Inteligência emocional em tempos de inteligência artificial: como exercitar a sua. Exercitar a inteligência emocional é uma prática importante há muito tempo. No entanto, vem sendo ainda mais valorizada atualmente, onde a expansão da inteligência artificial se faz cada vez mais frequente.
A tecnologia é uma ferramenta que proporciona maior comodidade e praticidade ao cotidiano. Máquinas, softwares e outros recursos conseguem realizar tarefas trabalhosas, manuais e repetitivas com maestria.
Entretanto, temos as habilidades humanas, que são indispensáveis ao ambiente corporativo. Somente pessoas conseguem desenvolvê-las.
Na verdade, a inteligência artificial possibilita que os seres humanos foquem na tratativa de outros seres humanos. E, desenvolvam ainda mais sua capacidade de compreensão, consciência e controle de emoções.
Com tantas incertezas, e possibilidades trazidas pela IA, o futuro exigirá empatia, resiliência e adaptabilidade. Por isso, aprenda como exercitar a sua inteligência emocional.
O que é inteligência emocional?
A inteligência emocional é um conhecimento aprofundado e interno sobre suas próprias emoções. Caracterizado como a capacidade de reconhecê-las, compreendê-las e gerenciá-las.
Em um ambiente corporativo, a inteligência emocional é tida como uma habilidade para interpretar e influenciar as emoções de outras pessoas.
Essa visão cria um local seguro, confortável e empático, onde os profissionais podem se expressar livremente.
Uma das maiores competências, a inteligência emocional é fundamental para que as interações sociais sejam adequadas e cordiais.
Hoje, plataformas do mercado trazem informações sobre as habilidades emocionais para os profissionais. De fato, esses são diferenciais em processos de recrutamento e seleção, por exemplo.
De maneira geral, exercitar a inteligência emocional envolve a autoconsciência, autorregulação, automotivação, empatia e habilidades sociais.
Antes que você conheça as dicas para exercitar, é válido frisar que esse é um processo contínuo. A inteligência emocional é aprimorada dia após dia.
Dicas para exercitar a inteligência emocional
Embora possa parecer que a inteligência emocional impacta apenas nas relações interpessoais, explorar as conexões emocionais gera maior criatividade, curiosidade e resiliência.
Pessoas que possuem alta consciência emocional conseguem ser mais produtivas e superam situações desafiadoras. E, criam um ambiente mais criativo e inovador, alcançando mais facilmente o sucesso profissional
Para ter esse conhecimento, é preciso de treino. Como qualquer outra habilidade, a inteligência emocional requer desenvolvimento que inicia na infância e segue por toda vida.
Na prática, alguns hábitos possibilitam exercitar a inteligência emocional:
Tenha empatia com seus sentimentos e com os dos outros
A famosa empatia, palavra tão usada nos dias atuais, não é apenas se colocar no lugar do outro. Mas, perceber como pode solucionar ou ajudar em determinada questão.
De maneira geral, esse exercício diário consiste em se sensibilizar às emoções próprias e das outras pessoas, mesmo que não estejam explícitas.
É preciso desenvolver um olhar mais apurado e observador, principalmente para que sua comunicação aconteça da forma que o outro entenda. Essa é a parte principal da empatia, se moldar conforme a situação da outra pessoa.
Quando se trata da empatia interna, a análise deve ser livre de julgamentos, e buscando entender porque tais sentimentos apareceram ou certas atitudes foram tomadas.
Tenha um olhar consciente para compreender melhor suas emoções e das pessoas que o cerca.
A questão é tão importante que um terapeuta criou uma IA capaz de reconhecer sentimentos, estado mental, prioridade e valores para um atendimento mais humanizado. O objetivo é fazer com que usuários se sintam ouvidos pela tecnologia.
Aprenda a verbalizar o que sente
Mais do que saber o que se sente, é entender qual é o verdadeiro sentimento que está aflorado. Quando se trata de sentimentos e emoções é comum que nosso vocabulário seja limitado e restrito.
Por diversas vezes as pessoas experimentam sentimentos profundos, como medo ou o abandono. Porém, ao tentarem comunicar, se limitam em dizer que estão tristes.
Dessa forma, pergunte a si mesmo diversas vezes qual é essa emoção e o que a desencadeou. Quanto mais precisa for a palavra, maior o conhecimento.
Assim, você conseguirá reconhecer padrões comuns de comportamento e adequá-los quando o sentimento surgir.
Essa inteligência também pode ser entendida como o letramento emocional.
Seja receptivo aos conflitos
Há quem evite conflitos a todas as custas, inclusive deixando a situação ultrapassar alguns limites. Engana-se quem pensa que exercitar a inteligência emocional é sinônimo de serenidade e constância.
Pelo contrário, esse exercício requer analisar, reconhecer e vivenciar todos os tipos de emoções, em diferentes intensidades. O poder da inteligência emocional está em gerenciar emoções negativas, enfrentando conflitos de forma assertiva e colaborativa.
A resolução de um impasse demanda elevado grau de maturidade em entender sentimentos, buscar soluções e compreender qual resolução favorece ambos os lados.
Da mesma forma que exercícios físicos, onde é preciso se esforçar para criar resistência, encarar conflitos possibilita crescimento e compreensão.
Pense e se planeje antes de falar
Quem nunca falou e no momento em que as palavras saiam da boca sentiu imediatamente o arrependimento? Infelizmente a impulsividade é um agravante de quem não possui consciência das suas emoções.
Antes de se dirigir à uma pessoa, faça perguntas prévias. Considere se esse é o melhor momento para entrar no tema e qual a forma mais gentil de iniciar uma conversa.
Esse é um exercício abrangente de autorregulação que evita que situações simples se tornem discussões acaloradas e sem resultado.
Dica de ouro: respire
Mesmo quem tem o nível mais elevado de autoconhecimento emocional pode sucumbir aos seus sentimentos.
O esforço de gerenciar suas emoções, ao mesmo tempo em que outra pessoa está descontrolada, é imenso.
Assim, sempre que sentir que a conversa está indo para um lugar ruim, respire fundo. Peça uma pausa, aguarde e retome o assunto mais tarde.
Exercitar a inteligência emocional é um estado constante de vigília para não ser refém de sentimentos momentâneos. Por isso, é uma prática rotineira, constante e diária.
Por Maria Paula Silva, formada em Psicologia e tem especialização em relações de trabalho. Lidera uma equipe de Recursos Humanos, e acredita no potencial da comunicação para ambientes trabalhistas harmoniosos.
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