Pesquisas recentes e debates que norteiam os departamentos de RH e Gestão de Pessoas, têm colocado o tema Liderança Empática no centro dessas discussões, que se baseia na pura compreensão e compartilhamento das emoções dos outros, no entender os sentimentos e perspectivas do profissional.
E que envolve tomar ações que reflitam e respondam a essas compreensões com feedbacks construtivos e individualizados, além de promover um ambiente de trabalho onde todos se sintam valorizados e entendidos. E no frigir dos ovos, é se colocar em uma posição em que não é a sua.
Vivemos em um mundo dinâmico, onde a busca pela inspiração é frequente. O papel da liderança vai além dos processos de comando e controle e na indústria criativa, conhecida por sua dinamicidade e necessidade constante de inovação, ter líderes que sejam capazes de inspirar e promover um ambiente colaborativo se torna mais que essencial.
É nesse contexto que a liderança empática surge como uma abordagem eficiente para impulsionar a performance das equipes, levando a uma maior criatividade dos colaboradores com soluções inovadoras que são fundamentais na nossa indústria.
Comecei a minha carreira no Rio de Janeiro, já de olho no mercado paulista. Tive a oportunidade de ingressar em um trabalho em São Paulo 5 anos após a minha formação e por aqui fiquei, casei, tive uma filha...
Ao longo da minha vida profissional, eu tive a oportunidade de ser sempre muito acolhida e neste ambiente corporativo, algumas experiências me fizeram entender que o cuidado com o próximo é também abrir espaço para a percepção dos limites e dos sinais. Nosso corpo nos avisa se algo errado está por vir, nós é que fingimos não ver.
O meu me avisou e eu fui obrigada a parar e rever alguns conceitos. Me questionei e me questionaram sobre continuar na publicidade, e hoje, vejo que me permiti ao não limite e a falta de atenção comigo mesma.
Liderar pessoas envolve capacidades que necessitam de grandes habilidades, como comunicação clara e assertiva, engajamento de time, motivação diária, além da busca pelo diálogo frequente. E ser líder, ser mulher e ser mãe é complexo, é transformador, exige muita organização, equilíbrio emocional, rede de apoio e disciplina. E, no final das contas, é, também, se tornar exemplo.
Atualmente, exercendo uma posição de liderança, valorizo demais as empresas que abrem espaço para a conexão entre pessoas. Precisamos exercer mais a empatia. Penso que se a empatia, uma palavra tão simples, atual e que tem o poder de transformar, se melhor exercida, muitos caminhos podem ser diferentes. E eu acredito que empatia no comando e no direcionamento, é o verdadeiro combustível para uma gestão de pessoas eficaz.
O CEO Marc Benioff da Salesforce é conhecido por sua abordagem empática e humanitária em liderança. Ele tornou a igualdade de remuneração uma prioridade e defendeu causas sociais, como o direito ao casamento igualitário.
Essa liderança empática ajudou a Salesforce a se tornar uma das empresas mais valiosas do mundo. Um dado interessante conduzido pela Universidade de Warwick, mostrou que equipes lideradas por líderes empáticos apresentaram um aumento de 18% na performance em comparação com equipes que não possuíam esse tipo de liderança.
Como líder, valorizo demais a conexão com profissionais e a colaboração para juntos, alcançarmos objetivos comuns. Todos podem dar pequenos passos para uma liderança transformadora: comece conhecendo as pessoas, escutando-as, fornecendo feedbacks construtivos, dando exemplos e fomentando uma cultura inclusiva.
A empatia como aliada ajuda a construir equipes fortes, engajadas e felizes e, dessa forma, colaboramos a tornar o mundo um lugar muito melhor!
Por Marcela Santos, produtora executiva da MAGMA. Desde 2006 no mercado publicitário, passando por diversas agências e produtoras de audiovisual, ela já atendeu para grandes marcas, como Vivo, Itaú, Natura, Google, Netflix, Converse, Mitsubishi, TIM, Bradesco, entre outras.
Ouça o episódio 149, “Líder, já colocou a empatia no seu currículo?“. Na busca por uma gestão mais humanizada e em um momento em que o perfil das lideranças vem passando por transformações, a empatia surge como uma habilidade-chave para os líderes. Mas o que significa, na prática, ser um profissional empático? Como desenvolver essa habilidade? A pandemia e os períodos de crise também evidenciam a importância das soft skills no ambiente organizacional. Como o RH pode contribuir para que esse conceito faça parte da cultura da empresa? Conversamos com Vivian Laube, Especialista em Liderança e Comportamento Organizacional, e Priscila Monaco, Diretora Senior de RH da Visa. Acompanhe!
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