicas, mas também à cultura organizacional.

Inteligencia artificial

Essa capacidade de personalização também se estende ao desenvolvimento de colaboradores. Análises baseadas em IA têm possibilitado criar trilhas de desenvolvimento adaptadas às necessidades individuais de cada profissional, melhorando o engajamento e a retenção de talentos. Um grande desafio nosso, das lideranças.

Quanto mais ferramentas tivermos e quando mais precocemente identificarmos sinais de desmotivação em alguém com potencial de carreira, melhor. E os dados e os insights já podem nos ajudar nisso.

É possível desenvolvemos um plano de ação focado em suas demandas específicas, o que não apenas recupera um desempenho insatisfatório, mas também fortalece o senso de pertencimento à equipe. Os exemplos são inúmeros.

Outro ponto que merece destaque é como a IA tem potencial para fortalecer a diversidade e a inclusão nas organizações.

IA e Liderança Humanizada: desafios e benefícios

Ferramentas de análise de dados mapeiam tendências de recrutamento e identificam lacunas na composição de equipes. Com isso, oferecem insights valiosos para promover uma cultura mais plural. Em muitos casos, as empresas já relatam aumentos significativos na inclusão de grupos sub-representados, resultado de estratégias baseadas em dados.

No entanto, esses avanços trazem consigo desafios importantes. A ética no uso da IA não pode ser negligenciada. Garantir a transparência no uso dos dados e respeitar a privacidade dos colaboradores é fundamental para construir confiança e assegurar que a tecnologia seja utilizada para capacitar, e não para controlar.

O que percebo, tanto na prática quanto nas tendências de mercado, é que a combinação entre tecnologia e liderança humanizada não é apenas uma inovação, mas uma necessidade estratégica. A IA fornece a base para decisões mais informadas e eficazes, mas é a sensibilidade do líder que transforma esses dados em ações que respeitam e valorizam as pessoas.

O futuro da liderança estará cada vez mais pautado por essa capacidade de integrar ferramentas tecnológicas de ponta com um olhar humano e ético. Empresas que conseguirem equilibrar esses dois mundos criarão ambientes de trabalho mais inclusivos, produtivos e satisfatórios para todos.

Liderança Humanizada_foto do autor

Por Ricardo Prudêncio, Chief Revenue Officer (CRO) da DR. TIS e possui vasta experiência em vendas, estratégia e liderança no setor de tecnologia para a saúde.

 

 

 


🎧 Inteligência Artificial (IA): Deve Mesmo Preocupar-nos?

No episódio 158 do RH Pra Você Cast, intitulado “IA: a preocupação deve mesmo existir?”, discutimos um tema que tem gerado debates acalorados: o desenvolvimento das inteligências artificiais e a liderança humanizada.

Em março de 2023, veio a público a informação de que cerca de 2.600 líderes e pesquisadores do setor de tecnologia assinaram uma carta aberta solicitando uma pausa temporária nesse desenvolvimento. O argumento central é que as IAs podem representar um “risco para a sociedade e a humanidade”. Surpreendentemente, até Elon Musk, um dos maiores entusiastas da tecnologia, também assinou o documento.

Visões Contrastantes: Otimismo vs. Preocupação

Jhonata Emerick, CEO da Datarisk, diverge desse movimento de cautela em relação às IAs. Para o doutor em Inteligência Artificial, a evolução dessas tecnologias é tão natural quanto o crescimento que elas podem impulsionar. Acima de tudo, ele argumenta que, ao longo da história, a humanidade sempre enfrentou mudanças disruptivas, e a IA não é exceção. A questão, portanto, é como nos adaptamos e aproveitamos essas transformações.

Legitimidade das Preocupações

Mas será que as preocupações em torno das IAs são legítimas? A perda de empregos é frequentemente apontada como um risco iminente. No entanto, também devemos considerar os benefícios potenciais: automação de tarefas repetitivas, diagnósticos médicos mais precisos, otimização de processos industriais e muito mais. Em suma, ainda há muito a aprender sobre o impacto real das IAs em nossas vidas.

O Desconhecido e o Potencial Inexplorado

Por fim, o que as IAs podem fazer por nós que ainda não compreendemos totalmente? Talvez estejamos apenas arranhando a superfície de suas capacidades. Desse modo, à medida que avançamos, é crucial manter um olhar crítico e otimista, buscando equilibrar os riscos com as oportunidades.

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