Após o terceiro trimestre de 2022, uma pesquisa realizada pela FGV IBRE e divulgada recentemente aponta que a taxa de participação no mercado de trabalho brasileiro voltou a cair. O índice, que sofreu uma grande queda na pandemia e vinha se recuperando no último ano, representa o menor número de pessoas trabalhando ou buscando ocupação.
Analisando os dados dos anos anteriores, os pesquisadores concluíram que os grupos que mais favoreceram essa queda foram os de baixa escolaridade e menores faixas de rendimento do trabalho domiciliar. A taxa demonstra que a queda está diretamente ligada aos efeitos da pandemia no mercado de trabalho.
Em contrapartida, um estudo de março de 2022 apontou que cerca de 81,1% dos indivíduos com formação técnica, na faixa de 18 a 27 anos, estão empregados. A pesquisa, realizada pela Fundação Roberto Marinho, Itaú Educação e Trabalho e Arymax, e desenvolvida pelo Plano CDE, revela um índice menor (76,8%) para aqueles que têm apenas o Ensino Médio.
Com isso, fica clara a relação entre empregabilidade e educação. Independentemente da área de atuação, é importante a busca por uma aprendizagem contínua tanto para os profissionais que desejam ingressar no mercado de trabalho, quanto para os que já estão inseridos nele.
Essas são temáticas complementares e devem ser vistas de maneira integrada, já que a educação, sobretudo a profissional, é uma das principais apostas para a melhoria da competitividade em diversos segmentos no Brasil, além de contribuir diretamente para a inserção e permanência da população no mercado de trabalho e no processo de empregabilidade.
Para auxiliar neste processo, o mercado educacional oferece algumas formas de qualificação, entre elas, uma das mais procuradas, os cursos profissionalizantes. Usados como ferramenta para adquirir novas competências e evoluir na carreira, os cursos de capacitação são voltados à especialização, reunindo uma série de conteúdos e materiais práticos, e atraindo profissionais de diversas áreas.
Quando tratamos desse tema, uma das principais dúvidas que surgem é: quais são os benefícios que o investimento em especialização gera para aqueles que ingressam nesses cursos? Por isso, é importante ressaltar que, quando o profissional investe em educação, há uma melhoria em diversos aspectos, como aumento de renda e maior probabilidade de recolocação profissional.
Além disso, em um comparativo com a tradicional graduação, os cursos profissionalizantes possuem um menor tempo de duração, o que permite que o profissional ingresse na área desejada de forma mais rápida, acelerando também o processo de retorno financeiro do investimento em capacitação.
Com isso, do ponto de vista da educação, a especialização deve ser vista como uma grande oportunidade de ampliar nossas competências e habilidades. Já quando se trata de empregabilidade, esses cursos são considerados como importantes diferenciais no mercado de trabalho, permitindo que o estudante que optou por essa modalidade de formação saia a frente de outros profissionais que não possuem capacitação.
Por Camila Miranda, analista de Recursos Humanos da Elleve, fintech de crédito estudantil que impulsiona carreiras de alunos por todo país. Camila é formada em Gestão de Recursos Humanos na Universidade de Guarulhos, também possui Pós-Graduação em Departamento Pessoal e Legislação Trabalhista pela instituição. Tem mais de 10 anos de experiência na área de RH e vivência em Departamento Pessoal, R&S e DHO.
Ouça o PodCast RHPraVocê Cast, episódio 109, “Habilidade-chave e queridinha do mercado: como se comunicar bem?” com Fabiana Teixeira, jornalista formada pela PUC-SP e tem experiência como repórter em emissoras como Record TV, TV Bandeirantes, Rede TV e TV Cultura. Também é especialista em Comunicação Empresarial, Branding e posicionamento de marcas pela ESPM, e Marketing Digital pela Universidade de Columbia, em Nova York.
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