No setor financeiro, a gestão de pessoas se tornou um dos maiores desafios para os líderes empresariais. As habilidades técnicas são cruciais, mas encontrar profissionais com experiência prática e fluência em idiomas se mostra uma tarefa árdua.

Como os líderes podem navegar por esse cenário complexo?

É preciso entender que os profissionais devem dominar contabilidade, análise financeira, gestão de riscos e conformidade regulatória. Tudo isso é imprescindível nesse universo. No entanto, as habilidades comportamentais são igualmente importantes.

Liderança, trabalho sob pressão, ética e habilidades de comunicação são atributos essenciais. Para os líderes, o grande desafio está em encontrar e desenvolver talentos que combinem essas competências.

Percebo que um dos principais obstáculos enfrentados pelas empresas financeiras é a escassez de profissionais que dominem idiomas estrangeiros, especialmente o inglês, essencial para operar em um mercado globalizado. Além disso, muitos candidatos possuem sólida formação acadêmica, mas carecem de experiência prática no setor.

Inteligencia artificial

De acordo com os dados da pesquisa anual do Boston Consulting Group (BCG) feita em parceria com a Federação Mundial de Associações de Gestão de Pessoas (WFPMA, na sigla em inglês), a falta de profissionais capacitados no mercado preocupa 71% dos líderes de RH no país.

A necessidade de experiência prática também é um fator crítico, com muitas empresas relatando dificuldades em encontrar profissionais que tenham vivenciado cenários complexos e desafiadores do mercado financeiro.

Mas há estratégias para superar esses desafios

Mesmo diante de um cenário difícil, é possível se munir de estratégias para lidar com essas questões. Investir em programas de treinamento contínuo é vital, bem como programas de desenvolvimento que combinam cursos técnicos e de idiomas.

Seguir nesse caminho não apenas capacita os profissionais, mas também aumenta a lealdade e a retenção de talentos.

Outra estratégia é formar parcerias estratégicas com universidades e escolas de negócios pode ser uma solução eficaz. Programas de estágio e trainee permitem que estudantes adquiram experiência prática enquanto completam sua formação acadêmica. Esses programas também podem incluir módulos internacionais, proporcionando uma imersão em idiomas e culturas diferentes.

Além disso, é preciso criar uma cultura organizacional que valorize a diversidade e a inclusão, o que pode atrair uma gama mais ampla de talentos. Um exemplo disso são os Bancos que têm se destacado ao promover um ambiente de trabalho inclusivo, que valoriza o equilíbrio entre vida pessoal e profissional e oferece claras oportunidades de desenvolvimento de carreira.

Por último, a tecnologia desempenha um papel crucial na gestão de pessoas. Ferramentas de análise de dados, ajudam a identificar necessidades de treinamento, avaliar o desempenho e planejar sucessões de forma mais eficaz.

Além disso, plataformas de e-learning e aplicativos de aprendizado de idiomas podem facilitar o desenvolvimento contínuo dos colaboradores.

Em um mercado cada vez mais competitivo, investir na gestão de pessoas é essencial para garantir a resiliência e o crescimento sustentável das instituições financeiras. Ao enfrentar os desafios de frente e implementar estratégias inovadoras, os líderes podem construir equipes mais fortes e preparadas para o futuro.

Gestão de pessoas em finanças: o essencial para líderes

Por Dárcio Zarpellon, executivo financeiro com mais de 30 anos de experiência tendo atuado em várias posições de liderança em indústrias nacionais e multinacionais de diferentes setores como alimentício, automobilístico, equipamentos e farmacêutico.

 

Ouça o episódio 143 do RH Pra Você Cast, “Inclusão 50+, bom para o presente e para o futuro (de todos nós)“. Como você se enxerga daqui a cinco ou dez anos? O questionamento, que já deve ter sido feito a muitos de vocês durante algum processo seletivo ao longo da carreira, nem sempre traz consigo uma resposta fácil. Especialmente para um público que, diante de tantos estereótipos e preconceitos, sequer sabe como será o dia de amanhã em sua vida profissional. A cada nova geração que entra no mercado, uma anterior se vê diante do dilema de ficar para trás e ver cada vez menos portas se abrirem.

O panorama, todavia, não só precisa como deve ser mudado. Pesquisas revelam que o tão falado “choque geracional” é extremamente benéfico não só a profissionais de todas as idades, mas também às empresas. E, afinal, se não olharmos para o público 50+ com atenção, como será quando chegar a nossa vez de lutar por espaço com os mais jovens? Para falar sobre as vantagens de mesclar gerações e como desenvolver mecanismos de inclusão, o RH Pra Você Cast traz Mórris Litvak, Fundador e CEO da Maturi. Confira o papo clicando no app abaixo:

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Capa: Depositphotos