Liderança colaborativa é o caminho para uma gestão de pessoas mais humana

Liderar durante uma crise é desafiante, principalmente no contexto atual em que vidas foram perdidas, o desemprego aumentou no país, algumas empresas fecharam e há um colapso nos sistemas de saúde. No entanto, esta realidade traz uma oportunidade para repensar relações pessoais e profissionais, incluindo o papel dos líderes nas companhias.

A mudança da mentalidade tem início a partir do momento em que os gestores identificaram que é preciso lidar com mais empatia com os colaboradores. Sendo assim, a liderança colaborativa é uma alternativa, afinal o líder colaborativo é capaz de desenvolver suas próprias habilidades emocionais para conseguir observar os potenciais de seus colaboradores e contribuir com a companhia como um todo.

A pandemia trouxe ainda temas importantes como senso de propósito e necessidade da sensação de pertencimento. Neste cenário, o líder de sucesso é aquele que tem uma influência positiva sobre a equipe. O profissional que inspira, tem escuta ativa, é corajoso ao assumir riscos e resiliente para enfrentar turbulências com tranquilidade, é atualmente o perfil que o mercado exige.

Neste contexto, temos enxergado uma crescente busca pela liderança positiva. Diversos líderes e gestores têm investido na capacitação emocional por meio da psicologia positiva, para desenvolver a área emocional e colaborativa e conseguir ser uma influência positiva nestes novos tempos.

Nos moldes antigos de liderança, o líder avaliava o que o membro da equipe tinha como fraqueza e sinalizava as fragilidades. Já na liderança positiva e colaborativa, o líder mapeia o que a pessoa tem de potencial para crescer e descobre como ele pode contribuir para permitir esse desenvolvimento.

A liderança positiva é uma prática de liderança com base em estudos científicos da psicologia positiva, que ensina a gerir pessoas de forma mais estratégica, focando no florescimento profissional e pessoal de cada um. Mas quando dizemos liderança colaborativa, não significa que o líder deva pegar todo o trabalho para si e, sim que ele deve identificar os pontos fortes de seus colaboradores para potencializá-los e assim aumentar a produtividade da equipe.

Motivar seus colaboradores é um desafio diário e tudo isso pode ser feito com a contribuição científica de estudos emocionais. Afinal, a crise vai passar, mas o que vai ficar, no ambiente de trabalho é como o líder deu suporte para seus colaboradores e desenvolveu profissionais mais motivados e conscientes.

Liderança colaborativa é o caminhoPor Flora Victoria, mestre em Psicologia Positiva Aplicada pela University of Pennsylvania. É considerada Embaixadora da Felicidade no Brasil pelo evento mundial World Happiness Summit. É autora de importantes obras como Semeando Felicidade (2017) e Florescimento na Prática (2019) e mais recente livro O Tempo da Felicidade (2020) já figurou na lista dos mais vendidos da Veja. Possui graduações acadêmicas e especializações nas áreas de Governança Corporativa, pela Harvard Business School; MBA, pela FGV; é Doutoranda na Universidade de Miami em Higher Education Leadership.

Para aprofundar informações sobre RH, ouça o podcast do RHPraVocê, episódio 87 com o título “Faz sentido falar em meritocracia na gestão de RH?“ com a dupla de colunistas do RH Pra Você, Gustavo Mançanares Leme, Sócio Diretor da Tailor, e Renata Meireles, Gerente Sênior Pessoas & Performance da Cyrela. Confira ouvindo diretamente no app abaixo:

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