O papel da liderança na construção de um ambiente de trabalho saudável e feliz
No último mês, as empresas e a sociedade como um todo se voltaram para a conscientização sobre a saúde mental, no Setembro Amarelo. Agora, em outubro, tivemos o Dia Mundial da Saúde Mental, uma iniciativa da World Federation for Mental Health, que neste ano teve como tema central o ambiente de trabalho. Mas é claro que, precisamos estar vigilantes o tempo todo, já que o assunto é de suma importância e precisa ser valorizado todos os dias. E qual o papel das empresas e da liderança?
Se sentir bem e estar satisfeito no trabalho é um fator que colabora com a produtividade nos negócios e com a vida pessoal de cada colaborador. Por outro lado, a desmotivação, a ansiedade e o estresse, entre outras coisas, afetam a saúde mental e trazem consequências negativas para todos.
A boa liderança pode trabalhar para evitar um ambiente nocivo em que todo mundo sai perdendo.
Tudo começa pela cultura
Um trabalho próspero está intrinsecamente ligado com a cultura da empresa, que se reflete na liderança e assim sucessivamente. Decerto uma cultura de apoio e reconhecimento vai incentivar os funcionários a explorarem seus talentos, enfrentarem desafios, obterem sucesso e o mais importante de tudo, vai torná-los interessados e felizes.
Um mês de vendas fracas ou até o contrário, um mês com trabalho excessivo levando à exaustão, são dois tipos de situações que acontecem com vendedores. Evidencia problemas que podem não estar inteiramente ligados às vendas propriamente ditas, mas o relacionamento com a equipe. Igualmente, a pressão para o desempenho e outros pontos que vão além da função exercida, afetam diretamente a saúde mental.
A mentalidade de chefes que acreditam que o trabalho extra possa ser sinônimo de sucesso é contrariada ao analisar os resultados alcançados. Segundo o estudo State of Sales and Marketing 2024, trabalhar horas adicionais não tem relação com melhores resultados. Com efeito, aqueles que trabalharam mais foram 10% menos propensos a atingir suas metas. Portanto, privar os funcionários de suas vidas pessoais, pode levá-los ao desinteresse e à desmotivação.
Demandas excessivas constantes, falta de valorização e um relacionamento interpessoal negativo entre o time podem potencializar ou até levar a questões de saúde mental. E, ainda que as empresas desempenhem papel essencial na vida do funcionário e que haja grande realização pessoal no ambiente de trabalho, é importante saber identificar quando trabalho e vida pessoal não estejam equilibrados, para que haja um tempo para pausar e se inspirar, para gerenciar melhor os desafios enfrentados diariamente.
Boa gestão é a chave
Tornar a rotina mais fácil para que os colaboradores exerçam suas funções com excelência também é essencial. Isso vai desde a implementação de ferramentas que auxiliem a execução de trabalhos que podem ser automatizados - liberando tempo para outras tarefas e aumentando produtividade -, até iniciativas como flexibilização de modelos de trabalho.
O estudo mencionado acima revela que mais de 75% das PMEs entrevistadas possibilitam o trabalho remoto e recebem a valorização dos funcionários por essa política. Igualmente, na mesma pesquisa, 28% dos entrevistados que têm horários flexíveis afirmam sentir uma melhora significativa na saúde mental após a introdução de opções de trabalho remoto.
Uma boa liderança gerencia o uso de ferramentas, faz a operação fluir, ou seja, entrega gestão de processos. E também motiva, indica caminhos, dá feedback, une e cria conexões, fazendo gestão de pessoas - com suas individualidades, pontos a melhorar e suas fortalezas. É necessário co-criar intencionalmente o ambiente de trabalho que todos desejam ter.
Por Tanya Channing, Diretora de Recursos Humanos e Cultura da Pipedrive.
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