Era da Inteligência Artificial e a Liderança Humanizada
Vivemos na era da Inteligência Artificial, do ChatGPT e a cada dia surgem novas tecnologias. As pessoas estão cada vez mais tecnológicas e vivendo de forma mais dinâmica e com propósito.
Ser líder também é acompanhar a tecnologia, o dinamismo e fazer troca de experiências com os seus liderados. Com efeito, as relações são cada vez mais horizontais, tornando o trabalho mais colaborativo e menos competitivo.
Desde 2019 sou líder de equipes e venho acompanhando as mudanças nos estilos de trabalho, aprendizado e engajamento dos times para a entrega de resultados.
Assim, acredito que como líder é necessário se reinventar a todo momento, atuar com empatia, feedback e reconhecimento pelo trabalho de cada um. Enfim, uma forma de liderança humanizada, pois todos são diferentes. Enquanto tenham o mesmo objetivo conseguem contribuir de forma diversa para que o resultado esperado seja atingido.
Com a minha experiência e aprendizado, entendo que para desenvolver pessoas via uma liderança humanizada e colaborativa na era digital, precisamos trazer alguns pilares importantes, eles são:
- Escuta ativa e empatia
- Rotinas de feedbacks e 1:1
- Ferramentas para acompanhamento de resultados
- Contribuições entre o time
- Inovação e tecnologia para a estratégia do trabalho
- Troca de experiências entre líder e liderados
Começamos falando sobre escuta ativa e empatia
Que é cada vez mais necessário nos ambientes de trabalho, visto que o indivíduo é único. Inegavelmente ele tem vida pessoal, sentimentos, problemas, medos e desejos que precisam ser ouvidos. Assim, para ser líder é essencial entender de gente, cuidar de gente, dar exemplo e inspirar. É crucial para uma liderança humanizada verdadeira.
Uma pesquisa da revista “valor econômico” de 2023 mostra que o ambiente tóxico é o principal fator de pedidos de demissão nas empresas.
Com efeito, aproximadamente 43% dos liderados revelam que, líderes despreparados para a função e que não conseguem gerir questões do dia a dia do trabalho com inteligência emocional, não conseguem ouvir as “dores” dos seus liderados e geram assim uma insatisfação ao trabalho.
Fazer a escuta ativa é fazer perguntas de forma genuína e estar presente para contribuir não somente com o profissional do liderado, mas também com o indivíduo pessoal e íntegro. Liderança humanizada é isso!
Rotina de feedbacks e 1:1
Para acompanhar o desenvolvimento profissional e até pessoal dos liderados dentro de um sistema organizacional, é importante que se tenha uma rotina de feedbacks e 1:1 para trabalhar o que se é esperado pela empresa em resultados e valores versus o que se é esperado pelo colaborador.
Nestas rotinas os feedbacks precisam ser apresentados sempre com exemplos do dia a dia e como estas situações podem impactar nos resultados da empresa e na carreira de cada indivíduo.
Também conseguimos utilizar o PDI (Plano de Desenvolvimento Individual) para traçar objetivos com ações e prazos definidos para que a evolução aconteça e o objetivo de carreira seja atingido conforme o esperado.
Ferramentas para acompanhamento de resultados
Como ferramentas de acompanhamento de resultados do trabalho, podemos utilizar os sistemas de cada área e obter registros das entregas através deles. Ou também utilizar o método ágil que é bastante comum nas áreas de projetos e tecnologia. Áreas onde se faz alguns rituais de planejamento de entregas com a equipe, acompanhamento diário em reuniões chamadas “Dailys” e, após as entregas, há um acompanhamento de indicadores e melhorias para aprendizado rápido.
Entendo que atualmente o micro gerenciamento está bastante fora da era digital, visto que há uma atualização diária de processos, ferramentas de trabalho e inovação, portanto os resultados podem ser acompanhados e medidos através de indicadores diários, semanais e mensais para entender evoluções e correções de rotas a serem feitas.
Contribuições entre o time, sinal de liderança humanizada
As contribuições entre o time também são muito ricas e ajudam os integrantes a se desenvolverem. O líder pode promover um job rotation dos profissionais entre áreas e projetos para que tenham maior conhecimento, além de trazer treinamentos dentro da área e motivar que cada liderado faça a sua contribuição de experiência, assim com estas trocas o desenvolvimento acontece de forma mais rápida e fluída, gerando um engajamento da equipe em querer aprender sempre mais e propiciar um ambiente colaborativo.
Inovação e tecnologia para a estratégia do trabalho
Levar inovações de mercado e tecnologia também são essenciais para o engajamento coletivo do time. As lideranças precisam cada vez mais estarem antenadas ao que está acontecendo no mercado, seja um sistema novo, um treinamento, uma palestra, trazer inovações que facilitem o dia a dia operacional do trabalho para que o time possa trabalhar de forma estratégica, gerando assim motivação e evolução na qualidade e agilidade da entrega de resultados.
Troca de experiências entre líder e liderados
A troca de experiências entre líder e liderado é o que promove um ambiente saudável e de confiança. Conquanto todas as ideias e sugestões são importantes, deve-se avaliar o que faz sentido para o dia a dia do trabalho. Pois trabalhamos na era digital onde as pessoas têm mais acesso à informação e por, muitas vezes, pessoas de nível júnior apresentam inovações de forma valiosa que podem mudar o destino da área e até da empresa.
Quando o líder compartilha experiências de forma genuína e também ouve seu time de forma genuína, gera uma conexão de confiança e ajuda mútua entre as pessoas, mostrando que todos estão se ajudando para um crescimento individual e coletivo com foco no mesmo objetivo.
Quando as pessoas são ouvidas, se sentem mais motivadas, porque a colaboração delas pode agregar para o seu líder, seus pares e até para outras pessoas da empresa, deixando assim um legado coletivo.
Entendendo o momento dinâmico da tecnologia, a velocidade com que as gerações mais novas conseguem informação, ter uma liderança colaborativa e inovadora com todos os pontos citados, faz toda a diferença para o engajamento das equipes, entrega de resultados mais rápidos e com maior qualidade, consequentemente gerando impacto positivo no negócio e no crescimento da empresa.
Por Alejandra De Cássia Garcia , Líder de Pessoas em RH; Graduada em Psicologia com MBA em Gestão Estratégica de Pessoas e curso de extensão em Liderança pela FGV - Fundação Getúlio Vargas. Vencedora do Prêmio Jovem Talento de RH em 2019 pela Top Of Mind RH.
🎧 Ouça o episódio 149 do Podcast RH Pra Você Cast: “Líder, já colocou a empatia no seu currículo?“
Empatia na Liderança: acima de tudo desenvolva Essa Habilidade Essencial
Busque uma Gestão Humanizada
Assim, no episódio 149, vamos explorar a pergunta: “Líder, já colocou a empatia no seu currículo?”. Pois à medida que o perfil das lideranças passa por transformações, a empatia emerge como uma habilidade-chave. Mas o que realmente significa ser um profissional empático na prática?
Desvendando a Empatia
Conversamos com Vivian Laube, Especialista em Liderança e Comportamento Organizacional, e Priscila Monaco, Diretora Senior de RH da Visa, para entender como desenvolver essa habilidade essencial. Analogamente, a pandemia e os períodos de crise também destacam a importância das soft skills no ambiente corporativo.
O Papel do RH na Cultura Empática
Descubra como o RH pode contribuir para que a empatia faça parte da cultura da empresa. Em outras palavras, acompanhe essa discussão inspiradora e aprenda a fortalecer sua liderança com empatia.
Principalmente, não se esqueça de seguir nosso podcast bem como interagir em nossas redes sociais: