O mercado de trabalho tem passado por uma constante transformação. Podemos até dividi-lo em um período antes, durante e pós-pandemia, já que muitas tendências surgiram nesse tempo.

O fato é que muitas empresas ainda tentam aderir as mudanças que foram impostas, como novas carreiras, habilidades, profissionais, ambientes de trabalho híbrido, presencial e remoto, diferentes maneiras de comunicação e até mesmo uma nova cultura organizacional.

Mesmo que tudo pareça como antes da pandemia, a grande questão é que não somos mais os mesmos. Os profissionais estão diferentes e as empresas também é é por isso que há uma grande preocupação das organizações em rever diversas questões para reter seus talentos e se tornarem mais competitivas.

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Nesse contexto dinâmico é preciso revisitar a cultura. Embora mexer nos valores, crenças e comportamentos seja algo totalmente delicado, os gestores precisam fazer para que a empresa se mantenha próspera, adaptável as transformações e em desenvolvimento contínuo.

Um levantamento divulgado pela McKinsey apontou que 40% dos profissionais de todo o mundo cogitam deixar seus postos de trabalho ou mudar de carreira até o fim de 2022. O motivo? Estagnação na carreira, líderes que não inspiram, falta de propósito no trabalho e expectativas de desempenho insustentáveis em suas funções.

O Brasil registrou um grande número de pedidos de desligamentos por mês. Segundo dados da gerência de Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), com base em dados do Ministério do Trabalho e da Previdência, foram 2,9 milhões demissões voluntárias, entre janeiro e maio de 2022, representando um aumento de 32,5% em relação ao mesmo período do ano passado.

As empresas que só cuidam dos negócios e se esquecem das pessoas que fazem parte de todo o processo estão fadadas ao fracasso. Por isso, é tão importante revisitar a cultura e a estratégia da empresa para responder as transformações do mundo.

É hora da mudança

A cultura é a ferramenta mais importante para o alcance de objetivos estratégicos de uma companhia e por mais que os valores e princípios atuais estejam coerentes e representem bem, ainda assim é possível transformá-los em algo mais efetivos e que atendam o objetivo de transformação que o momento exige.

De acordo com uma pesquisa “Cultura Organizacional: é hora de agir”, realizada pela PWC, 72%dos entrevistaram relatam que a cultura ajuda a impulsionar iniciativas de mudança bem-sucedidas e 69% das organizações que se adaptaram na pandemia dizem que a cultura oferece vantagem competitiva.

Além disso, 67% dos entrevistados diz que a cultura é mais importante do que a estratégia ou as operações. Eles também concordam que as prioridades no campo da cultura devem incluir recrutamento e retenção, digitalização, saúde e segurança e colaboração.

O estudo só comprova que de nada adianta trazer uma nova solução, produto ou serviço para o mercado se antes não rever pontos fundamentais dentro da empresa. Atualmente, para ser uma companhia competitiva é necessário avaliar como anda a cultura organizacional, identificar as características e comportamentos que precisam evoluir para apoiar os objetivos estratégicos.

Dessa forma, é preciso gerenciar a cultura, criar novos recursos, facilitadores e passar a mensagem do que internamente é realmente valorizado.

Segundo Gallup, empresas com culturas bem delineadas e comunicadas atraem até 20% dos melhores profissionais disponíveis num setor. Com isso, a produtividade da equipe aumenta em 17%.

O apelo junto ao público consumidor também cresce, em cerca de 10% e os resultados financeiros podem se desenvolver, com elevações de até 21%.

Acredite, depois de um longo caminho, encontrar outro rumo pode ser desafiador, mas tudo isso vale a pena quando você percebe que a cultura da sua empresa deixou o ambiente melhor, com profissionais mais motivados e com um time cheio de disposição para crescer juntos.

Já revisitou a cultura organizacional da sua empresa, hoje?

Por Juliana Dorigo, Diretora de RH e administrativo da Paschoalotto.

 

 

 

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