Programas de incentivo ao intraempreendedorismo: o que realmente funciona?

No Brasil, os programas de incentivo ao intraempreendedorismo estão cada vez mais em evidência nas organizações à medida que empresas buscam inovação e soluções criativas para se manterem competitivas.

Mas, o que realmente funciona?

A premissa básica desses programas é estimular a mentalidade empreendedora dentro da própria empresa, permitindo que os colaboradores desenvolvam novas ideias e projetos com autonomia, mas a eficácia dessas iniciativas depende de vários fatores.

Primeiramente, vamos dar um passo atrás para explicar o que é o intraempreendedorismo. Esse é um processo cujo objetivo é promover a inovação dentro de uma empresa já estabelecida. Assim, propõe incentivar os colaboradores a desenvolverem novas ideias, produtos ou processos como se fossem empreendedores.

Ele é importante porque permite que as organizações se mantenham competitivas, ágeis e inovadoras em um mercado em constante mudança. Vale ressaltar também que ao cultivar essa cultura do intraempreendedorismo os próprios colaboradores se sentem mais motivados, realmente tendo um sentimento de  pertencimento na empresa. 

Apoio da liderança é fundamental

Diante disso, o apoio da liderança é fundamental, logo, programas que recebem suporte direto da liderança tendem a ser mais bem-sucedidos visto que os colaboradores se sentem incentivados a investir tempo e energia em novos projetos.

Porém, muitas vezes, esses programas falham quando os líderes não estão realmente comprometidos, tratando a inovação como um acessório e não como parte integral da cultura corporativa. 

Qual a flexibilidade é oferecida?

Outro fator que pode determinar o sucesso ou fracasso desses projetos é a flexibilidade oferecida. As organizações que permitem que os funcionários dediquem parte de sua jornada de trabalho a projetos paralelos de inovação.

Por exemplo, o famoso modelo de 20% do tempo do Google, costumam ver melhores resultados. Pois não adianta esperar que os colaboradores tenham tempo para desenvolver novos projetos se toda a carga horária está ocupada com outras demandas de trabalho.

Quando falamos de apoio da liderança, vejo que além de oferecer tempo e recursos para que esses projetos aconteçam é muito importante que exista de fato um acompanhamento.

Aqui na Portão 3, por exemplo, semanalmente tenho uma sessão de 1 hora com meus líderes, chamamos de “um a um”. É basicamente um momento dedicado para apresentar como está o andamento dos meus projetos, pedir conselhos e definir os próximos passos.

Vejo que esse acompanhamento é fundamental para garantir que o intraempreendedorismo está de fato acontecendo e que as ideias estão saindo do papel.

Incentido para o desenvolvimento do colaborador

Outro ponto que considero extremamente relevante é o incentivo da empresa com o desenvolvimento do colaborador. Para que os colaboradores possam atuar como intraempreendedores, é necessário que eles recebam treinamento não apenas nas habilidades técnicas, mas também em aspectos como liderança e gestão de projetos.

Sem um investimento em desenvolvimento, os colaboradores podem se sentir inseguros para inovar dentro de uma estrutura corporativa já estabelecida. E quando eu digo investimento vai além de cursos ou palestras, mas também de tempo. É necessário que o líder invista parte do seu tempo para compartilhar essas habilidades com seu próprio time.

Para que esses projetos de incentivo ao intraempreendedorismo realmente funcionem, é preciso garantir o apoio da liderança, oferecer tempo para os colaboradores inovarem e investirem em formação para isso. Dessa forma, o intraempreendedorismo se torna uma prática contínua e estratégica, impulsionando a inovação e o crescimento da organização.

Incentivo ao intraempreendedorismo. Foto de Mariana Rodrigues

Por Mariana Rodrigues Pereira, estrategista de negócios e comunicação da Portão 3, uma plataforma de gestão de pagamentos para grandes empresas e indústrias.

 

 

 

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Capa: Depositphotos